segunda-feira, dezembro 16

Não consigo entender esta raiva que certos portugueses têm aos espanhóis.
Se de Espanha nem bom vento nem bom casamento, como é que o casamento gay entre portugueses e espanhóis, e entre portugueses foi feito primeiro em território espanhol?
E depois os casamentos hetero entre os dois países já se fazem há séculos, que isto de amar passa fronteiras.

Como muitos portugueses, antes da entrada na União Europeia e da sua abolição de controlo de fronteiras, a primeira visão que tive de Espanha foi a cidade de Badajoz. Caramelos á parte foi ver outra cultura, outro povo, outra língua.
Depois vieram Cáceres, Zamora, Verin, Tui, Baiona, Santiago de Compostela, Aroche, Tarifa, Algeciras, Ayamonte, Cadiz, Ciudad Rodrigo, umas mais belas que outras.

Hoje quem vai ao Príncipe real á noite, se se ouve falar castelhano os gays ficam em estado de alerta. Não porque lhes desperta a Padeira de Aljubarrota, em estilo nacionalista, neles, mas mais a libido, parecem suricatas. Aliás ter um “namorado” espanhol parece ser muito in agora em Portugal. É a versão gay da amante espanhola.
Deve ser porque está longe e assim não o controla, e pode ir engatar á vontade, e sempre dá jeito no Madrid Pride.

Nisto de direitos LGBT, os nossos hermanos deram-nos uma derrota maior do que a que lhe demos para os lados da Batalha. E a bem da verdade, foi muito devido aos nossos vizinhos da Península Ibérica, que Portugal avançou como um cometa nos direitos da população LGBT, na igualdade dos direitos humanos, e ainda está á frente de Portugal.

Continuo a achar que na diferença está a grandeza dos povos, e mesmo nos indivíduos, e de Espanha que venham bons ventos, mais secos e quentes no Verão, e bons casamentos, Espanha tem homens e mulheres lindas, eu próprio já me embeicei por um (embora seja chileno, vive em Madrid, que é um homem lindo, inteligente e cheio de sentido de humor).

Acho que hoje somos vizinhos, bons vizinhos, com algumas zangas.

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