domingo, dezembro 29

Acordei com lágrimas nos olhos.
Não foi de tristeza, mas sim comoção de alegria.

Acabei ontem a noite feliz.
Por vezes, demasiadas vezes, me sinto perdido num mundo onde o desprezo pelos sentimentos dos outros é grande, e tenho muitas dúvidas acerca do que ando a fazer neste mundo.
E nas alturas da vida em que estamos menos fortes, e nas quais em me “recolho” para não “incomodar”, os amigos aparecem e na sua bondade e generosidade dão-me a energia para continuar a minha luta, que é só minha, mas que não é sozinha.

Ontem tive a prova de que a minha vida não é vã.
Depois de estar ao serviço dos que necessitam tanto de ajuda, com um companheiro de luta, fomos “beber um copo”.
Encontrei gente que me ama, apesar de saber de que raça sou feito, e que me ama pelas razões que acho certas, porque ao contrário da opinião de alguns, eu sou dádiva, mas também sou integridade.
Encontrei dois grandes amigos, que por acaso também são meus companheiros de luta em campos, de relva e areia, e outros que nos apareçam pela frente. E eles mostraram-me sem mo dizer, que ganhei uma herança de estima, respeito e confiança. E que me sinto orgulhoso por fazer parte de um grupo de excelentes seres humanos, de qualidade rara, e que me fazem sentir especial.

Depois fui mimado por outros, em pequenos gestos de carinho e estima, daquela que só as pessoas de qualidade dão e recebem em doses generosas, pois só assim se comportam as pessoas de bem.
Acabei a noite num misto de emoções.
Uma pessoa que não conheço veio ter comigo e mostrou o seu agradecimento pelo trabalho que faço no combate ás IST, como voluntário da ILGA, e acabei quase 3 horas sozinho a deambular pela cidade, a ver a beleza dela, a pensar no que aconteceu, e a sentir feliz, porque são momentos destes que me fazem feliz.

Obrigado amigos, sem vocês a minha vida seria um deserto enorme. Com vocês tenho esperança, aliás certeza de que vale a pena teimar em ser como sou, e são vocês que me curam as feridas que muitos, mostrando-se indignos da minha generosidade, vão fazendo no meu coração.
O meu eterno afecto, admiração e respeito.
Serei sempre vosso, mesmo que os nossos caminhos nos separem.


terça-feira, dezembro 24

Não vou ser hipócrita e desejar um bom Natal a todos, porque nem todos o merecem!
Não faço parte da corja de hipócritas que são delicodoces nesta época, para depois sacanearem os outros no resto do ano.

Gosto do Natal claro, mas cada vez mais me enoja esta onda diabética que atingiu uma festa que deveria ter tudo menos prendas, e falsos moralismos.
Numa altura em que um quarto da população portuguesa passa fome, não me parece que seja motivo de celebração.

Desejo, claro, a felicidade dos que amo, e de todos aqueles que fazem que o mundo seja um lugar melhor para se viver, dos que não me entendem, dos que me magoaram mas que vão sempre ter um lugar na minha memória, pois vivemos momentos bonitos.

Vou passar novamente o Natal sozinho, pois não tenho família, por escolha minha, tanto o não ter família como o não passar acompanhado. Possivelmente á meia-noite já estarei a dormir.
Amanhã acordarei mais feliz por isto já ter passado, e podermos finalmente voltarmos a ser os sacanas das outras 50 semanas do ano, coisa que não somos nestas 2 que separam o meio de Dezembro do Ano Novo.
Comerei na consoada, sozinho, o que mais gosto, simples, singelo, pouco mas bom, bom não porque seja algo caro, mas porque é o que gosto.
Não terei prendas, porque não preciso delas. As que queria não as vou ter, não porque sejam perecíveis, nem sequer se podem comprar, porque são sonhos, utopias da minha cabeça e que não são possíveis de se realizar neste mundo de loucos fanáticos pelo dinheiro e pelo poder.

Amanhã será outro dia, daqui a uma semana outro ano. Mais miséria e sofrimento, mais do mesmo. Muitos sobreviverão, outros acabarão o percurso.
A esperança transforma-se em desalento.
Mais do mesmo.

Para quem poder, Feliz Natal!  

quinta-feira, dezembro 19

Digo com toda a certeza que adoro ser português.
Agora não adoro todos os portugueses, alguns até são uns atentados á humanidade.

Dizem que Portugal é um país á beira-mar plantado. A avaliar pelo cheiro de alguns portugueses, não é bem um jardim de flores perfumadas…
E depois há aqueles portugueses que acreditam que o Cavaco já sabe comer bolo-rei, ou que o Paulo Portas é bom politico…
Também existem aqueles que fazem do nosso futebol, do mais corrupto da Europa, e de convívio com a política, temos o caldo entornado.
Uma das coisas mais irritantes dos tugas, é que eles adoram falar mal do seu próprio país, bem ao contrário dos nossos emigrantes, e da maioria dos nossos imigrantes, porque sabem o que se passa nos outros países, já para não falar no asco que muitos sentem acerca da nossa cultura, gastronomia e património. Tudo o que é e vem lá de fora é que é bom e de qualidade. Fado é triste, a cozinha francesa é que é chique, as capitais da Europa do norte é que são lindas.
Então aqueles que dizem que devíamos ser espanhóis, deviam fazer-lhes o mesmo que a Padeira de Aljubarrota fez aos castelhanos.
A Sónia Brazão já tem experiencia com fornos de cozinha, e fazia o trabalhinho. E depois dizem mal dos espanhóis, mas fazem compras na Zara e no El Corte Inglês.

Existem 4 tipos de portugueses:

Os que não odeiam tanto assim serem portugueses, gostam até dos espanhóis, tratam bem aqueles que nos visitam e os imigrantes, até gostam de música e da nossa cultura, mas é aberto a outras, fala línguas.

Os que gostam de ser, mas detestam os outros portugueses, fazem-lhe uma raiva ter de os aturar. Detestam os espanhóis, mas ouvem tudo o que vem de fora, e comprar tudo o que é de marca incluindo da Zara e do El Corte Inglês, e até vão abastecer o carrinho a Espanha e comprar caramelos a Badajoz. Falam portunhol e inglês do Algarve.

Os que odeiam ser portugueses ser portugueses, mas são tão pobres que não podem fugir. Até adoram os espanhóis, pois não são nacionais. Usam tudo o que é marca estrangeira, comem no MacDonalds e torcem nariz á sardinha assada (mesmo que a nossa dieta seja património mundial), só vêem series e filmes estrangeiros, aliás odeiam tudo o que é cultura portuguesa (o fado mete-lhes nojo), mas até gostam da Joana Vasconcelos porque esteve em Versalhes (que eles confundem com o Louvre), e que por cima ainda nasceu em Paris. Só compram roupa com etiquetas de marcas (sem ser made in Portugal), embora a maioria sejam, e mesmo em países muito mais pobres que Portugal, e adoram usar expressões em línguas estrangeiras, que não sabem falar, nem o que querem dizer. Só viajam para “fora”, porque tudo cá é mau, feio e piroso, e adulam todos os que vêem de fora.

Por ultimo temos os estrangeiros.


Tirando os primeiros e os últimos, os outros fazem sempre figuras tristes.

segunda-feira, dezembro 16

Não consigo entender esta raiva que certos portugueses têm aos espanhóis.
Se de Espanha nem bom vento nem bom casamento, como é que o casamento gay entre portugueses e espanhóis, e entre portugueses foi feito primeiro em território espanhol?
E depois os casamentos hetero entre os dois países já se fazem há séculos, que isto de amar passa fronteiras.

Como muitos portugueses, antes da entrada na União Europeia e da sua abolição de controlo de fronteiras, a primeira visão que tive de Espanha foi a cidade de Badajoz. Caramelos á parte foi ver outra cultura, outro povo, outra língua.
Depois vieram Cáceres, Zamora, Verin, Tui, Baiona, Santiago de Compostela, Aroche, Tarifa, Algeciras, Ayamonte, Cadiz, Ciudad Rodrigo, umas mais belas que outras.

Hoje quem vai ao Príncipe real á noite, se se ouve falar castelhano os gays ficam em estado de alerta. Não porque lhes desperta a Padeira de Aljubarrota, em estilo nacionalista, neles, mas mais a libido, parecem suricatas. Aliás ter um “namorado” espanhol parece ser muito in agora em Portugal. É a versão gay da amante espanhola.
Deve ser porque está longe e assim não o controla, e pode ir engatar á vontade, e sempre dá jeito no Madrid Pride.

Nisto de direitos LGBT, os nossos hermanos deram-nos uma derrota maior do que a que lhe demos para os lados da Batalha. E a bem da verdade, foi muito devido aos nossos vizinhos da Península Ibérica, que Portugal avançou como um cometa nos direitos da população LGBT, na igualdade dos direitos humanos, e ainda está á frente de Portugal.

Continuo a achar que na diferença está a grandeza dos povos, e mesmo nos indivíduos, e de Espanha que venham bons ventos, mais secos e quentes no Verão, e bons casamentos, Espanha tem homens e mulheres lindas, eu próprio já me embeicei por um (embora seja chileno, vive em Madrid, que é um homem lindo, inteligente e cheio de sentido de humor).

Acho que hoje somos vizinhos, bons vizinhos, com algumas zangas.
Gostei muito de ver a entrevista de D. Manuel Clemente ao programa “A Propósito”.
Veio mesmo a propósito!

Primeiro gostei de ver que a igreja continua do lado de quem afronta os pobres e marginalizados, ou seja da direita que governa este país.
A estratégia da igreja católica, que sempre apoiou os governos de direita e combateu os de esquerda (basta verem a história, não preciso de vos dar exemplos), quer aproveitar a situação (e como sabemos coordenada com a direita), canalizando os descontentes para a igreja e para “a graça divina”, para conter a raiva das ruas, de maneira a conter a revolta, e arreganhar mais uns tostões dos pobres, que já são esmifrados por os governos católicos de direita e “tementes a Deus”.

Segundo gostei de ver que apesar da “primavera Francisca” do novo papa, o incómodo que as palavras dele provocam na igreja portuguesa, e possivelmente nos outros países.
A igreja sempre esteve do lado dos pobres para encher as caixas de esmolas, e mantê-los na ideia de que sofrendo é que se ganha o céu, e que os ricos não chegam lá (“é mais fácil um camelo passar por um buraco de uma agulha, do que um rico chegar ao céu”), sendo eles tão ou mais ricos que muitos. Se é tão bom e católico ser pobre, porque é que eles querem ser ricos, e porque os ricos enchem as igrejas, e esvaziam os bolsos dos pobres?

Terceiro gostei da hipocrisia em relação aos temas “fracturantes” da igreja católica, como o aborto, a homossexualidade, a pedofilia e as mulheres.
Foi de tal modo aberrante a maneira como D. Manuel Clemente se referiu ás mulheres, por causa da possibilidade da sua ordenação como sacerdotes, a dizer que a Igreja Católica é feita por mulheres! A hipocrisia do costume, e a maneira como fugiu aos temas foi deveras brilhante, mas muito convincente para quem não espera uma mudança nas mentalidades da igreja.
Os outros temas foi o mesmo do costume, disse textualmente que não concordam com as leis que impedem a “vida” e a relação entre o “homem e a mulher”. Querem mais?
Também foi claro que estas manifestações públicas de desagrado não lhes agrada, eles gostam de gente submissa e respeitadora dos poderes, entre eles o da igreja.

Finalmente percebi que o inquérito que fizeram sobre os temas “fracturantes” das famílias actuais, e que andou pela net e pelas sacristias, é afinal uma “consulta” (não sei se temos de pagar taxas mordedoras, como diz a outra, mas desconfio quem vai levar com a dentada), e que os dados vão ser “trabalhados” pelas cúpulas eclesiásticas, e que os resultados vão ser divulgados, mas não se sabe como, quando e que dados. Tudo democrático, como é a igreja católica!

Isto depois de ter feito o presépio, olhei para ele e vi um menino nas palhas dormindo, dois pais que olham para ele, e devem pensar “espero que este não tenha que emigrar, se filie numa JSD ou na JC, e um dia venha a ser primeiro-ministro de Portugal, com curso na Universidade Lusíada de 3 dias, e que depois vá para um lugar na União Europeia, e acabe no Palácio de Belém a comer bolo de rei, com uma mulher que colecciona presépios”.

Amén



quinta-feira, dezembro 12

Se um dia alguém te virar as costas, não hesites…
Um estudo diz que as mulheres demoram cerca de 20 minutos, em média, a ficarem excitadas, (nunca ninguém as viu ás compras…). Para nós isso é uma eternidade. Depois admiram-se que exista a guerra dos sexos, e que sejamos o sexo forte. As nossas armas são empunhadas mais depressa!

Nós até temos erecções a dormir. Imaginem até apagadinhos para o mundo ficamos em estado de alerta, depois digam que os homens são distraídos.

Por isso é normal que entre dois gays, sendo eles dois homens (não duvidem), o incêndio comece mais depressa, e como existe um bombeiro em cada um de nós, vamos logo de mangueira em riste apagá-lo, e nisto de mangueiras quanto maiores mais o fogo alastra, e podemos usar sempre as que estão mais á mão de semear…
Acho que finalmente entendi esta medida do governo em querer que aprendamos inglês.
Já que vamos quase todos andar a pedir nos próximos anos, é de bom-tom fazê-lo na língua dos nossos turistas.
È que esta é uma actividade em fase de expansão, a mendicidade, a avaliar pela taxa de desemprego.

É bem verdade que os homens não gostam muito de dar á língua.
Se as mulheres se queixam, nós os gays também. E digo-vos há por ai muitas más-línguas.
Deixem-me explicar que o sexo do homem não é um Calipo, e também não é preciso ser muito sôfrego.
Ah, e já agora também não é um esfregão da loiça, nem tem que se agitar antes de usar. Isto é para agitar com jeitinho e cuidado, não é para esfolar.
E depois as bocas não são aspiradores, cuidado com o poder de sucção de algumas almas, e o marfim também…
E quando se ajoelharem e fizerem sorrisos á donuts, não cerrem os dentes, que a dentuça aleija.

Falo disto porque nós homens temos sido umas vítimas na região do baixo-ventre, seja por ignorância ou por descuido. E o mesmo se passa com as bolas (e não falo das de Berlim, ou também…) Aviso, muito cuidado com bocas e dentes!
Ah! E uma boca não é o túnel do Marquês, lá porque alguns são mais beneficiados pela genética, não quer dizer que temos todos gargantas como a Linda Lovelace (vão ver ao Google quem é, também tem de fazer alguma coisa, não tenho que explicar-vos tudo…).


E digo-vos que mais vale ter um pequeno, mas bom sexo, que uma más-línguas. 

quarta-feira, dezembro 11

Um amigo meu diz-me que prefere encontros em casa de desconhecidos, que engata pela internet, do que ir a sítios de crusing (locais de engate e/ou sexo para os menos entendidos).
Explicação dele, é menos perigoso!
Menos perigoso?
Ir para casa de um desconhecido, com um gajo que não sabemos a personalidade, nem a intenções (meninos nem toda a gente diz a verdade!), onde não sabes quem está (pode nem sequer estar sozinho), que te pode trancar, maltratar, sem que possas pedir ajuda, ou que não te oiçam, em caso de aflição, é menos perigoso do que estares num local aberto, publico, onde possas pedir ajuda se tiveres de o fazer?

Meus amigos eles andam ai, as coisas não acontecem só aos outros nos jornais!
E pensem meus caros, os perfis na net são mais de metade falsos ou deturpados, ou vocês acham que alguém vai por que é perverso e psicopata num perfil de engate? E lá porque vêm um grande caralho, ou um corpo musculado, isso não quer dizer que seja pessoa de bom carácter, e muito menos uma boa foda.

E já dizia o Camões “Amor é fogo que arde e não se vê”, ou seja provoca por vezes azia.

Mas esta gente só tem inteligência para tirar a roupa? Não conseguem ter sossego na braguilha? 

terça-feira, dezembro 10

Love hurts!
O amor dói, e não é pouco.
Imaginem levar com um de 30 cm e vão ver como dói.
E nisto de sexo mais vale um bom na mão, que 365 maus a badalar.
E a fruta que não se come, apodrece.

Muita gente fantasia como o tamanho do pénis, principalmente os gays, mais os passivos que os activos, as mulheres dizem que não, mas todos sabemos que elas nunca dizem o que pensam, nem o que querem…
Eu por mim, claro que gosto de uma coisa que encha o olho (já tou a ver as graçolas), mas é preciso ajustar o ânimo ao tamanho.
Eu explico.

Levar com um de 15 cm ou com um de 20 não é bem a mesma coisa, e quanto ao diâmetro a coisa fia mais grosso.
E não basta ter um belo sexo, parecido com um pão de Mafra (salvo seja) para se ser bom na cama (ou noutro sitio qualquer). Mesmo as do IKEA, que vêm com instruções, não são fáceis de montar.
Ser musculoso ou ter um pénis acima da média não é garantia de uma boa foda, e por vezes um andar novo, não é sinal de boa fortuna.
Eu por mim não tenho um míssil louco e matulão, mas nunca deixei ninguém mal, incluindo a mim próprio.

Como sou versátil sei o que dói ser desastrado e preocupo-me com os glúteos alheios, e isto de ser a seco, não.
E lá porque alguns gostam de sexo casual, com desconhecidos mesmo sem lhes ver a tromba em ambientes escuros (mais umas piadolas), não quer dizer que tenhamos que ser brutos e descuidados.

E se quiserem repetir isso é bom sinal.

segunda-feira, dezembro 9

Segundo um estudo a melhor hora para se fazer sexo é ás cinco da tarde.
Ora tirando os fins-de-semana e feriados, a essa hora está tudo no emprego, que isto dizer que devemos fazer sexo com os colegas de trabalho?
E ainda por cima fora da chamada “hora de ponta”?

Outra notícia das revistas ditas femininas diz que o sexo desentope o nariz. Desentope? Só se for muito fininho, que não estou a ver enfiar a maioria deles pelas minhas narinas acima, deve doer.
Também diz o mesmo artigo que uma colher de chá de sémen só tem 7 calorias, vêm que é light, não engorda!

Onde é que esta gente tem a cabeça?
Eu até podia dar uma ideia, que envolve uma lâmina afiada pendurada…

Também outra revista feminina diz que fazer sexo na praia é escaldante. Há pois é, experimentem fazê-lo ás 3 da tarde de um dia muito quente, em cima da areia sem toalha na areia quente, e vão ver que ficas com um andar novo.

Outra novidade que as revistas femininas trazem é que os homens são complicados.
Complicados?
Se nós “só pensamos em sexo”, que raio de complicação é essa? Só pensamos numa coisa, não deve ser complicado perceber só uma coisa.

Um estudo americano (medo!) diz que os americanos são os que lavam menos as mãos depois de saírem do wc, todos sabemos que raramente os americanos limpam a merda que fazem…

Tão bom a gente saber estas coisas, eu por mim faço como Pilatos e lavo as mãos do assunto…
Desgostos, quem os não tem?
Já tive a minha dose, e desconfio que não ficam por aqui.
Os que mais me doem são das pessoas que amamos.
A mim doem-me muito.

Já não falo da minha família, pois esses nunca me amaram, falo dos amigos aqueles a quem arranjei um espaço no meu coração, a quem dou o meu melhor, pois a única razão porque os acolhemos é porque nos fazem sentido ser felizes a seu lado.
Já ajudei muitos que hoje me voltam as costas, fazem de conta que eu não existo, nem nunca existi.
A ingratidão é um sentimento que nos pode bater á porta, e temos que lidar com isso. Eu tenho dificuldades.
Dizem que “se o arrependimento mata-se…”, mas não me arrependo de ter ajudado quem ajudei, mesmo aqueles que se aproveitaram de mim. Confiei, errei, aprendi…
Não a não confiar nos outros, aprendi que não posso confiar em todos, aprendi a ver sinais (que muitas vezes, estupidamente, ignoro), a saber mais dos outros.

Todos temos medos.
A maioria tem medo da morte. Eu que já passei por ela 3 vezes não tenho propriamente medo dela, também suporto a dor física, mas o sofrimento aflige-me.
Tenho mais medo de perder os outros do que perder a minha vida.
Alguns fui eu mesmo que os matei, aqueles que mostraram ingratidão, que não souberam merecer o meu amor e respeito.
O medo de não ser EU não é inferior.

Despedidas e morte são para mim a mesma coisa, são separações, e custa-me, mas custa-me mais ter de abdicar de mim.
A minha vida tento vivê-la com o mínimo de dignidade.
Os meus amigos são-me essenciais, procuro afectos e dou em doses generosas, mas não abdico da minha liberdade de ser e pensar pela minha cabeça, que infelizmente nem sempre está coordenada com o coração, e por isso lá me vou magoando, até á exaustão.

Não pensem que sou um tipo triste, bem pelo contrário, nunca prescindo do sentido de humor, nem que seja para disfarçar a dor que por demasiadas vezes sinto. Não o faço por orgulho, como muitos me acusam, mas por educação e delicadeza.
E por simplicidade que parece ser pecado.
Gosto de gente simples e dedicada.

A naturalidade nas relações é algo raro e difícil de gerir, mas não vejo futuro sem haver sinceridade nos afectos.
Sou apenas alguém que quer ser amado, e amar.
Eu digo que apenas quero que não me façam chorar, que eu vos farei rir. E se tenho chorado…

No fim sou um simplório…

sexta-feira, dezembro 6

Aos meus amigos por serem quem são.

Este texto não pretende bajular ninguém, apenas que saibam porque razão sou como sou, e dar a conhecer aqueles que fazem de mim um tipo porreiro embora não seja consensual.
Isto não quer dizer que seja mais na vida deles do que um simples amigo, simplesmente porque me cruzei nas suas vidas.
Sempre procurei nos outros aquilo que tento dar e ser, a generosidade e a bondade, porque para mim essa é a forma mais bonita de ser amor. E generosidade é dar, mas não bens materiais, esses para quem tem muito é uma forma de aliviar a consciência e é fácil, e para quem tem pouco um sacrifício. Falo de estar disponível, abdicar de si mesmo em prol do bem alheio, é difícil e penoso, eu sei bem disso.
Não procurem recompensas a não ser em vós próprios.

E só vou falar dos que são mais presentes na minha vida actualmente.
Os meus mais antigos e fiéis amigos são o Atila e o Manel. Ambos vieram pela mão da ILGA.
O Manel foi empatia imediata, ele estava na altura de serviço ao bar do Centro LGBT ás sextas-feiras, junto com outro grande amigo meu o Jorge Carvalheiro. Deu-me aquele sorriso dele e fez-me logo um questionário, deixando-me confortável. O Manel é uma das âncoras da minha vida. Sendo um homem muito inteligente e sensível, é sempre um colo que procuro não abusar.
O Atila foi diferente, não gostou de mim e disse-me na cara, e eu pensei que ele tinha carácter franco e directo, e que valia a pena apostar nele. A minha intuição revelou-se certa, é outro porto de abrigo mas também um grilo falante, protector, companheiro, e com uma personalidade forte (com quem ás vezes colido).
O Jorge e o seu amor o Nuno são também amor antigo, e um dos casais mais lindos que conheço. Completam-se nas suas diferenças.

Com o Manel veio o Matt, seu “flatmate” e que me levou para os Dark Horses.
O Matt é uma força da natureza, um homem com uma inteligência emocional muito grande, honesto e gentil. Ele não escancara os armários, ele parte-os com um machado e ainda faz uma fogueira para assar castanhas.
Foi ele que me levou para os Dark Horses. Ai conheci o Hugo, o Ricardo, o Gonçalo, o David, o Scuba.
O Hugo é aquele irmão que todos gostariam de ter, honesto, fraterno, atento, assertivo, determinado, com boa moral e carácter forte.
O Ricardo é um ser discreto mas dono de uma personalidade cativante, competente, bondoso e generoso, um amigo que todos adoram ter, além do sorriso lindo.
O Gonçalo é um dos homens mais inteligentes que conheço, generoso mas lúcido, com personalidade forte mas com coração doce, que dá a quem acha que o merece, (Pinheiro temos saudades tuas), tem um sentido de humor que me provoca orgasmos cerebrais, e é uma das pessoas mais competentes que conheço, ás vezes chega a ser exasperante.
O David Simões é outro ser humano maravilhoso, que me mima com o seu sorriso e o seu abraço, sempre preocupado comigo, inteligente e com um carácter bondoso e generoso não deixa que tomem por parvo!
O Nuno Scuba é o gigante cheio de carácter forte, honesto, duro mas de ternura e afabilidade com quem gosta, determinado e brincalhão, não dispenso o seu afecto.

Tenho depois o Pedro Sá, com feitio típico de um sagitariano (tive uma relação com um 17 anos, sei do que falo), mas no fim um puto com bom coração, mas de por vezes complicado gerir.
O Rui Reis, miúdo doce e brincalhão, que faz sobressair o nosso lado mais infantil, tem tanto de inteligente como de tonto.
Outros são tão importantes, porque eu não amo os meus amigos todos pelas mesmas razões. Não me levem a mal os que não mencionei, mas seria exaustivo o texto, e vcs sabem quanto e porque vos amo.


Sem eles a minha vida seria um sítio infeliz de se viver, são eles que me servem de alento, e por vezes guia para ser o melhor que posso e sei.
Eu bem que tentei resistir mas é impossível. Se não falo arrebento, e eu espalhado por todo o lado, além de sujar as carpetes, não é muito agradável de ver e demora a limpar, já para não falar do cheiro.
Não sou hipócrita, mas como não sou menos “cas outras” lá vou falar da morte do Nelson Mandela, embora me importe mais com a vida e o legado dele.

Acho repulsivo a quantidade de pessoas “ilustres” que falam hoje do falecido, como se tivessem sido íntimos dele, (tou-me a lembrar dos inúmeros amigos de Amália que apareceram depois da sua morte), e que o consideram um exemplo.
Vamos lá a ver, exemplo para quem?
Para os actuais governantes mundiais não deve ser, a avaliar pelo modo como gerem o mundo. Se querem homenagear o vulto, não seria melhor seguir-lhe o exemplo que ele deu ao mundo?
Como nunca gostei de hipócritas, acho nauseabunda esta carpideira histérica.

E como nunca fui lírico, cabe-me lembrar que Mandela sendo um dos maiores homens que a humanidade já conheceu, não foi isento de falhas, como o seu comportamento com o nosso governo, injustamente, quando expulsou o nosso embaixador na África do Sul e foi indelicado com o presidente Jorge Sampaio.

Continuo a admirar o homem e o estadista, e sinto com mágoa a sua morte, mas digo-vos que ele foi mais sábio que a maioria de nós, soube sarar as feridas e ter uma coragem que dificilmente alguém tem, foi o homem certo na altura certa.
E hoje ao ver uma sul-africana negra dizer “sempre pensei que Deus era só para os brancos, e hoje descobri que Deus também me ama”, está tudo dito.

E chorei de emoção e felicidade.

quarta-feira, dezembro 4

Triste gente que só se revê nos 3 F do futebol, fado e Fátima. Podemos substitui-los por outros mas vai dar tudo na mesma.
Eu acho que Portugal tem 3 F’s mas aos meus F junto um T, ou seja é um FFT.

Primeiro F de fantástico.
Portugal e os Portugueses são um país e um povo fantásticos, únicos no mundo, não há como nós para o melhor e para o pior. A generosidade de um português é algo raro de encontrar noutros povos.
E Portugal é um dos mais belos países do mundo, e não falo como português, basta perguntar a qualquer pessoa que nos visite, é muito raro encontrar alguém que diga que não quer voltar.
Portugal tem tudo á mão de semear, desde a paisagem, á gastronomia, á cultura, ao património, é um pais pequeno, compacto, fácil de chegar a qualquer lado.

Outro F é de futuro.
Portugal tem futuro.
Não é a toa que resistimos 9 séculos como nação, a espanhóis, franceses, ingleses e mantivemo-nos, exceptuando aqueles 60 anos (1580-1640) de reinado castelhano, a nossa independência.
Nunca nenhuma geração esteve tão bem qualificada, e Portugal faz bem, com qualidade, cada vez se vê mais jovens envolvidos em no activismo, numa altura em que os exemplos a seguir são tão maus…
Portugal faz bem (podem tirar daqui o outro F, de fazer). Pode não poder competir em quantidade, especialmente com a grande Espanha aqui ao lado. Não temos mão-de-obra, espaço e recursos naturais para tal.
Mas temos qualidade, reconhecida dentro e fora de portas, os nossos produtos satisfazem os mais exigentes, e não falo só do vinho do Porto e da cortiça. Quando o ministro falou em exportar os Pasteis de Nata, não estava a falar de uma ideia assim tão disparatada.

O T é de Turismo.
Portugal é um país turístico por vocação.
Promover um turismo sustentável é apostar num futuro brilhante para Portugal. Com a nossa sabedoria em saber receber bem e na facilidade em aprender outras línguas.
E isto não se encontra em muitos países, especialmente na Europa, pelo menos na sua forma natural. Pode-se ser simpático, comercialmente não é difícil, mas soa sempre a falso.

Os portugueses são um povo sofrido, mas não se esgotam no fado, são um povo triste (com estes governantes e empresários que temos não se espera que andemos alegres), mas sorriem, são trabalhadores e simples. E vão bailar para os Santos Populares.

terça-feira, dezembro 3

Os rios.
Sou um fã de rios.
Talvez o facto de ter crescido entre dois rios me fez ter esta adoração por estes braços de água.

Sendo Alfacinha, o rio Tejo foi o meu primeiro. Este canal de água que dá a Lisboa este encanto e esta luz especial, acompanhou a minha infância e adolescência, sempre me surpreendendo a cada esquina.
Belo e calmo é actualmente o que me separa da minha cidade, mas corre sempre jovem e renovado. E a namorar Lisboa.
Mas tarde subi-o, tanto de carro, como de comboio na linha da Beira Baixa (uma experiencia única).
Visto do miradouro das Portas do Sol em Santarém, do castelo de Almourol, do de Belver, de Abrantes, das Portas do Ródão, de Constância, tudo encanta.

O outro é o Ceira, que nasce perto da aldeia de meus avós paternos, onde aprendi a nadar. È afluente do rio Mondego, onde se lhe junta na povoação que lhe dá o nome, ás portas de Coimbra. Góis é a sua princesa.
Perto fica o Alva, que nasce na Serra da Estrela, e passa por Côja, onde íamos fazer as compras que não havia na aldeia, e desagua também no Mondego, junto á bela vila de Penacova.

Depois veio o Sado, primeiro em Setúbal e depois em Alcácer do Sal, duas paisagens diferentes do mesmo rio, uma na sua foz, outra no seu arrozal. Foi neste rio que vi na baia que separa Setúbal da península de Tróia, (já no concelho de Grândola), golfinhos.

O Mondego veio mais tarde, a passar por Coimbra para ir para a aldeia em autocarro, depois conheci-lhe a foz na Figueira do mesmo nome, em Penacova miradouro privilegiado, e visto depois em plenos campos de arroz do castelo de Montemor-o-Velho. Nasce na Serra da Estrela perto de Gouveia.
Outro que nasce também na serra é o Zêzere, passa por Manteigas num dos troços mais belos da serra, por Valhelhas com uma bela praia fluvial, por Dornes a Suíça portuguesa, e junta-se ao Tejo em Constância. É nele que fica a Barragem do Castelo do Bode, que abastece Lisboa de água.

O Douro é outro rio que descobri há muito. Vi-o primeiro no Porto com os seus barcos Rabelos e o casario da Ribeira, depois atravessei-o em Barca de Alva, num dos mais belos troços de estrada fronteiriça, e o vinhateiro entrando por Peso da Régua e Lamego, e depois por São Salvador do Mundo (um dos mais belos santuários de Portugal), visitei a Quinta do Cidrô da Real Companhia Velha, São João da Pesqueira, Pinhão e Favaios terra do belo Moscatel do Douro.
Também o atravessei em Castelo de Paiva na ponte de Entre-os-Rios, a fatídica que caiu e levou gente com ela.

O Guadiana é outro dos eleitos, primeiro em Mértola (a árabe portuguesa), depois rio abaixo por Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António, atravessando-a para Ayamonte e para o sul de Espanha.
Ainda visitei o Castelo de Lousa e a velha Aldeia da Luz, antes de serem inundados pela Barragem do Alqueva.
Agora visto do Castelo de Monsaraz é um belo lago.

Depois são tantos que muitos lhe esqueço o nome.
O Mira em Vila Nova de Milfontes, Odemira e na Barragem de Santa Clara, prova que é um dos mais escondidos e mais belos e limpos rios da Europa.
O Vouga é o rio de Aveiro, onde se espraia em braços de água antes de chegar ao mar, forma a Pateira de Fermetelos (local único para observar aves), e subi-lo por Sever do Vouga até ás termas de São Pedro do Sul é idílico.
O Nabão que banha a bela cidade de Tomar, e em que podemos ver os peixes e os patos a nadar nele.

Outros tantos vi, percorri e me banhei, que falar de todos era entediante.

Mas contínuo a lembra-me de todos, e a sensação é sempre a mesma, refrescante.

segunda-feira, dezembro 2

Eu sou do tempo dos eléctricos em Lisboa.
Claro que já não eram tantos como nos anos 50 e 60, mais ainda se podia ir quase de uma ponta á outra da cidade em eléctrico.
E também sou do tempo dos autocarros de dois pisos.

Claro que muito melhorou a nível de transportes, e depois tiveram de acompanhar a evolução da cidade, e da área metropolitana, agora são mais rápidos e mais cómodos, mas não necessariamente eficazes, e que sirvam as necessidades das populações. Por vezes a falta de articulação entre os vários operadores, tanto a nível de paragens e horários, já para não falar de percursos e terminais, prejudica quem os usa.

Quando eu comecei a usar os transportes de Lisboa, em 1976, o metro acabava em Alvalade numa ponta, e em Sete Rios e Entrecampos noutra. Na estação da Rotunda (hoje Marquês de Pombal), fazia um Y e bifurcava, alternadamente, para os dois destinos, havendo entre Alvalade e a Rotunda painéis que indicavam o destino do próximo comboio, bem longe dos electrónicos de hoje.
Das 2 carruagens passou para 4 (em 1975), embora nem todas as estações tivessem cais para os acolher.
Nos terminais haviam interfaces de autocarros, de várias empresas, que levavam os passageiros para outros locais em Lisboa e arredores. Lembro-me das carreiras da Carris que tinham letras a seguir aos números (A, B e C), que na sua maioria só funcionavam ás horas de ponta dos dias úteis, sendo desdobramentos de carreiras já existentes.

Em Alvalade havia o 7A para a Calçada da Carriche servindo de reforço ao 7 que ligava o Cais do Sodre a Odivelas por Alvalade, o 7B para Sete Rios e que fazia toda a estrada do Paço do Lumiar e estrada da Luz, e o 17A para a Torrinha reforçando a carreira 17 que não ligava ao metro e que servia os bairros da Musgueira, Charneca, Galinheiras e acabava nos Fetais já no concelho de Loures.
Em Entrecampos havia o 17B, que partia do Campo Pequeno e ia para as Galinheiras pelo Lumiar e pela antiga estrada da Torre á Musgueira, ligando-se depois aos 17 e 17A, o 26A que pela segunda circular ia para a estação da Carris da Pontinha (não havia metro para a zona na altura), sendo a alternativa ao 26 que passa por Sete Rios, o 36A que ligava ao Bairro da Musgueira Norte, que não era servido por outros transportes, e o 46A que também pela segunda circular ligava á antiga estrada A-da-Damaia, e que separava o Bairro da Santa Cruz da Damaia, sendo reforço ao 46 que passa por Sete Rios.
Em Sete Rios havia o já citado 7B, o 16A que fazia reforço ao 16 que vinha da Praça do Chile e fazendo os dois o mesmo percurso acabavam na avenida Grão Vasco em Benfica, o 16B que na avenida do Uruguai bifurcava para o cemitério de Benfica, o 16C que servia a escola Delfim Santos e depois no Calhariz bifurcava para a Estação de Benfica dos comboios e acabava no Bairro de Santa Cruz que não era servido por mais nenhum transporte, e por fim o 41A que era um desdobramento da 41 e que ambas faziam o mesmo percurso pela estrada da Luz para a Pontinha e depois acabavam no Bairro Padre Cruz.

Os comboios eram maus e não circulavam na ponte 25 de Abril, pelo que para sul tinha-se de apanhar o barco para o Barreiro, e não havia Alfas nem Intercidades. A linha de cintura era velha e obsoleta, havia apenas apeadeiros sem ligações aos autocarros ou ao metro, excepto o do Areeiro onde tinha terminal o 27 da Carris, e o de Campolide Sul (sim que havia duas estações em Campolide), onde passavam os que iam para o Bairro da Serafina, o 13 e o 20. Havia estações no Rêgo (não façam piadas sobre isto LOL), na Cruz da Pedra, nos Olivais, em Cabo Ruivo, em Pedrouços, hoje extintas.

Os barcos eram antigos e lentos, para o Montijo demorava-se uma hora na melhor das hipóteses, e havia barcos directos para o Porto Brandão aos dias de semana.

Os eléctricos eram bastantes. Lembro-me do 3 que ligava a estação de eléctricos do Arco do Cego ao Poço do Bispo, o 10/11 que fazia a circulação entre a Graça e a Baixa, o 12 que ligava o Martin Moniz a São Tomé onde havia uma entrada para o castelo de São Jorge, numa altura em que a entrada era livre, o 15 que partia do Terreiro do Paço para o Estádio Nacional onde fazia um curioso terminal no meio do mato, literalmente, o 16 que ia do Poço do Bispo até Algés, o 17 que ligava o cemitério do Alto de São João ao Mosteiro dos Jerónimos, o 18 da Praça do Comércio até ao Cemitério da Ajuda, o 19 do Arco do Cego á estação dos comboios de Alcântara-Terra, o 20 do largo do Gomes Freire ao Cais do Sodre pelo Bairro Alto, o 22/23 que fazia a circulação entre São Bento, Gomes Freire e a Baixa, o 24 que ligava o Campo das Cebolas (embora indica-se Rua da Alfândega o que nunca entendi), ao largo do Carmo (que pena estar dependente do elevador hoje em dia), circulando pela toda a antiga primeira circular de Lisboa, o 25/26 que fazia a circulação entre o Largo da Estrela, Campo de Ourique, Amoreiras, Gomes Freire e Baixa, o 27 que ia do Poço do Bispo ao Alto de Campolide, o 28 que partia do Largo da Graça para o Cemitério dos Prazeres, e finalmente o 29/30 que ligava a Estrela ao Cais do Sodré por Campo de Ourique, Amoreiras e Bairro Alto.
Hoje só o 12, 15, 18, 25 e 28 circulam com pequenas alterações de percurso e encurtamentos.


Posso compreender que as cidades e as necessidades das suas populações se alterem, mas não posso desculpar que os autocarros de dois pisos e os eléctricos tenham desaparecido, ou sejam só para turistas.

sexta-feira, novembro 29

Tenho uma família grande.
Aliás tenho duas famílias grandes.

A primeira, a de sangue, é da Beira Baixa, da aldeia da Ponte de Fajão, Freguesia de Fajão, Concelho da Pampilhosa da Serra, o único do distrito de Coimbra que pertence á Beira Baixa, ali entre as serras do Açor e da Lousã.
A aldeia tem duas pontes, tal como Lisboa, a nova e a velha, sendo a velha mais nova que a nova. Tem uma pequena capela no centro, ruas estreitas onde na maioria não passam carros, só cabras e gente, embora em alguns casos sejam o mesmo.
O rio Ceira divide a aldeia, não ao meio mas em parte, algumas casas ainda são de pedra emparelhada castanha, como no Piódão, mas cada vez são menos substituídas pelas casas de emigrantes na capital. Renasce todos os Agostos com festa e dramas a rodos.

A família paterna é desta aldeia, embora a gerações mais novas já tenham nascido em Lisboa e arredores. Os pais e avós viveram do campo, as gerações seguintes da restauração. A muitos não lhes tiraram o interior rural deles, alguns filhos seguiram-lhes as pisadas. É extensa.
A família materna é mais pequena, mas igualmente numerosa, e é de uma aldeia a 2 km chamada de Gralhas numa encosta da serra do Açor, rodeada de pinhal.
Actualmente toda esta família é desconhecida para mim…

A minha outra família também é numerosa, mas não nos une laços de sangue, foi fruto de escolhas, minhas e deles, algumas fáceis e outras batalhas que tive de travar, e que travaram pelo meu afecto.
Tenho a da ILGA, a dos Dark Horses e os outros avulsos.

Estes estão presentes e conheço-os a todos, são eles que me ajudam a suportar as filhiçes da putisse da vida e os filhos da puta que vivem nela a infernizar a minha e a dos outros.

quarta-feira, novembro 27

Sempre tive uma boa relação com as bebidas alcoólicas.
Quando era miúdo só me deixavam beber um Triple Seco no Natal. Ao contrário de alguns primos meus, inclusive dois criados nos arredores de Lisboa, nunca bebi sopas de cavalo cansado.
Experimentei o vinho apenas na aldeia de meus pais, sem conhecimento de minha mãe, mas foi o tinto que nunca gostei.
Aos 18 anos, quando foi corrido de casa dos meus pais, comecei a beber vinho branco, na altura misturado com gasosa, ou seja dava cabo do vinho.
Comecei com os alentejanos, mais frutados e doces, depois comecei a gostar de outras regiões, hoje pouco vinho alentejano bebo.
Aprendi a apreciar uma boa bebida alcoólica e até passei á uns anos a gostar de cerveja, que não bebia.
Como nunca me embebedo, tenho uma relação de qualidade/quantidade que me permite desfrutar de uma boa bebida, sem depois passar pelo efeito da ressaca.
Não gosto de excessos…

A relação com o tabaco foi sol de pouca dura, foi mais uma influência dos meus colegas de liceu, fumei uns meses, e depois tomei juízo, percebi os malefícios que fazia e o dinheiro mal gasto, e sempre tive medo de adições.

Quanto a drogas, dei uma vez uma passa num charro, por insistência de um gajo com quem tive um flirt, mas ficou por ai, as drogas sempre me assustaram e sou contra.
Acho que gosto de ter controlo sobre a minha mente e os meus actos.

Por isso coisas que me prendam não, prender-me só as emoções. 

terça-feira, novembro 26

Porque raio certas pessoas insistem em dar-nos detalhes das suas actividades menos apelativas aos sentidos?
Porque raio tenho de saber quantas vezes vão á retrete por dia e a má qualidade do ar que provocam no meio ambiente?
Porque tenho de ter visões das pessoas a meter o dedo no segundo canal para provocar o mesmo efeito que a Sónia Brazão provocou na sua cozinha?
Eu não liberto gases á frente das pessoas, nem me ponho a arrotar ou a tirar símios das fossas nasais!

Desculpem lá meus amigos, mas o facto de gostar muito de vocês, isso não se estende aos vossos odores menos agradáveis ao meu olfacto, nem vos dá direito a me brindarem com o vosso rio Trancão.
Ah e quem disse que é romântico ver uma pessoa a cagar de porta aberta? Ou pior a limpar o rabo? Foi a Tia Bobone, foi?
Pensam que a vossa merda cheira a rosas? Ou ao novo perfume da Gucci?
E espremerem borbulhas e pontos negros é romântico? Não querem antes espremer os vossos tomatinhos (alguns cerejas). Aposto que se vão divertir mais…

E já agora para não fugir do assunto.

Acham que o cheiro do vosso sovaquinho é Chanel Nº 5? Eu sei que há gente que sua que nem a barragem do Alqueva, mas existem roll-ons muito baratinhos e eficazes; ou pensam que quando nasceram forma mergulhados numa essência de baunilha aromatizada, e não precisam de tomar banhinho?

segunda-feira, novembro 25

O provincianismo.
Nada pior do que o provincianismo.

Um labrego a armar-se em citadino é um triste espectáculo.
Mas qual é o complexo de inferioridade em se ter nascido fora da capital?
É algum estigma?
E os provincianos de Lisboa? Acham que Portugal é Lisboa e o resto paisagem? Que só são cultos os que vivem na capital?

Lisboa é apenas a capital deste belo país, o que já de si é muito, mas o que seria Lisboa sem o resto do país!
E depois que raio de mania esta de fazerem comparações? As entre Lisboa e o Porto são clássicas e disparatadas, e sempre infelizes. Como se pode comparar As Valquírias do Wagner com o Mosteiro de Alcobaça? Não se pode, são coisas diferentes e igualmente belas.
Depois as comparações com o “lá de fora”… Lá de fora de onde? Do Cérbero atrofiado deles? E nisto de provincianismo há para todos os gostos. È como ir á secção de iogurtes de um hipermercado.

Cada um é do lugar onde nasceu, e onde cresceu, os lugares influenciam as pessoas, como a sua cultura.
Eu adoro chanfana, queijo de cabra, enchidos e castanhas porque passei os meus verões de infância na serra do Açor e da Lousã, adoro montanhas e rios pela mesma razão. Sou cosmopolita, gosto de sardinhas assadas, do santo António, de fado, de ginjinha, de pastéis de Belém, de eléctricos porque nasci e fui criado em Lisboa.
Mas também gosto de francesinhas e rojões com tripa enfarinhada, e da torre dos Clérigos, dumas boas migas alentejanas, dum queijo da serra e do rabaçal, duma posta á mirandesa, da sé de Coimbra, do porco perto alentejano, e muito mais…

Renegar a nossa cultura, tanto a portuguesa como a da nossa localidade, é renegar-nos a nós mesmos. Se se têm sotaque que se o fale, e se assuma com orgulho.
Eu amo a minha cidade, mas também o meu pais, o meu povo, a minha cultura, a minha língua.

Isto não é o Vaticano.

sexta-feira, novembro 22

Uma das más recordações que tenho da minha infância, é a de assistir a uma matança do porco.
Devia ter uns 5 anos, lembra-me que ainda não andava na escola.

O ritual era feito em frente á capela da aldeia, por baixo dum telheiro onde o porco foi pendurado.
Eles sentem o perigo, por isso o bicho começou a guinchar (percebi a expressão guinchar que nem um porco), já isso era aflitivo. Depois espetaram-lhe a faca no pescoço e ao ver o sangue a jorrar em golfadas, foi demais para mim, corri para longe, e miúdo, fui chorar em cima da Ponte Nova.

Não condeno o acto, mas nunca convivi bem com o ritual. Menino da cidade.
Nas minhas férias de verão na aldeia de meu pai, sempre tive contacto directo com os animais, e com a sua morte para servir de alimento.
Ajudava no campo como os meus primos, que nunca fui de ficar quieto a ver os outros a trabalhar, e convivi com galinhas, porcos, cabras (essas ainda continuo a conviver), coelhos, bem como os selvagens, sapos (que apanhava á noite, ás vezes apanho com cada um…), lobos, javalis, cobras, águias, enguias, peixes de rio, e toda a fauna das Serras do Açor e Lousã.
Hoje muitos destes animais já são difíceis de encontrar.

Um dos episódios que me marcou foi numa altura de festa na aldeia, penso que no verão, pela quantidade de família presente. Estávamos a jogar cartas numas das escadas que davam acesso á casa de uma tia-avó, quando uma galinha sem cabeça passa por cima do jogo, e se estatela no meio da rua, depois de saltar os degraus e correr pelo longo corredor, que atravessava a casa, vinda de um pátio do lado oposto.

Outra das cenas deliciosas que assisti várias vezes foi a de ver os cabritos aos saltos, aquando da chegada dos rebanhos ao curral, pois eles não iam pastar á serra junto com os adultos. Saltavam com as quatro patas ao mesmo tempo, parecendo ter molas, numa histeria colectiva por cima de muros e telhados.
Eu ia com o meu tio Armando guardar as cabras para a serra da Lousã.
Cabras são bichos danados que comem tudo o que apanham (eu avisei), e por isso o leite de cabra, que bebi aos litros, e adoro é muito saudável e rico em proteínas.
Os queijos que as minhas tias faziam, uns frescos, outros semi duros, eram deliciosos. Os da minha Tia Jesus, que a minha mãe e meu irmão diziam ser porca (uma mulher que sempre vi a cada limpa, ao contrario de minha mãe, e que trabalhava no campo), mas que os comiam, inclusive os que a minha tia dava para me entregarem, eram os de pasta mole. Os da minha tia Irene eram os frescos, enormes, e que não davam a comer aos meninos de Lisboa, um dia eu, o meu irmão e duas minhas primas atacamos um inteiro e foi um ver-se-te-avias. A minha tia ficou satisfeita e acabou-se o queijinho flamengo para os sobrinhos.


Cumpre-me como cidadão votante e patriota falar sobre os “incidentes” da manifestação das polícias, ontem na assembleia da república.

Lembro que estes mesmos polícias são os que evacuam as galerias da assembleia da república quando o povo, aquele que os alimenta com os seus impostos, se manifesta. Que são os mesmos que batem no povo quando este se manifesta nas mesmas escadarias, e na mesma situação que eles. São os mesmos que defendem e protegem os políticos e os ricos contra nós, os pobres.

Isto só prova de que lado estão os policias e os militares, cada vez mais desacreditados, apenas se importando em manter os seus privilégios e mordomias, também esta gente se está cagando para o povo, e só se lembra que é igual a nós quando sofre as mesmas agruras, mas que se esquece rapidamente quando leva um chupa-chupa dos poderosos, e se vira logo contra o povo.
E só prova que uns têm o direito a tomar conta das escadarias de um edifício que é pago, principescamente, pelo povo, e outros, os que pagam, a maioria, não.
Quero ver se hoje o povo fosse invadir as escadarias do parlamento, se a policia tinha a mesma atitude que teve ontem…

Eu fui militar, e sei o tipo de mentalidade que reina nas hostes.
Os políticos, a começar pelo presidente e acabando no ministro da administração interna não dizem nada, cobardemente como sempre, agora vão satisfazer as exigências das policias, eles vão ficar fora dos sacrifícios que nos obrigam a ter, e vão ter outra vez as “forças da ordem” a bater-nos e a prender-nos por querermos a liberdade e a dignidade que temos direito.

Agora não me peçam para respeitar as “forças da ordem” por esta desordem a que chegamos.

quinta-feira, novembro 21

Pedir desculpa.
Porque será tão difícil fazê-lo?

Já o fiz várias vezes na vida, algumas até sem ter culpa, e não o faço mais porque não é meu hábito magoar as pessoas, nem sou indiferente aos sentimentos alheios.
Parece que pedir desculpa por causa de um erro, é algo censurável, que demonstra fraqueza por parte de quem o faz.
Pedir desculpa é ter coragem. Desde quando coragem é fraqueza?

Se errar é humano, pedir e aceitar desculpas também.
E não pensem que basta aceitar umas desculpas para ser perdoado. Digo-vos que enquanto alguém não esquecer uma ofensa, não desculpou.
Portanto aceitar as desculpas e perdoar são duas coisas diferentes, não confundam.
Há coisas na vida que eu não perdoou, não tenho forças para o fazer. Se algo ainda me magoa, ou nos danificou permanentemente, como podemos perdoar?

Eu sou humano, e digo que mais depressa perdoei o meu cão por me ter rasgado uma mão (e que me deixou uma cicatriz), do que certas palavras e actos de algumas pessoas.
Também em mim não perdoou certas coisas

quarta-feira, novembro 20

Quem me conhece sabe que não gosto de levar porrada.
Sadismo e masoquismo não são a minha praia.

Respeito quem gosta, mas darem-me umas nalgadas, chapadas ou torcerem-me os mamilos, é uma candidatura certa a um murro no focinho, ou uma via verde para as minhas manápulas no pescoço alheio.
Porrada levei eu muita em miúdo nas mãos de minha mãe, e fiquei de barriguinha cheia. E os meus mamilos não são botões para sintonizar ondas radiofónicas, lá uns beijinhos e chupadelas meiguinhas, vá!
Já dei nalgadas, apertei e mordi, mas a pedido. Também já fiz outras coisas que não quero que me façam a mim, mas que deu prazer aos meus parceiros. Isto numa relação sexual deve estabelecer-se regras, e principalmente deve-se dizer quando não se está confortável, o que se quer e o que não se quer experimentar.
Não digo que façam uma lista antes, mas durante se algo não é do agrado de um dos parceiros deve-se dizer, educadamente, não.

Também o bondage está longe das minhas preferências, não me excitam couros, fardas, nem apetrechos, coirões já me bastam os que tenho de aturar.
Vejo tanta gente de aspecto tão saudável com cada tara que até dá dó.

Para mim o melhor cheiro, e o melhor objecto de prazer sexual, é outro homem lavadinho, não me enojam os fluidos próprios, nem do corpo alheio, mas higiene é bom e faz bem á saúde, e para os sujar tou cá eu.

terça-feira, novembro 19

Loiros ou morenas?
A pergunta fatal numa conversa entre dois machões.
E os gays?
Serão os gays mais permissivos neste aspecto? Tudo o que vem á rede é peixe (como imaginam os heteros que nós pensamos?).

No meu caso até gosto mais de morenos, a minha primeira vez até foi com um loiro de olho azul, e o meu ex é outro loiro de olho azul, e durou 17 anos.
Mas eu pessoalmente gosto mais de morenos, e robustos, gente magra não me atrai muito.
Mas nem nos gays tudo serve, existem gostos e preferências para tudo, como nos heteros
Claro que existem aqueles que como os heteros, que não podem ver um bom par de mamas que serve logo, aqueles que o tamanho é que conta.
Claro que micros pénis nunca fizeram bem a ninguém, nem defuntos. O tamanho nunca valeu uma boa foda. È como um homem musculado e/ou com pénis de meio metro, se depois não funciona?

Depois gosto de homem masculino, respeito quem goste do contrário, quem sou eu para dizer o que os outros devem gostar. E falando nisso, nunca pensei que pelo facto de ser homem, de ser um gay masculino, fosse ser alvo de preconceito na comunidade gay.
Ah pois é verdade!
Sou vitima de preconceitos e assusto os heteros porque sou muito (ou mais) masculino do que eles, e os gays mais femininos acham que sou assim porque ando num armário, eu que nem gosto de ir ao IKEA.
Meus amigos eu com 10 anos sabia que não gostava de miúdas, aos 12 soube que era gay, aos 14 começei a fazer sexo como se não houvesse amanhã, e ainda não parei, e aos 18 assumi-me. E isto em 1986, há 27 anos, e nunca tive namorada para disfarçar, nem para contrariar a minha orientação sexual, que sempre foi assumida e praticada.
Sou masculino porque sou assim, é assim que sou feliz e me sinto confortável e realizado.

Se eu tenho de aceitar as paneleiriçes e mariquisses dos outros não admito autoridade moral para me criticarem por eu me sentir bem na minha masculinidade.
Adoro mulheres mas não quero ser uma.

Até a maioria delas são mais homens que muita bicha.

sexta-feira, novembro 15

Orgias, um fetiche recorrente na cabeça de muitos.
Há quem só se sinta confortável num sexo a dois, outros admitem a três, outros troca de casais, o chamado swing(?). Mas as orgias são vistas mesmo por muitas almas liberais como uma depravação sexual.
Confesso que não sou virgem nestas coisas, não que tenha sido muitas as vezes em que participei em tais, e mais não foram por escolha pessoal. Nem tudo ou todos me servem.
Mas uma orgia assusta muitos. Eu nem vos digo o numero mais gordo…

A poligamia é outro assunto tabu. Na comunidade gay existem vários casos, mas não é tão comum como se diz, nem tão incomum na comunidade hetero como hipocritamente se quer fazer crer.
Nunca tive uma relação poligâmica mas não vejo que seja algo de condenável. Apenas penso que se tem de ter a cabeça bem feita para se aceitar tal, e gerir. E mesmo dentro da poligamia existem várias realidades.

Já o sexo com desconhecidos é mais usual e tolerado, especialmente se não forem casados. É excitante, uma fantasia recorrente tanto em homens como em mulheres.
Esta ideia de promiscuidade nos gays é uma treta que alguns heteros tentam fazer passar, por causa dos conceitos morais a que estão presos, por causas diversas, que agora não me apetece estar a montar, todos sabemos quais são.
Os homens heteros, na sua maioria, e as mulheres numa boa parte, desejam sexo fora do casamento, mas como vivem em relações estereotipadas e conceitos de moral castradora, que segundo muitos protege os “valores sagrados da família”, os inibe de praticar o sexo fora do casamento, e a maioria fá-lo em segredo.

E agora com a internet, o sexo virtual substitui o carnal, o táctil, pois o maior órgão sexual do ser humano não se vê pelo menos a olho nu, é o cérebro.