Masturbação, antes só que mal acompanhado?
Engraçado (ou talvez não), se pensarmos que a masturbação
era um acto condenado pelas sociedades no princípio e até meio do século
passado. Algumas religiões ainda a condenam.
O mesmo se passa com a sodomia (se não sabem o que é
aproveitem estes segundos e vão ver no Google).
Ainda é por muitos visto como actos relacionados com a
sexualidade (ou depravação segundo os homofobos) dos gays, portanto
contra-natura, mal eles sabem que há gays que não gostam de fazer sexo oral,
nem anal.
A igreja e certa direita defensora dos valores morais
superiores patriarcais da família tradicional, continuam a considerar o sexo só
para procriação, ou seja desprovido de prazer, como os animais, ou seja pénis
com vagina.
Como o sexo entre dois homens não tem vagina envolvida, ou
duas mulheres não têm pénis no meio, somos pecadores e imorais.
Para mim privar alguém do prazer do sexo é que é imoral.
Na catequese, e nos discursos que o padre das aulas de religião
e moral, era ensinado que era um pecado ter prazer no sexo. Uns deixam-se
vencer pelo medo, eu não.
Também foi na escola que aprendi o prazer da ejaculação, o anal
e o oral vieram depois. Ambos foram descobertos com um amigo do meu irmão
(descansem alminhas que a criatura tinha a mesma idade que eu, o meu irmão só
tem mais 368 dias).
Como ele sabia pouco mais que eu da coisa, foi tudo
atabalhoado, infeliz e doloroso. Mas também não durou muito, ele era um hetero á
descoberta, e eu um gay sem armário.
O problema é que muitos preferem a masturbação, e o sexo
virtual, ao contacto físico e intimidade sexual com os outros.
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