O amor e a morte são os dois grandes temas da vida. No meio
disto tudo vêm os afectos.
Tenho um sentido crítico muito grande acerca da minha
pessoa. Devia fazer o mesmo com os outros, evitava-me muitos dissabores e mágoas.
As duas maneiras mais inteligentes de se conquistar o outro
são o amor e o humor, e como não sou esperto, valho-me da minha inteligência para
sobreviver, e do meu poder de observação aliado ao meu sentido crítico.
Não consigo aceitar pessoas que não sejam corteses e sejam
arrogantes com os outros, mesmo que seja por defesa ou por nervosismo, não tem
desculpa.
Não sei aceitar de mim senão o melhor que posso dar, e claro
que isso exige de mim um enorme esforço, porque já não sou jovem, e tenho
limites físicos!
Não pensem que sou masoquista, não tenho nenhum prazer em
sofrer, mas não sei passar ao lado dos outros e não reparar, nem me alhear, nem
me parece bem que o fizesse.
Raramente peço ajuda, e quando peço não é para mim, é mais
para os outros.
Aprendi a anular-me porque fui criado a ouvir que não
prestava, que não valia nada. Mas sempre fiz para valer.
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