domingo, março 25


Na minha vida tenho sempre adoptado uma atitude de estar sempre disponível para aceitar quem vem, com um espírito aberto e sempre procurar nos outros o que de bom eles têm para me dar.
E tenho sempre, e digo SEMPRE, sido recompensado por isso.

Ontem, mais uma vez, aqueles que me amam fizeram-me sentir a pessoa mais especial do mundo, não que me tivessem feito nada de especial (eu acho que foi, pois só de seres especiais eu recebo atitudes a condizer), mas porque tive alguém, também ele ser de excepção, a meu lado e que me disse isso por varias vezes durante a noite.
E eu senti que realmente sou um gajo sortudo por ter assim amigos de tanta qualidade, seres que engrandecem a minha vida, que fazem de mim este ser, que não sendo perfeito, é o melhor que as suas forças o permitem, e que tem a esperança e a fé de ser sempre maior, porque quer estar á altura dos seus amigos, que são seres maiores.

Entristeceu-me não ter as pessoas na primeira brigada em que ia coordenar, além da atitude menor de uma certa “diva” que alegou não estar em “condições” para tal, embora tivesse em condições para ir ao centro… Deve ser do fel que exala, e que se está a entranhar no seu organismo, deve causar um mal-estar, concordo…
Não tenho tempo para gente inferior.
Tive a meu lado a pessoa certa, aquela que me fazia falta, e que esteve altura da tarefa. Divertimo-nos a fazer aquilo que é suposto e correcto fazer-mos, fomos cúmplices, tirámos prazer do que fizemos, e não imaginaria noite melhor do que na companhia do João Carlos, sua energia e simpatia foi uma mais valia, e a receita certa para o sucesso que foi a nossa Brigada do Preservativo. Fomos só 2, mas estivemos á altura, fomos os necessários.
Obrigado João, fostes quem eu precisava. Obrigado também pelas palavras bondosas, pela cumplicidade, pela tua beleza como ser humano, e principalmente por me transmitires o carinho com que os outros me tratam e me vêem. Ouvido pelos outros sabe melhor. Aqueles que me tratam com carinho e respeito, só tenho que agradecer, e prometer que vou continuar a fazer o meu esforço para ser merecedor de tal. São vocês que me fazem ser uma pessoa melhor.

quinta-feira, março 22


Embora ache que o recurso á greve se banalizou, e que muitos possam achar que "não vale a pena", acho que o país, os portugueses, aqueles que estão a pagar a crise provocado pelos donos do dinheiro, com a sua fome, falharam neste que devia ter sido o dia em que o governo de direita católica, deveria ter tremido.

Os Tugas acham que não vale a pena agitar as águas, metem o rabinho entre as pernas, numa atitude entre o medo e a cobardia, e permitem e dão sinal verde ao governo para lhes dificultar mais a vida, num crescendo de pobreza que só vai ter fim quando os pobres não tiverem mais nada para comer, senão os próprios ricos.

As agressões a jornalistas perpetradas pela polícia, e a manifestantes, fez-nos voltar ao antigo regime, em que se punia e mantinha o povinho na ordem pela força. Só nos falta proibir as manifestações e criar uma nova PIDE, se não estará já criada e disfarçada com um nome pomposo de Brigada Anti-Crime ou outro nome semelhante.

Infelizmente a polícia só serve para proteger os ricos e poderosos, a justiça só defende e iliba os ricos e poderosos, e só o povo paga a crise, só ele é ladrão, só ele deve ser explorado.
Num país onde há fome e não há justiça e igualdade, não há liberdade. 38 Anos depois da Revolução dos Cravos, não esperava ver isto. Sinto-me revoltado e descontente com este povo que já foi tão grande e se tornou tão pequeno.
Realmente somos descendentes não dos que partiram nas caravelas, mas dos que cá ficaram…
Os nossos grandes devem a esta hora estar a revolverem-se nos túmulos e envergonhados por aquilo em que tornámos Portugal.

A qualidade dos governantes nunca foi tão medíocre, bem como destes “empresários” que nem sequer tem estudos e qualidades para tal. Prescinde-se dos empregados, mas nunca dos carros topos de gama, qual objecto fálico em que se revêem, tal e qual criancinhas infantis com brinquedos de adultos.
E enquanto houver lambe-botas á espera de uma oportunidade de saltarem para a mó de cima, isto só vai piorar…
Deixem-se estar quietinhos que eles ainda vos hão-de defecar em cima, e vocês ainda vão dar graças a Deus por serem assim tão “bem tratados”.

Sinto tristeza pelo meu adorado Portugal

domingo, março 18

Eu sou água.
Até o meu signo é de água.

Sou água porque sou moldável, adaptando-me ás situações e ás pessoas, faço isso naturalmente e por instinto, porque penso sempre no que faria se estivesse no lugar do outro, ou o que gostaria que me fizessem.
Mas não sou manipulável, só me manipula quem é mais inteligente do que eu, e mesmo assim...

E a água só corre se tiver outra tanta a empurrá-la, ou seja sou motivado pelos outros, não faço, nem gosto de fazer as coisas sozinho (ok, há excepções, com esta de escrever), mas sinto-me como peixe na água na companhia dos outros.
E não pensem que o facto de algumas vezes parecer isolado que sou introvertido, desatento ou tímido (já para não falar dos que me acham convencido), que não "estou lá", enganam-se, é quando uso todos os meus sentidos para entender os outros e o mundo que me rodeia. Ai estou mais do que presente e observador. E é ai que olho e vejo os outros e as suas virtudes e defeitos, quando eles não dão por mim, e me pensam distraído ou alheado, eu vejo eles traírem-se nos pequenos gestos e nos olhares. Sejam eles de bondade ou de maldade.
E os olhos não mentem...

sábado, março 17

Se anda a igreja católica há séculos a pregar que a verdade é que nos vai salvar, porque razão estes políticos de direita católica mentem com quantos dentes tem?
E ainda se gabam disso...

Tenho sempre os braços abertos para receber os meus amigos.
Mas estes braços tem sempre uma tentação enorme em não se abrirem após os abraçar, para não os deixar fugir.

Ninguem se pode gabar de ser inocente.
É sempre útil saber como nos vêem os outros, especialmente se não são nossos amigos.
Não é que os nossos amigos não nos vejam como somos, se calhar são os que nos vêem melhor, mas vêem-nos com a bondade que só se encontra nas pessoas que se amam mutuamente.

A minha satisfação em estar vivo, luta todos os dias com a mesquinhez alheia. O desrespeito pelo outro, pela vida, faz-me perder o respeito por algumas criaturas que se vão mantendo por cá, sem qualquer objectivo válido nesta vida, a não ser olharem ao espelho e acharem-se o máximo da perfeição.
Porque temem tanto a verdade?

quarta-feira, março 14


Eu tenho as costas largas.
Verdade, tenho mesmo fisicamente as costas largas.


Por isso podem bater-me á vontade, destilarem o vosso veneno, denegrirem-me a imagem, dar azo á vossa inveja e mesquinhez.
Tenho a admiração e carinho daqueles que são de qualidade. os meus amigos, muitos é certo, porque se eu tenho as costas largas, posso levar muitos ás cavalitas, mas igualmente bons.


E depois tenho pena de vós, que grandes ulceras vocês devem ter por produzir tanto fel pela boca, e pior pelos neurónios.
Se é que algum de vocês irá sobreviver á putrefacção que é esse vosso cérebro...

domingo, março 11

Creio que sei algumas coisas, mas o importante para mim não é isso, é o que ainda quero e preciso saber.

Choro
Choro por mim e pelos outros, pela humanidade.
Choro pelo sofrimento meu e pelo alheio.
Choro pela barbárie, como pela bondade.
Choro pela tristeza e saudade, como de alegria.
Choro pelas palavras, ou pelas imagens.
Choro de desespero ou de raiva.
Choro a morte e a vida.
Choro por tudo e por nada.
E no dia em que deixar de chorar, morri.

sábado, março 10


Se há uma coisa que me irrita são os homossexuais fanáticos.
Aliás todos os fanatismos me provocam urticaria.


E depois quem diz que eu por ser homossexual, tenho que querer que todos os sejam? Ou que tenho que ser efeminado, ou desejo de ser mulher?
Eu adoro mulheres, mas não me sinto nada feminino, nem nunca senti desejo de me vestir de uma, nem no Carnaval (são tão ridículo aquelas criaturas a que chama de matrafonas...).
E depois quem diz que tenho de ter "tiques" e "vozinha fina", e não gostar de desporto fisicos.
Independentemente de "levar ou dar", não tenho de andar a menear-me...


Sou gay, mas sou antes de mais um homem. Que eu saiba, e a avaliar pela ultima vez que vi (deixa ver.... sim estão cá), tenho um par de testículos no sitio.
E nem toda a braguilha me serve, não ando para ai aluado por um sexo masculino ou por um rabo com pêlos (estes pensamentos deixam desnorteado LOL).


Agora virem dizer-me que eu sou masculino porque quero que a "sociedade" (como se eu por ser diferente não fizesse para dela...), a dita sociedade heterossexual, e alguma sociedade "bichense" me aceite, vai de metro Satanás.


Eu sou homossexual assumido, já paguei muitas vezes o preço pela "afronta", a começar pela repulsa com que a minha família me viu depois de eu assumir aos 18 anos. Não devo nada a ninguém, a não ser o carinho e respeito aqueles que amo e admiro. Não tenho que me desculpar pela minha postura.
SOU HOMEM, SOU GAY, levo e dou onde e com quem eu quiser.
Não tenho de ser rotulado e não aturo pessoas padronizadas.


Sejam homens, que eu sou muito mais homem que muitos heteros, ou mulheres se quiserem ser, eu respeito, mas não me digam como me hei-de comportar.
Eu sinto-me bem na minha pele, se vocês não se sentem bem na vossa, tenho pena, lutem por se aceitarem a vocês próprios e tenham orgulho em vós, vão ver que os outros acabam por vos aceitar, se não o fizerem são eles os errados na equação...

domingo, março 4

Eu gosto é das pessoas que pensam. E pensar não é utilizar as ideias e frases dos outros, é saber usá-las e reconverte-las como nossas, e ter as nossas próprias palavras e opiniões.

Não é preciso concordar com tudo o que uma pessoa diga ou faça, é preciso é que se tenha opiniões, que elas se discutam, que se troquem, e se aprenda com essa troca.
E ter a noção de que não somos detentores da verdade e da sabedoria, e ter a humildade de mudar de opinião, se a do outro for válida e nos fizer mais sentido.
E felizmente ainda há gente que pensa, alguns tem a bondade se serem meus amigos.

sábado, março 3

A entrada em Lisboa pela ponte 25 de Abril, é uma das mais belas vistas do mundo, e aquela que me alegra mais os olhos.
Por mim acho que todos os turistas que visitam Lisboa pela primeira vez, deviam chegar sempre pela ponte, pois quem vê a cidade a partir de Almada, nunca mais esquece esta vista deslumbrante.
E eu que tenho o privilégio de atravessar todos os dias a ponte, e ver esta vista. Não fosse os incómodos de viver na "outra margem", seria o paraíso.