segunda-feira, janeiro 2


Somos a memória que temos, e a responsabilidade que assumimos. Sem memória não somos nada, sem assumirmos responsabilidades, não merecemos ser alguma coisa.

Para que serve um pais que depende de tudo e de todos? Quem manda realmente no nosso pais?
Não estarão a Alemanha e a França a fazer o mesmo que a Rússia fez á União Soviética?
A vida é capaz de partidas ignóbeis...

Quando me obrigam a optar por A ou B, sem eu ter tempo para decidir com conhecimento de causa, obtém um resultado desastroso, que é não optar por nada e ainda terem de me aturar o meu mau feitio.
Porque tomo as relações humanas tão a peito?
Porque o outro ser humano me apaixona.
Um dia destes um “amigo” desaparecido, telefonou-me a contar as suas novidades.
Não perguntou por mim, se estava bem, nem me explicou a sua ausência, nem havia necessidade, eu sabia de antemão a razão de tal, que não compreendo pois eu não a teria, mas tenho de aceitar.
Por vezes temos de perdoar as fraquezas dos outros, para que os outros perdoem as nossas. Viver com as limitações dos outros é saudável e aconselhável, para evitar não ficarmos isolados, e arrogantes.
Se não perdoássemos tudo o que nos incomoda e por vezes ofende, estaremos sozinhos. E um homem só, deixa de ser humano.
Mas por vezes fico com um nó na garganta. E o que me faz ficar assim?
O sofrimento do outro, a morte, a natureza, uma bela obra de arte, uma canção que me faz sonhar, uma frase que me faz pensar e me abre os horizontes, um gesto de ternura, o amor, um acto de generosidade.

A capacidade que tenho de me comover, não sei se vem do sofrimento que senti em criança, mas existe em mim, faz parte de mim, não me fragiliza nem me engrandece. Simplesmente me emociona.
O sofrimento, entende o alheio, bem como valoriza a beleza e a bondade, a força do carácter.
E um homem  não chora, emociona-se!

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