A relação dos indivíduos com as imagens produzidas pelos instrumentos produtores de realidade virtual e pelos outros meios de comunicação de massa, é exactamente a repetição do que se passa no mito de Narciso. O espelho que reflecte uma imagem que deve ser desejada ou desejável, é, por sua irrealidade, inteiramente inalcançável. Há um abismo entre o deve-ser da imagem e o ser do indivíduo que, identificando-se com a imagem, sente-se distante de si e experimenta uma perda contínua. É o auto-exame corporal e psíquico incessante com a finalidade de detectar imperfeições, incorrecções e faltas por comparação com a imagem hiper-real ou virtual.
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