segunda-feira, abril 23
Sempre vivi um pouco sozinho.
A minha condição de homossexual não permitiu grande aceitação entre a minha família, os meus colegas de escola ou de trabalho.
Aos 10 anos já me sentia diferente dos outros. Embora não gostasse de desportos violentos (o que eu mudei...), não queria brincar com bonecas.
A visão do meu professor de ginástica a tomar banho na escola deixava-me fascinado, e ai percebi que não era igual aos outros meninos.
Por isso isolei-me, no meu mundo, cada vez mais só meu, numa tentativa de me proteger. Preferia estar sozinho comigo mesmo, que estar a ser magoado pelos outros.
Acho que foi isso que me tornou atento ao mundo a meu redor. Quando não entendo uma pessoa, um acto, um comportamento, distancio-me e observo, tento entender.
Quem me conhece sabe que sou um ser social, adoro a companhia dos outros e a troca de ideias, mas cheguei aqui devido a um percurso muito solitário e de grandes batalhas comigo mesmo, que me fez vencer barreiras, até me sentir confortável comigo mesmo e com o contacto com os outros. Por isso assumo a minha orientação sexual em pleno, e faço questão que saibam desde cedo que sou gay. Sem medos, receios, constrangimentos.
Tenho orgulho na pessoa em que me tornei: honesto, bondoso, solidário, sincero, humilde. Não sou perfeito, ainda tenho muito para aprender, mas sou o melhor que sei ser.
Já perdi muitas esperanças acerca da humanidade, mas continuo a acreditar no amor, sob todas as formas, como forma de redenção e salvação do homem.
Eu faço a minha parte. Já sai da redoma.
domingo, abril 22
Como eu amo o Porto.
Sou Alfacinha, nascido e criado, mas desde que vi a cidade do Porto com os meus olhos, pela primeira vez, fiquei apaixonado por ela e pela sua gente frontal e hospitaleira.
Adoro deambular pelas ruas do centro, para na Ribeira e olhar o rio e Gaia, sentir a atmosfera, o charme da cidade património mundial. E como se come bem no Porto.
Depois de 10 anos de ausência voltei ao Porto em Setembro do ano passado. Foi como um miúdo maravilhado com um brinquedo desejado que regressei á Ribeira, á Sé, á Alfândega, aos Clérigos, á livraria Lello & Irmão, que comi uma francesinha, e um bacalhau acompanhado com um delicioso vinho verde de Marco de Canaveses, e uma bôla.
2 meses depois lá estava novamente com os Dark Horses para jogar a segunda mão da Nuria Cup.
Novamente estive no Café Lusitano, onde dancei mais uma vez até á exaustão, com os meus companheiros de rugby.
Rui Reininho disse uma vez que "Lisboa é uma mulher bonita e o Porto um gajo porreiro". Concordo plenamente.
São duas cidades bem distintas, com carácter próprio e ambas belas e interessantes. Embora adore a minha Lisboa natal, continuo a sentir-me em casa no Porto, e a sentir-me em família com a sua gente, que sempre me respeitou, mesmo sendo "mouro".
E o bom filho á cada torna...
Não sei o meu futuro, mas quero voltar a casa o mais breve possível, pois tenho sempre saudades de voltar ao Porto
Sou Alfacinha, nascido e criado, mas desde que vi a cidade do Porto com os meus olhos, pela primeira vez, fiquei apaixonado por ela e pela sua gente frontal e hospitaleira.
Adoro deambular pelas ruas do centro, para na Ribeira e olhar o rio e Gaia, sentir a atmosfera, o charme da cidade património mundial. E como se come bem no Porto.
Depois de 10 anos de ausência voltei ao Porto em Setembro do ano passado. Foi como um miúdo maravilhado com um brinquedo desejado que regressei á Ribeira, á Sé, á Alfândega, aos Clérigos, á livraria Lello & Irmão, que comi uma francesinha, e um bacalhau acompanhado com um delicioso vinho verde de Marco de Canaveses, e uma bôla.
2 meses depois lá estava novamente com os Dark Horses para jogar a segunda mão da Nuria Cup.
Novamente estive no Café Lusitano, onde dancei mais uma vez até á exaustão, com os meus companheiros de rugby.
Rui Reininho disse uma vez que "Lisboa é uma mulher bonita e o Porto um gajo porreiro". Concordo plenamente.
São duas cidades bem distintas, com carácter próprio e ambas belas e interessantes. Embora adore a minha Lisboa natal, continuo a sentir-me em casa no Porto, e a sentir-me em família com a sua gente, que sempre me respeitou, mesmo sendo "mouro".
E o bom filho á cada torna...
Não sei o meu futuro, mas quero voltar a casa o mais breve possível, pois tenho sempre saudades de voltar ao Porto
domingo, abril 15
Já não se sabe sorrir em Portugal.
Anda nos rostos e nos gestos o sofrimento da fome e do ultraje, com que este governo, e esta Europa, nos castiga.
Estamos numa curva descendente de humanismo, de humilhação e, humilhação, tirando-nos a dignidade dia-a-dia, até não restar nada de homem em nós.
Não podemos baixar os braços, ser silenciosos, ser coniventes.
É a nossa carne que vai para o canhão, é a carne dos vossos filhos, dos vossos netos. É o futuro deles que estão a hipotecar, para manter os grandes gordos.
A nossa vida, é nossa. Pertence-nos, não a eles. Temos de a reclamar como nossa.
Portugal está a ser transformado num enorme campo de concentração. Eles já começaram a bater-nos, eles estão a aproveitar-se da nossa bonomia e desunião.
Temos 9 séculos de história como povo, somos uma raça de resistentes.
Antes morrer como um homem do que como um escravo submetido.
Anda nos rostos e nos gestos o sofrimento da fome e do ultraje, com que este governo, e esta Europa, nos castiga.
Estamos numa curva descendente de humanismo, de humilhação e, humilhação, tirando-nos a dignidade dia-a-dia, até não restar nada de homem em nós.
Não podemos baixar os braços, ser silenciosos, ser coniventes.
É a nossa carne que vai para o canhão, é a carne dos vossos filhos, dos vossos netos. É o futuro deles que estão a hipotecar, para manter os grandes gordos.
A nossa vida, é nossa. Pertence-nos, não a eles. Temos de a reclamar como nossa.
Portugal está a ser transformado num enorme campo de concentração. Eles já começaram a bater-nos, eles estão a aproveitar-se da nossa bonomia e desunião.
Temos 9 séculos de história como povo, somos uma raça de resistentes.
Antes morrer como um homem do que como um escravo submetido.
sábado, abril 7
Eu combato a minha superficialidade, a minha mesquinhez, para tentar chegar aos outros sem esperanças utópicas, sem cargas de preconceitos ou de expectativas ou de arrogância, o mais desarmado possível, sem armas, sem armaduras, aproximo-me dos outros de peito aberto, de pé, em vez de estraçalhar tudo com a minha superioridade, aceito os outros de mente aberta, como iguais, de homem para homem, para não perceber tudo ao contrário.
Mais vale ter um cérebro do que um punho fechado. Não quero estar mal preparado para conseguir ver as acções e os objectivos secretos de cada um.
Não quero fechar-me e manter-me enclausurado como fazem muitos, num permanente medo de que os outros vejam as suas fraquezas e nos julguem menores. Quero estar sempre o mais próximo possível da realidade e das pessoas reais, não quero estragar as minhas relações com os outros com a minha ignorância.
O facto de eu não compreender todas as pessoas não tem nada a ver com a minha inteligência. O não as compreender tem a ver com a sua humanidade, no meu caso com a sua falta. É assim que eu vivo. Talvez o melhor fosse não ligar ao facto de me enganar ou não sobre as pessoas e deixar andar. Se conseguirem fazer isso digo-vos, vocês são mais inteligentes do que eu.
O erro não está em crer que existem boas pessoas, mas sim ignorar que elas existem, e não ir á procura delas, e pensar que não temos direito aos seus afectos, em nome da nossa própria natureza.
E é evidente que essa é que é a tragédia, as pessoas que não gozam desses afectos.
sexta-feira, abril 6
Encaro sempre as tarefas a que me dedico e que me são confiadas com dedicação.
Sou daquela raça que luta, e nada pretende para si próprio, apenas servir os outros, e sentir a alegria de o fazer.
Só quem conhece o meu passado sabe porque sou assim. Não esqueço o que passei, mas quero pensar no futuro, é nele que mais penso, e invisto.
Amo a liberdade, e é só por ela que me disponho a lutar, para um futuro melhor para mim e para aqueles que amo. E é por isso que estou disponho ao sacrifício.
Tenho medo, seria muito estúpido se não o tivesse, mas reajo a quem me afronta, a quem me tenta magoar, sou aguerrido sem ser heróico (nunca me senti bem em cima dum pedestal), sou eloquente nas palavras e não gosto de sombras sinistras.
Sou daquela raça que luta, e nada pretende para si próprio, apenas servir os outros, e sentir a alegria de o fazer.
Só quem conhece o meu passado sabe porque sou assim. Não esqueço o que passei, mas quero pensar no futuro, é nele que mais penso, e invisto.
Amo a liberdade, e é só por ela que me disponho a lutar, para um futuro melhor para mim e para aqueles que amo. E é por isso que estou disponho ao sacrifício.
Tenho medo, seria muito estúpido se não o tivesse, mas reajo a quem me afronta, a quem me tenta magoar, sou aguerrido sem ser heróico (nunca me senti bem em cima dum pedestal), sou eloquente nas palavras e não gosto de sombras sinistras.
domingo, abril 1
Este orgulho de ser português, feito de arrogância e de
bondade, bravura e sacrifício, bonomia e nobreza.
Não me sai da alma, este orgulho de ser português.
Mas há alguns portugueses de que não me orgulho nada.
Não puder ajudar a resolver os males do mundo, ajudar todas
as pessoas, não é desculpa para não agirmos em defesa dos outros.
Esta ideia de que somos todos prestáveis só aos poderosos, é
aberrante.
Primeiro temos de nos ajudar a nós próprios, muitas vezes
esperar que venha o salvador não ajuda, o síndrome do sebastianismo não leva a
nada, ninguém pode salvar ninguém se essa pessoa não estiver disposta a ser
salva, ou se espera que os outros façam tudo por ela.
Ajudar os outros não é levá-los ao colo, e dar-lhes a hipótese
de resolverem as coisas por eles, dar-lhes a hipótese de escolha, a
oportunidade de pensarem. Eu sei que pensar é muito violento para muita gente…
Devemos ajudar o semelhante a levar a carga, mas não carregarmos a carga por
ele.
E quem não quer ser aconselhado não precisa de ajuda.
Se és poupado ao sofrimento, deves ajudar a atenuar o
sofrimento dos outros, mas quem precisa de ajuda constante e recorre sempre a
ti (e muitas vezes só) quando precisa, não é digno da tua ajuda, e não é teu
amigo. Deixa-o. Só te vais consumir.
domingo, março 25
Na minha vida tenho sempre adoptado uma atitude de estar
sempre disponível para aceitar quem vem, com um espírito aberto e sempre
procurar nos outros o que de bom eles têm para me dar.
E tenho sempre, e digo SEMPRE, sido recompensado por isso.
Ontem, mais uma vez, aqueles que me amam fizeram-me sentir a
pessoa mais especial do mundo, não que me tivessem feito nada de especial (eu
acho que foi, pois só de seres especiais eu recebo atitudes a condizer), mas
porque tive alguém, também ele ser de excepção, a meu lado e que me disse isso
por varias vezes durante a noite.
E eu senti que realmente sou um gajo sortudo por ter assim
amigos de tanta qualidade, seres que engrandecem a minha vida, que fazem de mim
este ser, que não sendo perfeito, é o melhor que as suas forças o permitem, e
que tem a esperança e a fé de ser sempre maior, porque quer estar á altura dos
seus amigos, que são seres maiores.
Entristeceu-me não ter as pessoas na primeira brigada em que
ia coordenar, além da atitude menor de uma certa “diva” que alegou não estar em
“condições” para tal, embora tivesse em condições para ir ao centro… Deve ser
do fel que exala, e que se está a entranhar no seu organismo, deve causar um
mal-estar, concordo…
Não tenho tempo para gente inferior.
Tive a meu lado a pessoa certa, aquela que me fazia falta, e
que esteve altura da tarefa. Divertimo-nos a fazer aquilo que é suposto e
correcto fazer-mos, fomos cúmplices, tirámos prazer do que fizemos, e não
imaginaria noite melhor do que na companhia do João Carlos, sua energia e
simpatia foi uma mais valia, e a receita certa para o sucesso que foi a nossa
Brigada do Preservativo. Fomos só 2, mas estivemos á altura, fomos os
necessários.
Obrigado João, fostes quem eu precisava. Obrigado também
pelas palavras bondosas, pela cumplicidade, pela tua beleza como ser humano, e
principalmente por me transmitires o carinho com que os outros me tratam e me
vêem. Ouvido pelos outros sabe melhor. Aqueles que me tratam com carinho e
respeito, só tenho que agradecer, e prometer que vou continuar a fazer o meu
esforço para ser merecedor de tal. São vocês que me fazem ser uma pessoa
melhor.
quinta-feira, março 22
Embora ache que o recurso á greve se banalizou, e que muitos
possam achar que "não vale a pena", acho que o país, os portugueses,
aqueles que estão a pagar a crise provocado pelos donos do dinheiro, com a sua
fome, falharam neste que devia ter sido o dia em que o governo de direita
católica, deveria ter tremido.
Os Tugas acham que não vale a pena agitar as águas, metem o
rabinho entre as pernas, numa atitude entre o medo e a cobardia, e permitem e
dão sinal verde ao governo para lhes dificultar mais a vida, num crescendo de
pobreza que só vai ter fim quando os pobres não tiverem mais nada para comer,
senão os próprios ricos.
As agressões a jornalistas perpetradas pela polícia, e a
manifestantes, fez-nos voltar ao antigo regime, em que se punia e mantinha o
povinho na ordem pela força. Só nos falta proibir as manifestações e criar uma
nova PIDE, se não estará já criada e disfarçada com um nome pomposo de Brigada
Anti-Crime ou outro nome semelhante.
Infelizmente a polícia só serve para proteger os ricos e
poderosos, a justiça só defende e iliba os ricos e poderosos, e só o povo paga
a crise, só ele é ladrão, só ele deve ser explorado.
Num país onde há fome e não há justiça e igualdade, não há
liberdade. 38 Anos depois da Revolução dos Cravos, não esperava ver isto.
Sinto-me revoltado e descontente com este povo que já foi tão grande e se
tornou tão pequeno.
Realmente somos descendentes não dos que partiram nas
caravelas, mas dos que cá ficaram…
Os nossos grandes devem a esta hora estar a revolverem-se
nos túmulos e envergonhados por aquilo em que tornámos Portugal.
A qualidade dos governantes nunca foi tão medíocre, bem como
destes “empresários” que nem sequer tem estudos e qualidades para tal.
Prescinde-se dos empregados, mas nunca dos carros topos de gama, qual objecto
fálico em que se revêem, tal e qual criancinhas infantis com brinquedos de
adultos.
E enquanto houver lambe-botas á espera de uma oportunidade
de saltarem para a mó de cima, isto só vai piorar…
Deixem-se estar quietinhos que eles ainda vos hão-de defecar
em cima, e vocês ainda vão dar graças a Deus por serem assim tão “bem tratados”.
domingo, março 18
Eu sou água.
Até o meu signo é de água.
Sou água porque sou moldável, adaptando-me ás situações e ás pessoas, faço isso naturalmente e por instinto, porque penso sempre no que faria se estivesse no lugar do outro, ou o que gostaria que me fizessem.
Mas não sou manipulável, só me manipula quem é mais inteligente do que eu, e mesmo assim...
E a água só corre se tiver outra tanta a empurrá-la, ou seja sou motivado pelos outros, não faço, nem gosto de fazer as coisas sozinho (ok, há excepções, com esta de escrever), mas sinto-me como peixe na água na companhia dos outros.
E não pensem que o facto de algumas vezes parecer isolado que sou introvertido, desatento ou tímido (já para não falar dos que me acham convencido), que não "estou lá", enganam-se, é quando uso todos os meus sentidos para entender os outros e o mundo que me rodeia. Ai estou mais do que presente e observador. E é ai que olho e vejo os outros e as suas virtudes e defeitos, quando eles não dão por mim, e me pensam distraído ou alheado, eu vejo eles traírem-se nos pequenos gestos e nos olhares. Sejam eles de bondade ou de maldade.
E os olhos não mentem...
Até o meu signo é de água.
Sou água porque sou moldável, adaptando-me ás situações e ás pessoas, faço isso naturalmente e por instinto, porque penso sempre no que faria se estivesse no lugar do outro, ou o que gostaria que me fizessem.
Mas não sou manipulável, só me manipula quem é mais inteligente do que eu, e mesmo assim...
E a água só corre se tiver outra tanta a empurrá-la, ou seja sou motivado pelos outros, não faço, nem gosto de fazer as coisas sozinho (ok, há excepções, com esta de escrever), mas sinto-me como peixe na água na companhia dos outros.
E não pensem que o facto de algumas vezes parecer isolado que sou introvertido, desatento ou tímido (já para não falar dos que me acham convencido), que não "estou lá", enganam-se, é quando uso todos os meus sentidos para entender os outros e o mundo que me rodeia. Ai estou mais do que presente e observador. E é ai que olho e vejo os outros e as suas virtudes e defeitos, quando eles não dão por mim, e me pensam distraído ou alheado, eu vejo eles traírem-se nos pequenos gestos e nos olhares. Sejam eles de bondade ou de maldade.
E os olhos não mentem...
sábado, março 17
Se anda a igreja católica há séculos a pregar que a verdade é que nos vai salvar, porque razão estes políticos de direita católica mentem com quantos dentes tem?
E ainda se gabam disso...
Tenho sempre os braços abertos para receber os meus amigos.
Mas estes braços tem sempre uma tentação enorme em não se abrirem após os abraçar, para não os deixar fugir.
Ninguem se pode gabar de ser inocente.
É sempre útil saber como nos vêem os outros, especialmente se não são nossos amigos.
Não é que os nossos amigos não nos vejam como somos, se calhar são os que nos vêem melhor, mas vêem-nos com a bondade que só se encontra nas pessoas que se amam mutuamente.
A minha satisfação em estar vivo, luta todos os dias com a mesquinhez alheia. O desrespeito pelo outro, pela vida, faz-me perder o respeito por algumas criaturas que se vão mantendo por cá, sem qualquer objectivo válido nesta vida, a não ser olharem ao espelho e acharem-se o máximo da perfeição.
Porque temem tanto a verdade?
E ainda se gabam disso...
Tenho sempre os braços abertos para receber os meus amigos.
Mas estes braços tem sempre uma tentação enorme em não se abrirem após os abraçar, para não os deixar fugir.
Ninguem se pode gabar de ser inocente.
É sempre útil saber como nos vêem os outros, especialmente se não são nossos amigos.
Não é que os nossos amigos não nos vejam como somos, se calhar são os que nos vêem melhor, mas vêem-nos com a bondade que só se encontra nas pessoas que se amam mutuamente.
A minha satisfação em estar vivo, luta todos os dias com a mesquinhez alheia. O desrespeito pelo outro, pela vida, faz-me perder o respeito por algumas criaturas que se vão mantendo por cá, sem qualquer objectivo válido nesta vida, a não ser olharem ao espelho e acharem-se o máximo da perfeição.
Porque temem tanto a verdade?
quarta-feira, março 14
Eu tenho as costas largas.
Verdade, tenho mesmo fisicamente as costas largas.
Por isso podem bater-me á vontade, destilarem o vosso veneno, denegrirem-me a imagem, dar azo á vossa inveja e mesquinhez.
Tenho a admiração e carinho daqueles que são de qualidade. os meus amigos, muitos é certo, porque se eu tenho as costas largas, posso levar muitos ás cavalitas, mas igualmente bons.
E depois tenho pena de vós, que grandes ulceras vocês devem ter por produzir tanto fel pela boca, e pior pelos neurónios.
Se é que algum de vocês irá sobreviver á putrefacção que é esse vosso cérebro...
domingo, março 11
Creio que sei algumas coisas, mas o importante para mim não é isso, é o que ainda quero e preciso saber.
Choro
Choro por mim e pelos outros, pela humanidade.
Choro pelo sofrimento meu e pelo alheio.
Choro pela barbárie, como pela bondade.
Choro pela tristeza e saudade, como de alegria.
Choro pelas palavras, ou pelas imagens.
Choro de desespero ou de raiva.
Choro a morte e a vida.
Choro por tudo e por nada.
E no dia em que deixar de chorar, morri.
Choro
Choro por mim e pelos outros, pela humanidade.
Choro pelo sofrimento meu e pelo alheio.
Choro pela barbárie, como pela bondade.
Choro pela tristeza e saudade, como de alegria.
Choro pelas palavras, ou pelas imagens.
Choro de desespero ou de raiva.
Choro a morte e a vida.
Choro por tudo e por nada.
E no dia em que deixar de chorar, morri.
sábado, março 10
Se há uma coisa que me irrita são os homossexuais fanáticos.
Aliás todos os fanatismos me provocam urticaria.
E depois quem diz que eu por ser homossexual, tenho que querer que todos os sejam? Ou que tenho que ser efeminado, ou desejo de ser mulher?
Eu adoro mulheres, mas não me sinto nada feminino, nem nunca senti desejo de me vestir de uma, nem no Carnaval (são tão ridículo aquelas criaturas a que chama de matrafonas...).
E depois quem diz que tenho de ter "tiques" e "vozinha fina", e não gostar de desporto fisicos.
Independentemente de "levar ou dar", não tenho de andar a menear-me...
Sou gay, mas sou antes de mais um homem. Que eu saiba, e a avaliar pela ultima vez que vi (deixa ver.... sim estão cá), tenho um par de testículos no sitio.
E nem toda a braguilha me serve, não ando para ai aluado por um sexo masculino ou por um rabo com pêlos (estes pensamentos deixam desnorteado LOL).
Agora virem dizer-me que eu sou masculino porque quero que a "sociedade" (como se eu por ser diferente não fizesse para dela...), a dita sociedade heterossexual, e alguma sociedade "bichense" me aceite, vai de metro Satanás.
Eu sou homossexual assumido, já paguei muitas vezes o preço pela "afronta", a começar pela repulsa com que a minha família me viu depois de eu assumir aos 18 anos. Não devo nada a ninguém, a não ser o carinho e respeito aqueles que amo e admiro. Não tenho que me desculpar pela minha postura.
SOU HOMEM, SOU GAY, levo e dou onde e com quem eu quiser.
Não tenho de ser rotulado e não aturo pessoas padronizadas.
Sejam homens, que eu sou muito mais homem que muitos heteros, ou mulheres se quiserem ser, eu respeito, mas não me digam como me hei-de comportar.
Eu sinto-me bem na minha pele, se vocês não se sentem bem na vossa, tenho pena, lutem por se aceitarem a vocês próprios e tenham orgulho em vós, vão ver que os outros acabam por vos aceitar, se não o fizerem são eles os errados na equação...
domingo, março 4
Eu gosto é das pessoas que pensam. E pensar não é utilizar as ideias e frases dos outros, é saber usá-las e reconverte-las como nossas, e ter as nossas próprias palavras e opiniões.
Não é preciso concordar com tudo o que uma pessoa diga ou faça, é preciso é que se tenha opiniões, que elas se discutam, que se troquem, e se aprenda com essa troca.
E ter a noção de que não somos detentores da verdade e da sabedoria, e ter a humildade de mudar de opinião, se a do outro for válida e nos fizer mais sentido.
E felizmente ainda há gente que pensa, alguns tem a bondade se serem meus amigos.
Não é preciso concordar com tudo o que uma pessoa diga ou faça, é preciso é que se tenha opiniões, que elas se discutam, que se troquem, e se aprenda com essa troca.
E ter a noção de que não somos detentores da verdade e da sabedoria, e ter a humildade de mudar de opinião, se a do outro for válida e nos fizer mais sentido.
E felizmente ainda há gente que pensa, alguns tem a bondade se serem meus amigos.
sábado, março 3
A entrada em Lisboa pela ponte 25 de Abril, é uma das mais belas vistas do mundo, e aquela que me alegra mais os olhos.
Por mim acho que todos os turistas que visitam Lisboa pela primeira vez, deviam chegar sempre pela ponte, pois quem vê a cidade a partir de Almada, nunca mais esquece esta vista deslumbrante.
E eu que tenho o privilégio de atravessar todos os dias a ponte, e ver esta vista. Não fosse os incómodos de viver na "outra margem", seria o paraíso.
Por mim acho que todos os turistas que visitam Lisboa pela primeira vez, deviam chegar sempre pela ponte, pois quem vê a cidade a partir de Almada, nunca mais esquece esta vista deslumbrante.
E eu que tenho o privilégio de atravessar todos os dias a ponte, e ver esta vista. Não fosse os incómodos de viver na "outra margem", seria o paraíso.
sexta-feira, fevereiro 24
O maior inimigo do povo é o estado, não a nação.
Se criticas o governo és considerado um anarquista, anti-patriota, e cometes o crime de atentar contra a unidade da nação.
Gente pobre de espírito esta, que castra o livre pensamento, e a livre critica. Foi para isto que os militares saíram na noite de 24 para 25 de Abril de 1974?
Já agora que andam numa de acabar com feriados, acabem com este, já que estamos a regredir nas conquistas que forma conseguidas com a Revolução dos Cravos.
Depois chamem-me comunista...
quinta-feira, fevereiro 23
Este meu carácter de ser generoso sem alarde, e ser bom sem ostentação.
Sou daquela espécie duvidosa que dá de si sem lhe pedirem.
No entanto para muitos eu sou uma alma perdida, um gajo sem interesse, ou convencido, ou mesmo estúpido, tenho a mania. Nem se dão ao trabalho de me conhecerem e já se sentem capazes de me julgar...
Sim tenho uma mania, a de ajudar quem precisa de mim, e não andar com falsos moralismos, e a pregar a quem não precisa de sermões.
Muitos dizem-me para adorar Deus, mas se isso para eles lhes basta, que lhes faça bom proveito. Eu por mim prefiro chegar-me aos homens, (sim também nesse aspecto, seus depravados). Se Deus me julgar quando eu morrer, pode ser que seja pelos meus actos que me condene, e se for pecado fazer o bem ao homem e não adorar o Deus, então eu sou um grande pecador, e mereço então o inferno, (que deve ser tipo uma suana gay, quente, húmida, e cheia de gajos maus). LOL
Sou daquela espécie duvidosa que dá de si sem lhe pedirem.
No entanto para muitos eu sou uma alma perdida, um gajo sem interesse, ou convencido, ou mesmo estúpido, tenho a mania. Nem se dão ao trabalho de me conhecerem e já se sentem capazes de me julgar...
Sim tenho uma mania, a de ajudar quem precisa de mim, e não andar com falsos moralismos, e a pregar a quem não precisa de sermões.
Muitos dizem-me para adorar Deus, mas se isso para eles lhes basta, que lhes faça bom proveito. Eu por mim prefiro chegar-me aos homens, (sim também nesse aspecto, seus depravados). Se Deus me julgar quando eu morrer, pode ser que seja pelos meus actos que me condene, e se for pecado fazer o bem ao homem e não adorar o Deus, então eu sou um grande pecador, e mereço então o inferno, (que deve ser tipo uma suana gay, quente, húmida, e cheia de gajos maus). LOL
quarta-feira, fevereiro 22
Eu adoro cozinhar e sou louco por um bom prato, por isso fiz uma lista de pratos e produtos que adoro e vou falar deles, bem como dar as receitas:
Este é um dos pratos que gosto muito e que tem muitas variantes. dá para fazer de varias maneiras com diferentes tipos de bifes.
Lembro-me da primeira vez que comi cogumelos, detestei. Hoje natas e cogumelos são um duo que adoro…
Bifinhos com Natas e Cogumelos
Ingredientes:
Para 4 pessoas
1,5 kg de bife de porco
2 Embalagens de natas;
2 Latas de cogumelos às lâminas (ou 500 g de cogumelos naturais);
1 Cabeça de alho;
Pimenta q.b.;
Sal grosso q.b.;
Sal fino q.b.;
Folhas de louro q.b.;
Manteiga ou margarina;
Vinho branco.
Confecção:
Cortar os bifes em pequenos bifinhos (ou pedir para fazê-lo no talho) e fazer uma vinha-d’alhos com os bifes utilizando os dentes de alho esmagados, sal grosso, folhas de louro, a pimenta e o vinho branco (só até cobrir os bifes). Deixar os bifinhos em vinha-d’alhos umas 12 a 15 horas.
Derreter a manteiga (+/- 2 colheres de sopa cheias) numa frigideira sem deixar queimar, fritar os bifinhos na manteiga até tirar o sangue, metendo-os numa caçarola.
Depois fritar os cogumelos no molho restante (se necessário derrete-se mais uma colher de sopa de manteiga) e quando estiverem lourinhos introduzir as natas e vai-se mexendo até as natas ficarem quentes.
Chegando a este ponto rega-se os bifinhos com o molho de natas e cogumelos na caçarola.
Servir com arroz branco e/ou batatas fritas
Claro que se não puder deixar os bifes de molho tanto tempo, pode fazer á mesma, mas o sabor não fica tão bom…
Olho com apreensão para a subida dos partidos fascistas na
Europa.
Isto não promete nada de bom…
Temo que ainda vamos ver surgir os nacionalismos que levaram
a duas grandes guerras, ou á trágicas guerra da ex-Joguslávia, e á ETA ou ao
IRA e quejandos.
E eles sabem como hão-de levar a água ao seu moinho, e estes
tempos de dificuldades e injustiças são um nicho mais do que perfeito para o
crescimento da raiva e intolerância.
E como todos nós sabemos que pudemos escorregar nelas…
Se há uma coisa que não renego é a minha pátria, e os meus
amigos.
A minha família essa tratou de me renegar, como se eu fosse
um cancro que a contaminou, e que era necessário extrair o mais depressa
possível, não fosse alastrar ao resto da família.
Claro que quando falo de Portugal, a minha pátria, falo com
orgulho, pois o meu pais tem boa gente, infelizmente mal dirigida, e é lindo.
E todos aqueles que fazem Portugal ter lugar de destaque, e ser
reconhecido positivamente por este mundo fora, têm o meu respeito
incondicional, independentemente de gostar ou não pessoalmente das personagens
sexta-feira, fevereiro 17
O facto de não ser crente, não quer dizer que não me
interesse por religiões.
Respeito a fé como factor de aproximação dos seres humanos,
como ensinamento da justiça e da bondade entre os homens, como ajuda para
vencer as dificuldades ou dores da vida.
Por isso não entendo as demonstrações de intolerância que as
religiões praticam, o ódio, a mortandade em nome de Deus ou dos profetas, e no
orgulho de pensarem que a verdadeira fé, a autêntica e única está na sua, e nem
sequer admitem que podem conviver com a diferente fé dos outros.
A intolerância não existe só no Islão, existe em todas as
religiões, infelizmente nenhuma pode atirar pedras ao telhado dos vizinhos, não
reconhecem a igualdade dos outros, não são tolerantes, colocam-se num lugar de
superioridade, estupidamente.
E depois como se rogam eles a ser exemplos quando se mostram
intolerantes e arrogantes?
Não somos todos feitos de carne e sangue?
Não sofremos todos as agruras da vida?
As doenças escolhem os povos?
As intempéries escolhem os crentes ou os não crentes?
Não somos todos humanos?
Seremos todos alguma vez humanos?
quinta-feira, fevereiro 16
Todo o homem entende a liberdade de maneira diferente, mas a
dos homens vulgares não me interessa.
Mas a liberdade, seja ela dos grandes ou dos pequenos, não é
fácil de conquistar. Mas a dos pequenos nunca é muito recompensadora.
Todos nós nascemos sem asas.
Muitas vezes não sabemos distinguir que nos quer bem, ou
aqueles que nos dão palmadinhas nas costas, e são uns grandes velhacos.
Ontem alguém me disse que o que escrevo é revolucionário, no
sentido de ser de esquerda, tipo comunista.
Não me soou a critica, nem a elogio. Respondi que luto pelo
direito á dignidade humana. Por isso sou activista LGBT, por achar que os
direitos das minorias sexuais são, acima de tudo, direitos humanos.
Também certos textos acredito que perecem pessimistas, mas
não o são, não na minha cabeça, são é realistas.
Nunca achei que a solução dos problemas fosse ignorá-los, ou
olhar para o lado, e ainda pior “dourar a pílula”, á espera que eles se
resolvam por si. Isto do “ não me diz respeito” não me cola.
Tudo o que diz respeito ao ser humano, também me diz
respeito a mim.
Ainda vejo o outro ser humano, como da mesma espécie que eu,
e por tal facto, é meu irmão.
quarta-feira, fevereiro 15
Defendo com todas as minhas forças, a bondade como princípio
básico das relações entre os seres humanos.
Um deserto, ainda que se oiça uma voz, nunca será um
deserto.
Olhando de cima tudo nos parece normal, agora ver as coisas
do mesmo prisma é diferente.
A impressão de que tenho sempre de andar sobre lama, para
chegar ao ouro, não me deixa.
Não há ninguém que explique a estas criaturas, que se
precipitam de cabeça para a completa desumanização? Que se afundam cada vez
mais?
Estou cada vez mais cansado de me ouvir, e o pior é que cada
vez mais as minhas palavras me azedam mais na boca.
Ás vezes penso que a minha pena é estar vivo. Sem grandeza
para que serve viver?
Uma ilha mesmo sendo deserta é um bom sítio para falar. Até
mesmo Jesus Cristo foi para o meio do mar para pregar, e até Santo António
pregou aos peixes, porque aos homens, a maioria deles, já nem vale a pena.
Às vezes sinto-me morto por dentro, e nessas alturas prefiro
esconder-me.
Mas não vejo que a indiferença me traga felicidade, que o
sossego de espírito me acalme, nem pretendo libertar-me das minhas paixões.
Na verdade sinto-me mais vivo que nunca, tendo consciência
que o meu corpo é finito e limitado. E o maior mal que o homem faz a si
próprio, é o de não pensar que tudo é transitório e relativo.
E eu não pedi a ninguém para nascer…
terça-feira, fevereiro 14
Eu adoro cozinhar e sou louco por um bom prato, por isso fiz
uma lista de pratos que adoro e vou falar deles, bem como dar as receitas:
Queijo Rabaçal
Foi um queijo que descobri já em adulto, mas por quem me
apaixonei de imediato. O sabor e a textura são incomparáveis.
O queijo, originário
da vila do Rabaçal, no concelho de Penela, distrito de Coimbra, é produzido
também em algumas freguesias dos concelhos de Condeixa-a-Nova, Penela, Soure,
Alvaiázere, Ansião e Pombal, mantendo-se a forma tradicional de fabrico.
É um queijo curado de
pasta semi-dura a dura, com poucos ou nenhuns olhos pequenos e irregulares,
disseminados na massa branca mate, obtido por esgotamento lento da coalhada
após a coagulação da mistura de leites de ovelha e cabra, por acção do coalho
animal e de fabrico artesanal. Depois de salgados, os queijos são lavados dia
sim, dia não, durante alguns dias, seguindo-se a cura por um período mínimo de
20 dias.
A produção arcaica de
aroma, sabor e massa bem diferenciados traz-lhe individualidade no contexto dos
seus congéneres.
É um alimento
completo, rico em gordura, proteína de alto valor biológico, ácidos aminados,
ácidos orgânicos, elementos minerais, especialmente cloro, sódio, cálcio,
fósforo e vitaminas A, B2 e B1.
As pastagens da erva-de-santa-maria
(tomilhinha) dão-lhe um sabor e um odor muito característicos e singular.
A produção caseira
sempre foi de forma circular e pequena.
Eça de Queiroz, tão
atento a dimensões de identidade e alteridade, pontua o queijo do Rabaçal na
sua obra “A Cidade e as Serras”.
No século XVIII,
por exemplo, o Antão Senhor do Rabaçal, o Duque do Cadaval, recomendava ao seu
foreiro, mais tarde Visconde de Degracias, que lhe envia-se (possivelmente para
Lisboa) “uns queijinhos do Rabaçal”.
Relativamente à temática
do lacticínio, sobretudo o citado queijo e especificamente no lugar do Rabaçal,
e do que lhe é inerente (terras, pastos, matos, legislação vária, acessos de
homens e animais, limpeza de caminhos, qualidade do produto, produção e
escoamento), forçoso é que nos debrucemos sobre a documentação de diversas
épocas, como sejam, entre outros, desde logo o Foral de 1516, as memórias
paroquiais datadas de 1758 e as posturas Municipais que nos chegam de 1838,
quando em Portugal reinava D. Maria II.
Provem e digam-me se não é bom.
O que é Portugal?
A sua cultura? A sua história?
Porque cada vez que falamos de Portugal, invocamos a nossa história?
Porque esta serve de atenuante de todas as nossas actuais frustrações, uma justificação para as nossas falhas actuais.
Nunca em Portugal se esteve tão longe daqueles que elevaram o nome deste país.
As voltas que muitos já devem ter dado no túmulo, e até eles mesmo mortos já devem ter vontade de imigrar.
Sorte dos estrangeiros que os portugueses sejam tão benévolos…
segunda-feira, fevereiro 13
O inimigo não é a nação, é o estado.
O estado é que manda matar em nome da nação.
Porque razão tantos conflitos se resolvem só após haver cadáveres?
Não se podia evitar isto? Porque deixam escapar impunes esses assassinos que, não
sujando as mãos de sangue, as tem mais sujas do que os soldados que pegam em
armas?
E depois falam em ressentimentos históricos, ou em lavagem
de honras. Mas que ódio é este que passa de gerações em gerações?
Que difícil é o respeito pela outras nações, pelas outras
culturas, modos de vida. Desde que não sejam contrários aos direitos humanos,
porque razão havemos de combatê-los?
O grande problema (eterno) é que os países pobres do sul, só
obedecem e querem ser aceites pelos países ricos do norte, não se vendo como
iguais, e não juntando forças para uma igualdade de direitos e deveres.
E isto só cria mais desiguladade.
sexta-feira, fevereiro 10
Eu sou homem, de mulheres não percebo nada.
Não, não é por ser gay, é por ser homem.
A mulher é, e sempre será (graças a Deus) um mistério,
porque a vida é mais bonita com mistérios, que nos fascinam e nos levam a
tentar decifrá-los.
Sou um homem de mulheres (não, não quero ser uma), porque
nelas consigo ver o outro lado das coisas, novas perspectivas.
Foram 3 mulheres na minha vida que me ensinaram tudo aquilo
que hoje é a minha moral, e que formou o meu carácter. Nenhuma delas tem o meu
sangue, nunca me pediram nada, a não ser o meu respeito e carinho (que sempre
dei, como dou a todos aqueles que estimo), e tudo me deram, ensinamentos, e
duas delas a sua ternura maternal, com que me envaideci, achando não ser
merecedor de tal, pois não era rico, nem influente.
Ás mulheres da minha vida, a todas agradeço o serem mulheres
com M grande. Elas fazem de mim um homem, um homem grande, que mesmo um homem
gay, tem sempre por detrás dele grandes mulheres.
quinta-feira, fevereiro 9
Eu adoro cozinhar e sou louco por um bom prato, por isso fiz
uma lista de pratos que adoro e vou falar deles, bem como dar as receitas:
Sardinhas assadas
É um dos pratos que em miúdo não gostava, mas que aprendi a
gostar com o tempo.
Desde o século XVI que é conhecida a importância da sardinha
como se comprova pelo recenseamento de peixes do litoral lusitano realizado por
Duarte Nunes do Leão.
“No mesmo mar de Setúbal e no de Sesimbra, sua vizinha, há a
mais sardinha e mais saborosa que se pode dar; a qual, além de sustentar o
Reino, se leva por mar a outras partes, e por terra ao reino de Castela, para
onde sai grande carregação até a corte de Madri.” — Recenseamento de peixes do
litoral lusitano, século XVI.
Já em 1855, na exposição Internacional de Paris, as
sardinhas de Setúbal alcançam uma menção honrosa, tendo a 15 de Janeiro de 2010
sido o primeiro pescado da União Europeia e da Península Ibérica a obter o
rótulo azul com a certificação de sustentabilidade e boa gestão dos recursos
piscatórios, MSC ("Marine Stewardship Council").
As sardinhas assadas, fruto de uma forte tradição
piscatória, são um dos pratos mais saborosos e simples da cozinha portuguesa, e
que é simbolo das festas dos santos populares.
Puxar a brasa à sua sardinha, é uma expressão popular muito
utilizada em Portugal, que significa defender os nossos interesses pessoais, e
que tem a sua origem na confecção do prato em si. A forma como se coloca as
sardinhas com as barrigas para dentro em cima da brasa, numa posição
cabeça/rabo, e a forma como se ateia e queima o carvão, assando a sardinha em
lume brando, dando a volta na grelha dupla, dando a entender que se puxa a
sardinha na nossa direcção.
Ingredientes para 4 pessoas:
1 Kg. Sardinhas
Sal q.b.
Preparação:
Temperam-se as sardinhas com o sal e leva-se a assar. A
melhor maneira de as confeccionar é preparando-as de véspera e temperando-as
com sal grosso.
Colocam-se num grelhador duplo por cima das brasas, sem
chama, assando em lume brando.
Quando estiverem bem douradinhas retiram-se do lume e está
pronto a servir.
Normalmente são acompanhadas com pimento assado também na
brasa e batata cozida. Podem também ser acompanhadas com uma refrescante salada
de alface.
Também são saboreadas colocando-se em cima de uma fatia
grossa de pão que absorve a sua gordura natural.
Simples e delicioso.
Nas palavras que escrevo, não interpretem como se isto fosse um confessionário. Tenho a perfeita consciência de que erro, e que faço também (ás vezes), maus juízos de valor.
Mas não me lembro, nesta minha existência, de ter dando tanto trabalho a uma caneta. Sim porque eu sou daqueles que ainda escreve tudo em papel, e depois passo para computador.
Não pretendo ser um Camões, um Pessoa, um Torga ou um Saramago (só para falar de alguns, pois o nosso país tem tantos bons escritores, que admiro), nem de longe, nem de perto sou escritor, apenas escrevo, e publico, porque me serve de catarse, e me ensina mais como eu sou, e como vejo o mundo. É mais uma maneira de comunicar com o mundo. É o meu psicanalista barato.
quarta-feira, fevereiro 8
Vivi melhor ano que passou?
Sim vivi, e não me refiro a nível material, esse foi mau.
Vivi como sempre vivi, no fio da navalha.
Falo a nível emocional, perdi e ganhei amigos, recuperei outros.
Passei a cuidar do meu aspecto, a olhar para o espelho e não me sentir triste.
Vivi noites fantásticas com pessoas que amo. Abracei
projectos que duvidava ser capaz de enfrentar. Desafiei e fui desafiado.
Cresci, muito...
Não sei o que este ano me vai trazer, não espero que seja
fácil, mas sei que estou mais preparado para o enfrentar do que estava há um
ano. Aprendi que sou um tipo decente, que a minha missão nesta vida é ajudar, e
fazer os outros felizes.
Agradeço aos meus lindos amigos toda a força que me dão, os
mimos, os carinhos, tudo o que me ensinaram. São eles que me fazem acordar
todas as manhãs com vontade de viver.
Aos que não se deram ao trabalho de me conhecer, ou que
ficaram ofendidos e melindrados com a minha franqueza, a minha sinceridade,
ainda bem que se foram, não merecem o que de melhor eu sou, e dou.
terça-feira, fevereiro 7
Eu adoro cozinhar e sou louco por um bom prato, por isso fiz
uma lista de pratos que adoro e vou falar deles, bem como dar as receitas:
Requeijão com marmelada (ou doce de marmelo)
Tipico da serra da estrela, é uma das minhas sobremesas
favoritas. A mistura do doce com o salgado, da fruta com o leite, é
simplesmente delicioso e simples
Descascar os marmelos é que dá trabalho. O resto é muito
simples:
1 Kg de marmelos descaroçados e descascados
1 Kg menos um pouco(100g a 150g) de açúcar.
1 copo (pequeno) de água.
Juntar os marmelos, o açúcar e a água numa panela grande.
Ligar o fogão, em lume médio.
Deixar levantar fervura e ir mexendo até ficar alaranjada
(deve ficar escura)
Desligar o lume e deixar arrefecer um pouco.
Passar com a varinha mágica e distribuir por tigelas.
Depois é só colocar em cima do requeijão.
Para seres grande, sê inteiro, sê tudo em tudo, coloca tudo
quanto és no mínimo que fazes.
Sou simplesmente uma pessoa com algumas ideias, que me tem
servido como guia para a minha vida.
A mim metem-me nojo aqueles que acintosamente defendem as
liberdades alheias, mas apenas aquelas que servem os seus interesses e/ou as
suas ideias.
Vivemos num mundo cada vez mais global, em que o poder do
dinheiro não tem pátria, cor, religião, nem maneiras, nem ética, nem pena de
ninguém. Tudo trucida, e a todas as atrocidades fecha os olhos.
segunda-feira, fevereiro 6
Eu adoro cozinhar e sou louco por um bom prato, por isso fiz
uma lista de pratos que adoro e vou falar deles, bem como dar as receitas:
Frango na Pucara
Foi em Alcobaça que teve origem esta maneira de cozinhar o
frango. Trata-se de uma receita moderna, apresentada na década de 1960, mas que
se inspirou provavelmente na cozinha da região. Deve ser cozinhado num tacho de
barro com tampa existindo em Alcobaça uma púcaras próprias deste prato.
ingredientes:
1 frango com 500 a 600 gr
150 gr de presunto
4 tomates
10 cebolinhas das mais pequenas
125 gr de manteiga
2 colheres de sopa de mostarda
2 dentes de alho esmagados
2 cálices de vinho do Porto
2 cálices de «cognac»
pimenta q.b.
sal q.b.
vinho branco q.b.
Preparação:
Depois do frango convenientemente preparado, põe-se na
púcara com todos os temperos.
Vai ao forno tapado com papel de prata até cozer.(cerca de
40 minutos)
De vez em quando vai-se molhando com o molho o frango
espetando com um garfo para o molho entrar dentro dele.
Depois destapa-se para alourar.(deixar cerca de 15 minutos).
sexta-feira, fevereiro 3
Eu adoro cozinhar e sou louco por um bom prato, por isso fiz
uma lista de pratos que adoro e vou falar deles, bem como dar as receitas:
Começo pelo Bife na Frigideira.
Não sei se é um prato tipico alfacinha, mas é sempre em
Lisboa que o encontro. Não consegui descobrir a sua origem. Apenas que o bife
com ovo a cavalo vem de França, e que a expressão vem do facto de o ovo em cima
do bife, lembrar as selas dos cavalos...
Ingredientes para 4 pessoas
4 tiras de bacon
2 dentes de alho
60 g de Vaqueiro
4 bifes altos da vazia (cerca de 160 g cada)
sal
pimenta preta em grão
0,5 dl de vinho branco
0,5 dl de água
1 folha de louro
1 dl de natas
Preparação
Numa frigideira com o fundo espesso, aloure o bacon com 1
colher de sopa de Vaqueiro até ficar dourado e estaladiço. Retire da frigideira
e conserve quente.
Junte mais 30 g de Vaqueiro à gordura que ficou na
frigideira, adicione os dentes de alho, descascados e esmagados, e deixe
estalar. Introduza os bifes e deixe alourar cerca de 2 minutos de cada lado.
Tempere com sal e pimenta, moída na altura, retire os bifes da frigideira e
embrulhe-os em folha de alumínio. Reserve.
Escorra a gordura em que fritou os bifes e, sem limpar os
resíduos, leve a frigideira ao lume e deixe aquecer. Assim que começar a
fumegar junte o vinho branco e a água. Mexa com uma espátula de madeira para
dissolver os resíduos deixados pela carne.
Adicione a folha de louro e as natas e deixe engrossar,
mexendo sempre com a espátula. Fora do lume, rectifique os temperos e incorpore
a restante Vaqueiro no molho. Retire a folha de louro e introduza os bifes.
Sugestão
Acompanhe com arroz branco ou batatas fritas.
Não use caçarolas ou frigideiras anti-aderentes pois estas
não formarão os tais resíduos caramelizados indispensáveis para o molho.
quarta-feira, fevereiro 1
Carta aberta de um cidadão alemão, Walter Wuelleenweber, dirigida aos gregos com o titulo : Depois da Alemanha ter tido de salvar os bancos, agora tem de salvar também a Grécia. Os gregos, que primeiros fizeram alquimias com o euro, agora, em vez de fazerem economias, fazem greves
Caros gregos,
Desde 1981 pertencemos à mesma família. Nós, os alemães, contribuímos como ninguém mais para um Fundo comum, com mais de 200 mil milhões de euros, enquanto a Grécia recebeu cerca de 100 mil milhões dessa verba, ou seja a maior parcela per capita de qualquer outro povo da U.E.
Nunca nenhum povo até agora ajudou tanto outro povo e durante tanto tempo.
Vocês são, sinceramente, os amigos mais caros que nós temos. O caso é que não só se enganam a vocês mesmos, como nos enganam a nós.
No essencial, vocês nunca mostraram ser merecedores do nosso Euro.
Desde a sua incorporação como moeda da Grécia, nunca conseguiram, até agora, cumprir os critérios de estabilidade. Dentro da U.E., são o povo que mais gasta em bens de consumo.
Vocês descobriram a democracia, por isso devem saber que se governa através da vontade do povo, que é, no fundo, quem tem a responsabilidade. Não digam, por isso, que só os políticos têm a responsabilidade do desastre. Ninguém vos obrigou a durante anos fugir aos impostos, a opor-se a qualquer política coerente para reduzir os gastos públicos e ninguém vos obrigou a eleger os governantes que têm tido e têm.
Os gregos são quem nos mostrou o caminho da Democracia, da Filosofia e dos primeiros conhecimentos da Economia Nacional. Mas, agora, mostram-nos um caminho errado. E chegaram onde chegaram, não vão mais adiante!!!
Desde 1981 pertencemos à mesma família. Nós, os alemães, contribuímos como ninguém mais para um Fundo comum, com mais de 200 mil milhões de euros, enquanto a Grécia recebeu cerca de 100 mil milhões dessa verba, ou seja a maior parcela per capita de qualquer outro povo da U.E.
Nunca nenhum povo até agora ajudou tanto outro povo e durante tanto tempo.
Vocês são, sinceramente, os amigos mais caros que nós temos. O caso é que não só se enganam a vocês mesmos, como nos enganam a nós.
No essencial, vocês nunca mostraram ser merecedores do nosso Euro.
Desde a sua incorporação como moeda da Grécia, nunca conseguiram, até agora, cumprir os critérios de estabilidade. Dentro da U.E., são o povo que mais gasta em bens de consumo.
Vocês descobriram a democracia, por isso devem saber que se governa através da vontade do povo, que é, no fundo, quem tem a responsabilidade. Não digam, por isso, que só os políticos têm a responsabilidade do desastre. Ninguém vos obrigou a durante anos fugir aos impostos, a opor-se a qualquer política coerente para reduzir os gastos públicos e ninguém vos obrigou a eleger os governantes que têm tido e têm.
Os gregos são quem nos mostrou o caminho da Democracia, da Filosofia e dos primeiros conhecimentos da Economia Nacional. Mas, agora, mostram-nos um caminho errado. E chegaram onde chegaram, não vão mais adiante!!!
Na semana seguinte, o Stern publicou uma carta aberta de um
grego, dirigida a Wuelleenweber:
Caro Walter, Chamo-me Georgios Psomás. Sou funcionário público e não "empregado público" como, depreciativamente, como insulto, se referem a nós os meus compatriotas e os teus compatriotas.
O meu salário é de 1.000 euros. Por mês, hem!... não vás pensar que por dia, como te querem fazer crer no teu País. Repara que ganho um número que nem sequer é inferior em 1.000 euros ao teu, que é de vários milhares.
Desde 1981, tens razão, estamos na mesma família. Só que nós vos concedemos, em exclusividade, um montão de privilégios, como serem os principais fornecedores do povo grego de tecnologia, armas, infraestruturas (duas autoestradas e dois aeroportos internacionais),
telecomunicações, produtos de consumo, automóveis, etc.. Se me esqueço de alguma coisa, desculpa. Chamo-te a atenção para o facto de sermos, dentro da U.E., os maiores importadores de produtos de consumo que são fabricados nas fábricas alemãs.
A verdade é que não responsabilizamos apenas os nossos políticos pelo desastre da Grécia. Para ele contribuíram muito algumas grandes empresas alemãs, as que pagaram enormes "comissões" aos nossos políticos para terem contratos, para nos venderem de tudo, e uns
quantos submarinos fora de uso, que postos no mar, continuam tombados de costas para o ar.
Caro Walter, Chamo-me Georgios Psomás. Sou funcionário público e não "empregado público" como, depreciativamente, como insulto, se referem a nós os meus compatriotas e os teus compatriotas.
O meu salário é de 1.000 euros. Por mês, hem!... não vás pensar que por dia, como te querem fazer crer no teu País. Repara que ganho um número que nem sequer é inferior em 1.000 euros ao teu, que é de vários milhares.
Desde 1981, tens razão, estamos na mesma família. Só que nós vos concedemos, em exclusividade, um montão de privilégios, como serem os principais fornecedores do povo grego de tecnologia, armas, infraestruturas (duas autoestradas e dois aeroportos internacionais),
telecomunicações, produtos de consumo, automóveis, etc.. Se me esqueço de alguma coisa, desculpa. Chamo-te a atenção para o facto de sermos, dentro da U.E., os maiores importadores de produtos de consumo que são fabricados nas fábricas alemãs.
A verdade é que não responsabilizamos apenas os nossos políticos pelo desastre da Grécia. Para ele contribuíram muito algumas grandes empresas alemãs, as que pagaram enormes "comissões" aos nossos políticos para terem contratos, para nos venderem de tudo, e uns
quantos submarinos fora de uso, que postos no mar, continuam tombados de costas para o ar.
Sei que ainda não dás crédito ao que te escrevo. Tem paciência, espera, lê toda a carta, e se não conseguir convencer-te, autorizo-te a que me expulses da Eurozona, esse lugar de VERDADE, de PROSPERIDADE, da JUSTIÇA e do CORRECTO.
Estimado Walter,
Passou mais de meio século desde que a 2ª Guerra Mundial terminou.
QUER DIZER MAIS DE 50 ANOS desde a época em que a Alemanha deveria ter saldado as suas obrigações para com a Grécia.
Estas dívidas, QUE SÓ A ALEMANHA até agora resiste a saldar com a Grécia (Bulgária e Roménia cumpriram, ao pagar as indemnizações estipuladas), e que consistem em:
1. Uma dívida de 80 milhões de marcos alemães por indemnizações, que ficou por pagar da 1ª Guerra Mundial;
2. Dívidas por diferenças de clearing, no período entre-guerras, que ascendem hoje a 593.873.000 dólares EUA.
3. Os empréstimos em obrigações que contraíu o III Reich em nome da Grécia, na ocupação alemã, que ascendem a 3,5 mil milhões de dólares durante todo o período de ocupação.
4. As reparações que deve a Alemanha à Grécia, pelas confiscações, perseguições, execuções e destruições de povoados inteiros, estradas, pontes, linhas férreas, portos, produto do III Reich, e que, segundo o determinado pelos tribunais aliados, ascende a 7,1 mil milhões de
dólares, dos quais a Grécia não viu sequer uma nota.
5. As imensuráveis reparações da Alemanha pela morte de 1.125.960 gregos (38,960 executados, 12 mil mortos como dano colateral, 70 mil mortos em combate, 105 mil mortos em campos de concentração na Alemanha, 600 mil mortos de fome, etc., et.).
6. A tremenda e imensurável ofensa moral provocada ao povo grego e aos ideais humanísticos da cultura grega.
Amigo Walter, sei que não te deve agradar nada o que escrevo. Lamento-o.
Mas mais me magoa o que a Alemanha quer fazer comigo e com os meus compatriotas.
Amigo Walter: na Grécia laboram 130 empresas alemãs, entre as quais se incluem todos os colossos da indústria do teu País, as que têm lucros anuais de 6,5 mil milhões de euros. Muito em breve, se as coisas continuarem assim, não poderei comprar mais produtos alemães porque cada vez tenho menos dinheiro. Eu e os meus compatriotas crescemos sempre com privações, vamos aguentar, não tenhas problema. Podemos viver sem BMW, sem Mercedes, sem Opel, sem Skoda. Deixaremos de comprar produtos do Lidl, do Praktiker, da IKEA.
Mas vocês, Walter, como se vão arranjar com os desempregados que esta situação criará, que por ai os vai obrigar a baixar o seu nível de vida, Perder os seus carros de luxo, as suas férias no estrangeiro, as suas excursões sexuais à Tailândia? Vocês (alemães, suecos, holandeses, e restantes "compatriotas" da Eurozona) pretendem que saíamos da Europa, da Eurozona e não sei mais de onde.
Creio firmemente que devemos fazê-lo, para nos salvarmos de uma União que é um bando de especuladores financeiros, uma equipa em que jogamos se consumirmos os produtos que vocês oferecem: empréstimos, bens industriais, bens de consumo, obras faraónicas, etc.
E, finalmente, Walter, devemos "acertar" um outro ponto importante, já que vocês também disso são devedores da Grécia:
EXIGIMOS QUE NOS DEVOLVAM A CIVILIZAÇÃO QUE NOS ROUBARAM!!!
Queremos de volta à Grécia as imortais obras dos nosos antepassados, que estão guardadas nos museus de Berlim, de Munique, de Paris, de Roma e de Londres.
E EXIJO QUE SEJA AGORA!! Já que posso morrer de fome, quero morrer ao lado das obras dos meus antepassados.
Cordialmente,
Georgios Psomás
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