quarta-feira, agosto 29


Sempre fugi do ódio. Do meu e o dos outros.
O mundo é feito de tanta beleza que não tenho tempo para o ódio.
Nunca entendi porque me invejam ou odeiam. Nunca fui, e espero nunca vir a se, um ser maldoso, revoltado sim com a maldade alheia, nunca vingativo.
Sempre me aproximei dos outros de mão estendida porque foi assim que me ensinaram a ser. Se não entendem a minha bondade, só posso ter pena de vós.
Mas ser bondoso não é ser parvo (acho que não sou, embora não seja consensual).

Só sei que tenho de ser e agir. E tenho esperança de ser cada vez mais. Tive tudo para ser uma vítima de um melodrama piegas, mas resisti e segui outro caminho. De que adianta estar sempre a falar do mal que nos acontece, será ele que te define como pessoa?
Não quero ser confrontado, nem visto como uma vítima, mas como alguém que venceu o mal que lhe fizeram.
Quero que a ultima página da minha história seja a riqueza que são os meus amigos, a da coragem e do respeito de que seja merecedor.
Aprendi a ser corajoso, honrado e digno. Se puder ensinar aos outros esses valores, a minha vida terá valido a pena, e serei honrado na minha morte.

A vida está ai á nossa espera, do que faremos dela, a nós nos compete ajuizar. Ela vai tirar-nos a prova-dos-nove do que realmente valemos.
Saberemos nós estar á altura desse desafio?

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