terça-feira, outubro 9


Tive azar.
Nem o desejo ao meu maior inimigo, seja ele quem for.
Não, não sou um sonhador, sou um ser bem prático.
Não tenho luxos, nem preciso deles. Já é um luxo ter cérebro.
Sou tão sozinho como tantos o são, talvez demasiados.
Não conheço tempo em que seja tão fácil comunicar, e onde tanta gente se sinta sozinha.
E hoje a solidão resolve-se na Internet, cura-se com sexo de ocasião.
Se a vida não fosse a arte do absurdo, e não houvesse tanta hipocrisia, eu não me sentiria tantas vezes tentado a usar métodos menos ortodoxos para resolver certas questões. Mas fico na maioria das vezes pelo sarcasmo.
A humanidade está gasta e doente.

Sinto uma certa frustração por ver em muita gente nova uma sexualidade engelhada, esta gente dá-me hipertensão, que hipertesão não me dão de certeza, são um tédio,
Começam por não usar a cabecinha, muita vezes nenhuma delas, ou são tomados pela inércia ou então armam-se em puritanos, donzelas ofendidas, puras e castas de mente, e mal-fodidas. E depois ainda se dão ao luxo de fazer juízos de valor sexual sobre tudo e todos, como se eles fossem isentos de fantasias. Se calhar são mais dados á depravassão…
E depois são todos tão higiénicos….

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