Escrever nunca foi uma coisa que planiei e tudo começou por
acaso.
Não sei se é para a vida, não sou muito disciplinado, embora
não tenham essa ideia de mim, nem sei se tenho vida para tal.
Mas tenho escrito, em papel, que depois passa para
computador, em texto revisto e corrigido.
Comecei a escrever por razões de desalento, para exorcizar
toda a mágoa que tinha recalcada em mim, e libertar-me para o amor, em mim
próprio e aos outros.
Reviver as coisas más não é fácil, mas foi necessário, foi
uma libertação. Sei que expus a minha intimidade, mas foi propositado, não me
assustou, nem assusta, serviu para o meu propósito.
Sou forte o suficiente para não ter medo, ou me sentir
desconfortável com o que os outros possam pensar de mim. As pessoas que me amam
sabem do material de que sou feito, eles não me julgam, ajudam-me a ser melhor.
Se queria, se quero, avançar, não poderia deixar de recorrer
a algo que me ajudou a ser uma pessoa mais livre e confiante.
Só posso agradecer a todos os que generosamente me aturaram,
me ajudaram a ser melhor, me ensinaram a bondade e a generosidade, me amaram.
Sem a sua generosidade não teria sido possível ter-me tornado na pessoa que sou
hoje, e acho que não me sai lá muito mal, apesar de tudo o que passei.
Não quero abrandar, quero aproveitar as oportunidades que a
vida me vai dar, ver os meus amigos a serem felizes, e ser feliz com eles.
Uma das vantagens de se ser honesto nas relações humanas e
nos afectos, é ter-se amigos verdadeiros, e que nos amam por aquilo que somos,
sem filtros, sem medos.
E a amizade activa exige dedicação.
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