domingo, abril 1


Este orgulho de ser português, feito de arrogância e de bondade, bravura e sacrifício, bonomia e nobreza.
Não me sai da alma, este orgulho de ser português.
Mas há alguns portugueses de que não me orgulho nada.

Não puder ajudar a resolver os males do mundo, ajudar todas as pessoas, não é desculpa para não agirmos em defesa dos outros.
Esta ideia de que somos todos prestáveis só aos poderosos, é aberrante.
Primeiro temos de nos ajudar a nós próprios, muitas vezes esperar que venha o salvador não ajuda, o síndrome do sebastianismo não leva a nada, ninguém pode salvar ninguém se essa pessoa não estiver disposta a ser salva, ou se espera que os outros façam tudo por ela.
Ajudar os outros não é levá-los ao colo, e dar-lhes a hipótese de resolverem as coisas por eles, dar-lhes a hipótese de escolha, a oportunidade de pensarem. Eu sei que pensar é muito violento para muita gente… Devemos ajudar o semelhante a levar a carga, mas não carregarmos a carga por ele.
E quem não quer ser aconselhado não precisa de ajuda.

Se és poupado ao sofrimento, deves ajudar a atenuar o sofrimento dos outros, mas quem precisa de ajuda constante e recorre sempre a ti (e muitas vezes só) quando precisa, não é digno da tua ajuda, e não é teu amigo. Deixa-o. Só te vais consumir.

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