domingo, fevereiro 16



Uma coisa que me intriga é as pessoas perguntarem como é que vamos, se não querem saber!
Eu se não quero saber não pergunto.
Metade das pessoas quando dizemos que não estamos bem, calam-se, o que quer dizer que não querem saber se tu estás mal. A outra metade, a que ainda pergunta o que se passa, depois de explicares (e convém resumires, senão começam a olhar para o lado á procura de quem os “salve”, ou arranjam uma desculpa para saírem dali), dizem-te “tu és forte”, “tu vais ultrapassar isso” ou “melhores dias virão”.
Que traduzido quer dizer, “ Eh pá! Não me chateias com os teus problemas, só perguntei se ias bem, se vais mal não quero saber”.

Ou seja são raros os que realmente se importam e/ou querem realmente saber como te sentes.
Claro que eu sei que dias melhores virão, mas não sou estúpido, e esse dia não é hoje, nem será amanhã, e foi hoje que me perguntastes idiota!
E eu sei que sou forte, muito mais do que tu, mas também tenho os meus momentos de fraqueza porque também eu sou humano. Aliás sou muito humano e é esse o meu grande problema, esse e o de não me sair o Euromilhões.
Ainda bem que a minha testa não é como um daqueles painéis electrónicos da bolsa, porque se mostrasse o que me vai no cérebro, metade das pessoas nem me falava…

Contra o amor é que não há argumentos, o amor é uma força tão poderosa que até redime a pior das pessoas, e cega o mais racional dos seres.
O amor não se explica, sente-se.
É assustador porque nos fragiliza, muitos o temem e os outros fogem dele.
O amor mata, pode-se morrer de amor e por amor, o amor dá sede e tira-a, o amor queima mas aquece o coração e a alma. O amor é servil mas dominador, o amor é irresponsável mas é uma coisa séria.
O amor é frágil mas poderoso, o amor é insensato mas chama-nos é razão, o amor é contraditório mas racional, o amor é tudo mas pode-nos deixar sem nada.

O amor não é para rir.
Mas tem piada…

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