sábado, outubro 27


Somos todos iguais, mas uns mais iguais do que os outros. E para eles a vida é uma festa, permanente. É o hotel paraíso.
Como pode esta gente entender o sofrimento alheio? E ainda julgam os que sofrem…

O amor é a soma de todas coisas belas e as imperfeições. Nunca amei seres perfeitos, simplesmente porque eles não existem.
Quem ama muitos é considerado libertino, perverso, disfuncional, depravado.
O amor é tão vital para mim que é o retrato da minha vida, para mim no amor não há restrições nem constrangimentos, no amor tudo vale, até o desgosto.
A moral vigente colocou um rótulo negativo nos que amam mais do que um parceiro. Que não são fiéis, de confiança. São promíscuos.
Que culpa temos de amar…
Ai os falsos moralistas, sempre me meteram nojo!

Quando me lembro do meu Portugal de infância, vejo um país castrado nas mentes racista e homófobo, machista e ditador, mudámos assim tanto?
O desinteresse e a ignorância respondem por mim!

Eu sou de silêncios, palavras, as pessoas que amei e amo, os livros que li, os lugares que visitei, as lágrimas que chorei, todas as violências que sofri, todas as pessoas que conheci, e todos os sorrisos que dei e recebi.
Não consigo viver sem ter nada. Está-me tudo dentro da minha cabeça, e ela tem muita coisa lá. Tive a coragem de nunca a perder, embora por muitas vezes estou quase na fronteira.
Suicídio nunca, prefiro rir-me de quem me faz mal. Todo o bem e o mal que me fazem está-me gravado, no coração e na cabeça.
Para a minha família fui um ímpio, e eles trataram de me expulsar do seu seio.

Não gosto da morte, não gosto de funerais, nem de despedidas, nem de perdas, nem de hospitais. Os hospitais são lugares onde a vida se vai. E eu amo a vida.
E a vida é uma escolha!

terça-feira, outubro 23


Detesto o provincianismo. Os provincianos são uma mistura de megalómanos e recalcados.
Não são capazes de compreender a grandeza das coisas, só vêem conspirações. Sem inspiração culpam os outros de tudo. São queixinhas, são ressabiados, dedicam-se a quezílias miudinhas, são despropositados e uns falhados. São repugnantes.
Disputam palmos de terra com violência, mata se for preciso, gosta da autoridade do mata e esfola, adora achincalhar, gosta de gente séria, são sempre moralmente superiores, reclama dos ladrões mas foge aos impostos e passa facturas falsas, não vota nem defende a sua cidadania, odeia cultura e intelectuais, adora dramas de faca e alguidar, diz que não é racista mas odeia pretos, na mesma proporção dos ciganos e dos paneleiros, adora armar-se em vitima, são machistas (eles e elas).
Gostam da cunha, atacam pelas costas. São uma dor d’alma, surpreendem-se e desconfiam da honra e da coragem, acham que está sempre tudo mal, mas não fazem nada de positivo para mudar a situação.
E eles estão em todo o lado, mesmo em Lisboa.

Sempre gostei de andar e conversar com as pessoas das vilas e aldeias por este país fora, recebi ensinamentos que não poderia obter nas grandes cidades. Essas pessoas amam a sua terra e falam-me das suas belezas, tem orgulho nelas e não precisam de menosprezar os citadinos para serem grandes.
Sempre gostei de gente simples. E depois tenho este vício da conversa, e há tantas conversas para ter, e passamos demasiado tempo a falar, e pouco a conversar.

Tão medonho como terrível é o novo-rico, seja ele citadino ou rural.
Faz tudo o que vem nas revistas, compra roupa de marca, tem de ter automóvel de alta cilindrada. Cartão de crédito GOLD XPTO, janta nos lugares da moda (preferencialmente de gente famosa), tem férias em resorts de luxo, finge esquiar e andar de barco, tem apartamento com mais de 5 assoalhadas em condomínio fechado, frequenta o ginásio da moda, bebe whisky de marca mesmo que não goste, vai ao centro cultural de Belém, tem os filhos em colégios finos, está sempre a ir e a vir do aeroporto, usa relógios caros, telemóvel com mais G dos que o seu Q.I., falam sempre alto em tom bruto e seco, sempre a comandar para impressionar os restantes.
Usa perfume caro e que cheira a 10 km de distância, ao pé dele nunca há moscas, a única mosca morta é ele.
Joga golfe e fuma charuto, vais ao Estoril Open, (iria ao Grande Prémio de Formula 1, mas já não se realiza em Portugal).
Sonha andar com top-models ou colunáveis, sejam elas da TV ou do que for. Nunca lê livros embora tenha uma estante com eles (para dar uma de culto). Prefere ler a Caras e a Vip ou quejandos. Fala inglês (tão mal como o português).

Mas como dizia o escritor, é impossível viver em verdade e amar a mentira…
Cada vez me interessam mais os sentimentos e menos as personagens.

domingo, outubro 21


A minha geração está a desaparecer, uns fisicamente, outros intelectualmente.
Enquanto estive na cama de um hospital, sem saber se sairia de lá vivo, pensei na minha vida, e no que iria fazer dela se saísse de lá. Hoje sou o que sou.

Faço parte de uma geração que ainda viveu sobre o domínio da ditadura, Salazar “caiu da cadeira” no ano em que nasci, e que viveu as primeiras horas de liberdade.
A minha geração era uma geração livre.
Hoje são escravos, do dinheiro, do poder, das drogas, do futebol, dos empregos, do sexo, das vidas sem chama.
O mundo habituou-se a desvalorizar pessoas como eu, e eu aprendi a lidar com isso. Não que me resigne, ou que não me irrite. Cada vez há menos gente merecedora de respeito, o que me faz recear por estas novas gerações que sem heróis dignos desse estatuto, só gente menor, não vai ter bom futuro.
Este jejum de inteligência aflige-me.
E nesta equação ninguém ganha, nem os que tem razão. Com este andar da carruagem, a direita populista e a extremas esquerda e direita.
Ganham vantagem e votos.

Vivemos num tempo de frouxos que colocam os negócios e interesses acima da educação e da protecção dos necessitados.
A liberalização dos costumes e do sexo abriu portas as feminismo e ao homossexualismo, a sociedade pagou um preço por isso. Parte deste mundo não se ajustou, percebeu ou acompanhou esta grande mudança, ainda andam na guerra dos sexos, em vez da guerra pelo sexo.
Claro que tenho os meus momentos de desamparo e irracionalidade. Mas não perco os cinco sentidos. E reparo nos orgulhos e preconceitos, mas já estou vacinado para a maioria deles. Ao vê-los dou-me conta de que certas pessoas são mesmo estranhas.
E eu parvo ainda acho que posso domar as bestas e tornar este mundo melhor.

segunda-feira, outubro 15


O que hoje se propõe ao povo é o deserto mental.
Gerações perdidas para a bestialidade.
Devíamos ter prazos de validade como os alimentos, e o prazo de muita gente é curto, elas á que pensam que não.
Vivem no fanatismo futebolístico, a única maneira de se sentirem realizados, de resto tudo lhes é indiferente, embora tenham opinião sobre tudo, a lucidez está só nas suas mentes…
Convencem-se de que são os melhores, os mais espertos. Soletram barbaridades pela boca. E nós, simples humanos, não percebemos nada.
A sua ausência de vida própria, fá-los sempre meterem-se na vida alheia. Aviso que nunca lhes devemos dar essa confiança, eles são como as carraças, agarram-se a nós e ferram.
E são patéticos ao fim da terceira bebida…

As pessoas são tão vulneráveis, e só reclamam direitos e bonomias. Se tentassem ter um pouco mais de amabilidade, de amor, em vez de recalcarem hostilidades e rivalidades.
E depois não me parecem assim tão felizes como querem fazer parecer, nem tão fortes.
No fim prefiro não ser atraente do que ser um belo cadáver de inteligência. Quero as minhas rugas, aquelas que tenha direito, e quero que cada uma conte a sua história, que elas hão-de chegar.

Acho que esta busca desenfreada de se ter alguém para não se estar sozinho, uma coisa assustadora, “casar” e “descasar” por dá cá aquela palha.
Depois são todos tão emancipados, mas fazem aquilo que os outros esperam deles, ou que eles julga, que se espera deles.
Estão sempre muito ocupados para os outros, exigem direitos e igualdade. Aturam-se uns aos outros, são um fracasso humano.

Por isso não estranhem o meu comportamento para com aqueles que amo. Se os acarinho é porque sei que são especiais, seres de excepção que merecem a minha atenção e a minha dedicação, não por me achar especial, mas por os achar especiais.
Não me revejo na ignorância e na estupidez, e cada vez lido mais com esse tipo de gente (que eu nem os considero como tal).
E depois são cobardes, não dizem o que pensam, se é que pensam, abusam dos fracos e lambem as botas aos fortes. E quando se vêem com poder, por mais ínfimo que seja, exercem-no arbitrariamente e maldosamente para se sentirem superiores, que a inteligência não dá para mais.
Andam sempre de lágrima no canto do olho pelos filhinhos dos futebolistas ou dos cantores pimba, e tratam mal os filhos dos outros, a muitas vezes até os próprios.
Isto somado á impunidade de que são alvo, é um cocktail explosivo para a degradação dos valores pelos quais luto.
Porque razão, e quem decretou que tenho de atura esta gentalha?

Estes abutres por vezes não os vemos, mas eles estão lá, andam sempre a rondar sorrateiros para roubar a carne que os outros caçam, de deixam sempre uma má marca, um arranhão de uma das suas garras
E quando um abutre paira sobre a tua cabeça, isso cheira a morte.

sábado, outubro 13


Cedo me interessei por politica, embora nunca deseja-se ser político. Nunca me filiei em nenhum partido, não confio nos políticos em geral, e nunca me compartimentei em nenhuma ideologia.
Revejo-me mais na esquerda, mas não faço credos em cruz quando oiço falar de direita.
Graças á minha pequena inteligência, nunca me viram qualidades para fazer carreira na politica, nunca fui talhado para a mentira, falhei esse up-grade.

Já disse que não gosto que me imponham nada, adocem-me a boca que eu até me prostituo, mas a pau, nem morto. Ninguém me vence se eu não deixar.
As melhores lições da minha vida, recebidas tanto dos meus amigos, como dos que não eram, como até dos inimigos. Porque aprendi a saber o que me faz feliz.
As inimizades saldo-as rapidamente, quanto ás amizades nunca as saldo, porque não tem preço.
Quero que saibam que aos meus amigos actuais, como aos que se foram, que tenho uma divina eterna, que nunca poderei pagar, porque a felicidade que me deram não tem preço, e nem se paga. Eu saldo as minhas dívidas de gratidão sendo o melhor que sei e posso, e sei ser o melhor. De mim terão sempre o que de melhor eu sou, façam por o merecer, que não sou só eu a ter o trabalho.
Aquilo que eu amo transforma-me num indivíduo melhor, separa-me do mal mesmo com sofrimento, ganho. Os meus amigos atenuam-me a solidão, aquela que me persegue, cada vez mais, por ver que os meus valores de humanidade cada vez mais se perdem. Por isso gosto de gente simples, aberta.

Amar não é difícil, escolher o que amar é que é complicado. Mas eu sei o que quero.
Já passei mais do que uma vez pela morte, não sei se ela não me quis, ou se fui eu que não a quis.
Amo a vida, amo viver, porque me maravilham os outros. Sempre procurei a beleza, e vejo-as nas pessoas bondosas que ocupam o meu coração.
Sei que não há soluções para evitar o sofrimento. Mas há escolhas entre o sofrimento, a dor e a felicidade. Essa encontro-a nos amigos.
Por isso nunca renunciei ao sorriso, ao meu e ao dos outros. A minha sorte é que encontrei e só amei os excepcionais, a dignidade, a nobreza, a coragem. Na Beatriz, na Natália, na Amália, no Atila, no Manel, no Hugo, no Gonçalo, no Jorge, no Nuno, no João, no Ricardo, no David, em tantos que faziam deste texto uma lista longa.
A vida trouxe-me amantes, amigos. Com eles aprendi muito, quase tudo, neles confio, neles posso tocar sem me ferir, neles acalmo a minha dor.
Por isso quando perco um é como se o mar se revoltasse e me engolisse, revolvendo-me e sacudindo-me entre a areia, e depois me pousasse exausto e confuso na costa. Nessa altura preciso de tempo para me orientar, levantar e continuar o meu caminho.

Sei que a morte é inevitável, mas gostaria de morrer antes dos meus amigos, ou se calhar depois, para lhes evitar o sofrimento. A morte leva-nos, mas enquanto eu viver, os meus amigos viverão, porque enquanto tiver coração eles estarão cá, e eu não deixo de os amar, nem de me lembrar deles. 

terça-feira, outubro 9


Tive azar.
Nem o desejo ao meu maior inimigo, seja ele quem for.
Não, não sou um sonhador, sou um ser bem prático.
Não tenho luxos, nem preciso deles. Já é um luxo ter cérebro.
Sou tão sozinho como tantos o são, talvez demasiados.
Não conheço tempo em que seja tão fácil comunicar, e onde tanta gente se sinta sozinha.
E hoje a solidão resolve-se na Internet, cura-se com sexo de ocasião.
Se a vida não fosse a arte do absurdo, e não houvesse tanta hipocrisia, eu não me sentiria tantas vezes tentado a usar métodos menos ortodoxos para resolver certas questões. Mas fico na maioria das vezes pelo sarcasmo.
A humanidade está gasta e doente.

Sinto uma certa frustração por ver em muita gente nova uma sexualidade engelhada, esta gente dá-me hipertensão, que hipertesão não me dão de certeza, são um tédio,
Começam por não usar a cabecinha, muita vezes nenhuma delas, ou são tomados pela inércia ou então armam-se em puritanos, donzelas ofendidas, puras e castas de mente, e mal-fodidas. E depois ainda se dão ao luxo de fazer juízos de valor sexual sobre tudo e todos, como se eles fossem isentos de fantasias. Se calhar são mais dados á depravassão…
E depois são todos tão higiénicos….

segunda-feira, outubro 8


Somos um país de doutores. Basta ter um canudo, um Dr., Arq. ou Eng. antes do nome que se é logo tratado com deferência. Basta descobrir-se que fulano tem o diploma (ou finge ter), que logo o tratam de maneira diferente. Até nos cheques bancários…
Cambada de complexados, todos sabemos que a fragilidade económica tolera muitos insultos, que são devidos á dependência dos fracos e pobres.
As doutrinas penais e religiosas fazem e sustentam o respeitinho e a superioridade de uns sobre outros.
Fala-se muito sobre os pobres, eles são infelizmente demasiados, mas o que me irrita são aqueles doutorados em pobreza, que se banqueteiam em jantares de luxo, como soubessem o que é ser pobre, padres incluídos.
Nunca vi tanta pobreza em Portugal desde o Estado Novo, e nem tanta vontade de ajudar os “pobrezinhos”. Até já falam em recriar a Mocidade Portuguesa…

Se há uma coisa que me enoja é a moralidade, a falsa moralidade, apregoada por muitos, vai dos mais ricos e poderosos, aos mais pobres e fracos.
Vai desde o dinheiro ao sexo, apontar o dedo ás “ordinarices” dos outros, sendo as deles normais e justificáveis, e que vão desde a pedofilia ao incesto.
E a maioria desta gente acha que ser homossexual é uma depravação moral e sexual, e ficam chocados por verem 2 seres do mesmo sexo de mão dadas (vantagem para as mulheres), e já nem se fala dum beijo.
A Igreja tem padres homossexuais, pedófilos, o adultério heterossexual é praticado a torto e a direito, a prostituição está cheia de clientes que são esposos fidelíssimos, homens casados e com filhos encontram-se nas casas de banho publicas para sexo rápido e anónimo, e a ciberpornografia cresce a olhos vistos, seja hetero, gay, bi, dominação, sadomaso, pissing, zoofilia, pedofilia, violação e o diabo a quatro.
No entanto os gays é que são o diabo, os perversos, os porcos depravados, os antinaturais.

Os ricos e poderosos, esses podem ser e fazer tudo, pois o dinheiro tudo compra e absolve. E armam-se em puritanos, escrupulosos cumpridores da moral e dos bons costumes, obedientes á santa madre Igreja, e vão todos á missa
Tudo discreto.
Já o era no Estado Novo…

sexta-feira, outubro 5


Escrever nunca foi uma coisa que planiei e tudo começou por acaso.
Não sei se é para a vida, não sou muito disciplinado, embora não tenham essa ideia de mim, nem sei se tenho vida para tal.
Mas tenho escrito, em papel, que depois passa para computador, em texto revisto e corrigido.
Comecei a escrever por razões de desalento, para exorcizar toda a mágoa que tinha recalcada em mim, e libertar-me para o amor, em mim próprio e aos outros.

Reviver as coisas más não é fácil, mas foi necessário, foi uma libertação. Sei que expus a minha intimidade, mas foi propositado, não me assustou, nem assusta, serviu para o meu propósito.
Sou forte o suficiente para não ter medo, ou me sentir desconfortável com o que os outros possam pensar de mim. As pessoas que me amam sabem do material de que sou feito, eles não me julgam, ajudam-me a ser melhor.
Se queria, se quero, avançar, não poderia deixar de recorrer a algo que me ajudou a ser uma pessoa mais livre e confiante.
Só posso agradecer a todos os que generosamente me aturaram, me ajudaram a ser melhor, me ensinaram a bondade e a generosidade, me amaram. Sem a sua generosidade não teria sido possível ter-me tornado na pessoa que sou hoje, e acho que não me sai lá muito mal, apesar de tudo o que passei.

Não quero abrandar, quero aproveitar as oportunidades que a vida me vai dar, ver os meus amigos a serem felizes, e ser feliz com eles.
Uma das vantagens de se ser honesto nas relações humanas e nos afectos, é ter-se amigos verdadeiros, e que nos amam por aquilo que somos, sem filtros, sem medos.
E a amizade activa exige dedicação.

domingo, setembro 30



Somos um país conservador, moralista, pobre, que vive da censura moral e económica.

Somos tradicionais, adoramos estar próximo dos poderosos e ricos, admiramos os que parecem rectos e estáveis, e controladores. Não somos independentes.

Temos pouca cultura de liberdade e responsabilidade, somos devotos e gostamos de dar a responsabilidade dos nossos actos a outros. Gostamos de dividir para reinar.

Dão uma imagem casta, apesar de serem exactamente o oposto.

Não há nada como umas idas á missinha que não se resolva tudo.

Tomamos a sina de coitadinhos e lamuriamo-nos de tudo e de nada. Somos sempre as vítimas.



Os êxitos que se alcançam na vida não dependem só dos outros, mas da atitude que temos parente a vida. Ninguém ama, nem protege, aquilo que não conhece, por vezes as oportunidades acontecem, e nós distraídos não damos por elas. Mas nada acontece por acaso. Destruir a diversidade no ser humano é aniquilar a humanidade na sua maior grandeza.

sexta-feira, setembro 28


Rigor, coragem, honestidade são valores cada vez mais raros neste mundo. Hoje cultiva-se a arrogância, o individualismo e o materialismo.
Sempre soube que antes de ter direitos, tenho deveres. E isso fez de mim um homem.
Sempre respeitei e admirei aqueles que servem os outros, e desprezo pelos que se servem deles.
Aprendi com 3 mulheres maravilhosas, tudo o que de carácter norteou a minha vida, e o que tornou a minha vida especial foram os meus amigos, eles são o meu refúgio feliz.

Nunca vivi numa redoma, por isso sempre deixei as pessoas entrarem na minha vida. Em mim podem encontrar sempre a verdade. Defendo quem amo com unhas e dentes (e pontapés se for preciso).
Não compreendo, nem aceito (porque não as tenho) atitudes ou posições dúbias. Agora posso sempre mudar de opinião, se os argumentos forem suficientemente fortes para me convencer.
Tive grandes amigos na vida que hoje nem me telefonam, e não respondem aos meus telefonemas, é assim a vida. Para muitos os amigos só servem para os seus propósitos e intenções, são para as ocasiões, são dispensáveis.
Eu por mim não dispenso os meus.
Aos outros não lhes tenho ódio ou rancor, tenho pena deles, não por me considerar “especial de corrida”, mas por ver que eles não são aquilo que eu amei neles.

Eu adoro abraçar os meus amigos porque os quero ter só para mim, protege-los de todo o mal que lhes possa acontecer. Sei que não posso, mas tenho sempre tanto medo de os perder.
Os meus amigos são o meu porto de abrigo, o meu porto seguro, onde eu gosto de me atracar.

quarta-feira, setembro 26


No meu modesto entendimento, não há nada melhor do que recuar e observar.
Acho que tenho um filtro que me faz ver o que me convêm, e aquilo que devo rejeitar.
Faço isto não por batota, mas por defesa pessoal. Se há uma coisa interdita no meu coração, é a raiva, a maldade, o rancor. São coisas repugnantes para mim.
Não tenho ódios de estimação. Geralmente tenho pena das pessoas que me odeiam, e que me detestam, por eu ser quem sou e como sou. Não é insolência o facto de pensar assim, não me iludo, há gente mais bonita do que eu (a maioria), mais inteligente e mais bondosa.
Mas tantas vezes me sinto sozinho, e a solidão dói, dói muito, a mim faz-me chorar.

Vivi a minha infância e adolescência na dor e solidão, isso fez de mim um ser atento aos outros, frágil mas ao mesmo tempo com uma força que vem de quem sabe olhar a vida de frente, e que luta para se salvar.
Passei de uma noite chuvosa de trovoada, para um céu limpo e solarengo. Foi uma viagem difícil, mas fi-la pelo meu pé, e encontrei gente que me quis acompanhar.
Os meus amigos.

segunda-feira, setembro 24


Consigo conversar durante horas, adoro conversar, trocar ideias.
Mas também gosto de ouvir pois é ai que aprendo.
Nada melhor do que participar numa discussão de ideias. Abre a mente.

Já chorei muito, por causa das agressões e violência de minha mãe, por causa de discriminação a que me sujeitaram, por não me sentir bem na minha pele.
Não sei como os outros me vêem, mas aflige-me o sofrimento alheio, e quando expresso em lágrimas ainda me magoa mais.
Não perco o respeito, nem a admiração por quem chora, perco por aqueles que provocam as lágrimas nos outros.
Se não viro a cara ao sofrimento alheio, muito menos ao dos meus amigos, porque os amo, e o sofrimento deles é também o meu, e eu quero ser feliz.
Claro que corro sempre o risco de ser considerado intrusivo, um metediço que gosta de se meter na vida dos outros (já me rotularam assim). Mas é porque não me conhecem, se não entendem as minhas intenções eu estou sempre disponível para vos elucidar.
Se já tem uma ideia fixa sobre mim, então não vale a pena perder o meu tempo a explicar-vos.

No fundo sou um bom sujeito com algumas fraquezas.
Procuro que a minha vida seja o menos desconfortável possível, mas confesso que vivo sempre com um amargo de boca, por não poder ser mais, fazer mais.
O desrespeito é tanto, a má educação grande, a justiça tão vaga, que me irrita até á medula. Apesar desta minha maneira de ser, tolerante e assertiva, ferve dentro de mim uma revolta por este mundo não ser melhor, mais agradável de ser vivido.
Quantas vezes acho este mundo parecido ao inferno, e nessas alturas fico danado, revoltado, irado, espumo pela boca.
Às vezes parece que sou eu sozinho contra o mundo.

Tenho medo desta gente que ataca quando estamos distraídos…

sábado, setembro 22


Ingenuidade das simples criaturas que nós somos.
Muitas vezes olho em volta e só vejo o mesmo desânimo, a mesma apatia, a mesma tristeza.
Também a tenho, mas bolas, não deixo que ela me domine.
Tristes criaturas que se limitam a ter mentalidade de criados, e que muitas vezes o são. Servem os ricos e poderosos como se tivessem nascido com a sina de fazê-lo.
Esta mentalidade provinciana de muitos que se querem fazer passar por cosmopolitas, faz-me rir.

Eu devia trazer no peito um cartaz “ RESERVADO O DIREITO DE ADMISSÃO”, se calhar está-me mesmo gravado no peito.
Ainda ontem alguém me disse que tenho jeito para as palavras, puro engano dele. Se as minhas palavras, ditas ou escritas, fazem sentido é porque são ditas com sinceridade, do coração, são autênticas, porque são sentidas.
Também um amigo me disse ontem, “fostes o único que reparastes, que estavas atento”. Como posso não estar atento ás pessoas que amo?
Sim porque amo os meus amigos, com aquele amor que não tem factura, nem recibo, simples, honesto e incorruptível.
Também me doeu saber os defeitos de carácter de outro por quem tinha estima. Aquela confirmação de que há ali uma falha de carácter, doeu-me.

Não sou de atirar pedras aos outros, mas continuo a não compreender e muito menos aceitar a maldade do homem.
Respeito a opinião diferente da minha, sempre ganhei no diálogo, e sempre perdi no confronto. Mesmo quando os ganhei. O confronto nunca me trouxe nada de bom, o diálogo sempre. Nem sempre vencer me traz alegria.
As pessoas vão infligindo mágoa e dor aos outros, e algumas com prazer.
A paz é possível, tenha o homem sabedoria para isso.

Pois é, de vez em quando vem-me estas ingenuidades…

quinta-feira, setembro 20


Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. O que antes parecia mal, agora parece bem.
Não me venham com essa conversa de que depois de mortos todos foram bonzinhos. Anda para ai uma mania de branquear toda a maldade de um indivíduo depois de morto.
Isto de não dizer mal dos mortos, por respeito, é treta. Se eles vivos não respeitaram os outros merecem esta consideração depois de mortos?

Pequenas causas podem fazer grandes efeitos, assim como grandes actos podem não resultar em nada.
Estranho este mundo em que quem rouba um pão é ladrão, quem rouba o estado é absolvido de qualquer culpa.
Envergonho-me desta sociedade onde o roubo descarado é estimulado, consentido e desculpado.
Mas que mundo louco eu sou obrigado a viver…
Falamos demais no que temos, de do que fazemos. Alimentamos a nossa vaidade com o que possuímos, e falta o essencial, possuir um cérebro funcional e um carácter forte e recto.
São os bens que possuem e não o bem que podem fazer aos outros, são egocêntricos e acham que eles é que estão certos, os outros que se preocupam e agem contra as injustiças, são parvos.
Vivem o dia como se não tivesse havido o ontem e não houvesse o amanhã. Pensam-se imortais e imunes á desgraça, á doença, á pobreza, ao sofrimento.
Claro que quando caem querem a simpatia e a ajuda do outro, aliás exigem-nas, e armam-se em vítimas. Arranjando culpas em tudo menos neles próprios.

O que serei amanhã é uma ideia que me preocupa sempre. É o futuro que me interessa, o que já fiz, o que já vivi, está feito e vivido. Aprendi com tudo (ou quase tudo), mas avancei em frente. Só posso ter medo do que não conheço, e o incerto é o futuro, não o passado.

sábado, setembro 1


Demasiadas vezes esquecemos que os homens são feitos de carne e osso, e sofrem…
Mas para meu (talvez vosso) desconforto, tal acontece.

Isto tudo acontece numa cultura de mártires, em que o sofrimento é apreciado como forma de salvação, uma espécie de penitência e heroísmo. Mas eles gritam e nós não ouvimos?
E continuam a gritar, meus amigos. E não pensem que não chegará a vossa vez.
Nunca me senti maior parente o sofrimento dos outros, sempre me senti maior fazendo os outros felizes, O meu poder está na liberdade do meu pensamento, e no bem que possa fazer ao outro.
Sou atento, especialmente aos que amo, se por vezes não intervenho mais é porque respeito o espaço de liberdade do meu amigo. Se me conhecem bem sabem que estou disponível para eles.

Choca-me as pessoas que esquecem aqueles que lhes foram úteis. Essas criaturas são ignóbeis, reles. Tenho-os tido na minha vida, deixei-os ir, alguns com dor (minha claro), mas não merecem a minha atenção, muito menos a minha amizade. Até a bondade tem limites.
Sempre optei por estimar quem merece a minha estima, nunca dei afectos por dever, nem aos meus pais (que também nunca mos deram), nem ao meu irmão (que não os merecia). Não me move o dinheiro, nem o poder, não faço as coisas por obrigação, e os afectos, coisa tão íntima e pessoal, muito menos.

Aqueles que me fizeram sofrer apaguei-os da minha vida, foi o melhor que fiz. Não foi por bondade, foi para sobreviver, para manter a minha integridade.
Aprendi a não ter pena de mim (o que aconteceu demasiado tempo). As pessoas maravilhosas que me estimas e mimam são a prova de que afinal sou um tipo decente.
Nunca fui adepto da escuridão, apresento-me como sou, de maneira clara e franca, de cabeça levantada, não me calo, tenho ideias claras, falo do que penso saber, e pergunto o que não sei nem entendo, tento ser aquilo que digo.
Nem conseguiria ser de outra forma, não quero ser uma fraude, não quero…
Não sou obediente, nem ignorante, não gosto da dor, nem física, nem mental, tenho medo da morte, não por ser um fim, mas por me impedir de ser maior, de ser mais, de fazer mais.

Não me vejo como uma pessoa de carácter forte, mas não tenho medo de presságios, nem cedo ás desgraças, não acredito no destino mas na vontade.
Por isso sou atento aos outros, tento atrair para mim aqueles que me parecem de qualidade, tento mantê-los perto, porque sei que são uma mais valia na minha vida, um tesouro que quero possuir, de que não posso, nem quero, prescindir.
No homem interessa-me o coração e a cabeça, os sentimentos e a inteligência.
Já disse mais de mil vezes que para me conquistar baste serem bondosos e generosos (e um sorriso conquista-me).
Mantenho-me firme nesta convicção.

quarta-feira, agosto 29


Sempre fugi do ódio. Do meu e o dos outros.
O mundo é feito de tanta beleza que não tenho tempo para o ódio.
Nunca entendi porque me invejam ou odeiam. Nunca fui, e espero nunca vir a se, um ser maldoso, revoltado sim com a maldade alheia, nunca vingativo.
Sempre me aproximei dos outros de mão estendida porque foi assim que me ensinaram a ser. Se não entendem a minha bondade, só posso ter pena de vós.
Mas ser bondoso não é ser parvo (acho que não sou, embora não seja consensual).

Só sei que tenho de ser e agir. E tenho esperança de ser cada vez mais. Tive tudo para ser uma vítima de um melodrama piegas, mas resisti e segui outro caminho. De que adianta estar sempre a falar do mal que nos acontece, será ele que te define como pessoa?
Não quero ser confrontado, nem visto como uma vítima, mas como alguém que venceu o mal que lhe fizeram.
Quero que a ultima página da minha história seja a riqueza que são os meus amigos, a da coragem e do respeito de que seja merecedor.
Aprendi a ser corajoso, honrado e digno. Se puder ensinar aos outros esses valores, a minha vida terá valido a pena, e serei honrado na minha morte.

A vida está ai á nossa espera, do que faremos dela, a nós nos compete ajuizar. Ela vai tirar-nos a prova-dos-nove do que realmente valemos.
Saberemos nós estar á altura desse desafio?

domingo, agosto 26


Quem escreve acho que o faz por várias razões, mas a minha é para exorcizar as ideias que me passam pela cabeça, uma espécie de catarse, para que não me consuma.
Eu escrevo para comunicar, mas também para influenciar. Sim porque a palavra influencia. E a escrita também, e muito.

Quem escreve emite uma opinião, um ponto de vista, uma maneira de ver o mundo, e quer ser ouvido, lido, validado.
Quando escrevo tenho a cabeça cheia de ideias, palavras, e um papel em branco que é um deserto. A transferência dá-se pela minha mão, rápida e precisa.
Por vezes são histórias que tenho para contar, outras vezes mágoas, muitas vezes alegrias. Mas tudo honesto, tudo meu.
Quem as vai ler, não sei, Quando escrevo é o silêncio.
Não sou original, não invento nada, falo de coisas vividas, pensadas na minha cabeça, só sei que penso, muito. E se penso logo existo.

A minha história é de coragem e sacrifício, de coisas que me confundem, de descobertas, mas também de coisas que me maravilham.
Mas não escrevo de memórias alheias, tenho resistência suficiente e boas intenções. Já falhei muitas vezes e isso aborrece-me, mas nunca desisti, nem pretendo fazê-lo.
Mas não me vejo a seguir outro caminho, senão o que trilho, vou lendo, lendo e escrevendo, e vou-me admirando tanto com a maldade como com a bondade dos outros.

Quantos anos me faltam? Vinte? Trinta? Cinquenta? Mas vou ler e pensar, vou ir ao encontro dos outros, sempre de mãos abertas, vou reflectir, olhar, escrever.
No fim sou um anónimo, um anónimo português.
Não serei é indiferente. E tudo será como deve ser. 

quarta-feira, agosto 22


Ás vezes fico mesmo frustrado.
Ouvi durante o Euro o seleccionador português num discurso em que dividiu os portugueses entre os que apoiam a selecção e os que não, os que apoiavam era patriotas, os outros iam a correr comprar as bandeiras dos adversários de Portugal e torcer por eles, contra o nosso país.
Ou seja, eu que não ando com a febre do futebol sou antipatriota.
Mas que gente é esta que vê a vida a preto e branco? Entre amigos e inimigos? Entre o bem e o mal? Não vê as nuances, são limitados, e mal formados.
Rui Silva venceu a Volta à Suiça em Bicicleta, sendo o primeiro ciclista português a vencer uma volta no estrangeiro, e levou 10 segundos (DEZ) na TV.

Esta gente parola acha que todos devem ser como eles.
É verdade que a importância do futebol é o reflexo do povo que temos, e que a televisão dá aquilo que o povo quer ver, que a guerra das audiências pede, e o pilim a entrar dá jeito. Mas vale tudo?
Esta gente tem ódio, rancor e desprezo a quem não partilha a visão deles.
O povo gosta da ilusão de que se formos bons no futebol, e até somos, somos uma nação respeitada, e melhor do que as outras. Vê-se o respeitinho com que a Troika nos trata, mais a Merkel. E nós somos os pessimistas, os intelectuais, como se tivéssemos uma doença grave e contagiosa.
Mas o que mais me faz rir, é a velocidade em que sobem e caem, conforme os resultados.

O desporto deve ser um factor de união entre os povos, honesto e justo, disputa entre equipas, atletas. No futebol só vejo violência, corrupção, ofensas gratuitas e cânticos racistas.
Para quem faz desporto, como eu fiz durante grande parte da minha vida (remo e agora rugby), faz-me confusão a violência, a desonestidade no desporto, não exclusiva do futebol.
Agora chamam-me traidor á pátria, por não achar que os piquenos do futebol são deuses a quem devo adorar.

Os meus heróis são aqueles que são honestos, no desporto, como na vida, os que arriscam a vida pelos outros e pela liberdade e dignidade do ser humano.
Não vejo nada disso em Ronaldos e companhia…

segunda-feira, agosto 20


Há criaturas que são como as gaivotas, avaliam tudo em duas categorias: o que se pode comer, e o que não se pode.
Vejo-as muito na noite:
E depois tem pouca memória…

Algumas que me colocavam na categoria dos “não comestíveis”, andam agora num frenesim para “papar-me”. Mas eu sou como cabra velha, para me amaciarem a carne tem de ter trabalho, e bom tempero para ficar suculento e comestível.
Eu até gosto de festas, pelo corpo todo, mas não daqueles que me olhavam com ar de nojo e pensar “que faz este tipo aqui”.
Pensam eles por ter mudado fisicamente, sou uma pessoa diferente. Apenas um pouco, o essencial continua cá, apenas com um melhor pacote.

Já disse que não avalio as pessoas pelo seu aspecto físico, e até evito muitas vezes os “corpinhos danone”, raros são os que me trouxeram algo de bom. Nem nunca passei fominha, mesmo com 123 quilos.
Se cuidei de mim fisicamente foi para não ficar triste a olhar para o meu espelho, para não ver os meus olhos tristes, que de tristeza já tenho os olhos mais do que cheios.
Claro que nem tudo me serve, também sou selectivo, para mim não há belo sem sabão, mas não ando atrás da beleza física ou da juventude, interessa-me mais o que está na cabeça do que os centímetros do dito cujo.
Há mesmo pessoas que dão mesmo péssimas digestões. Mas afinal nada é simples…

quinta-feira, agosto 16


Irritam-me as pessoas autoritárias.
A mim á força não me ensinam nada, recuso. O meu cérebro bloqueia, nada fica lá.
Quem o faz despreza o outro, os seus sentimentos, a sua integridade, a sua dignidade.
Por isso o serviço militar me foi penoso, qual tortura que aguentei estoicamente, e á qual sobrevivi. Não me ensinou nada de bom, pois os valores que, supostamente, deveriam dar já os tinha.
Confesso que sou admirador das pessoas bondosas, dou mais valor ás suas conquistas do que ás dos arrogantes. Não saboreio as minhas ultrajando os outros.

Não sou saudosista, nem vivo preso ao meu passado. Agora abro as minhas mãos para o futuro, é para ele que olho e caminho. Se vai ser longo ou curto, bom ou mau, não sei, mas tem de ser vivido, aproveitado ao máximo, e tenho confiança de que vai valer a pena viver, mesmo com os momentos maus que virão.
Não encaro o futuro sem uma ponta de medo, de ansiedade, de responsabilidade minha, e com um grande sentimento de humildade, pois sou tão pequenino neste mundo tão grande, e tão insignificante!