domingo, novembro 10

Adoro mulheres
Três delas formaram-me como homem.
Mas nunca as vi como objectos sexuais, nem nunca tive desejo por elas.
A única miúda que beijei na vida foi por causa de uma aposta de colegas de escola, e ela tinha mais bigode que o Freedie Mercury.

Quando os hetero sabem da minha homossexualidade, muitos me perguntam, ingenuamente, se experimentei com mulheres e não gostei, e depois “virei-me” para os homens.
Como se ser gay fosse uma escolha…
Nunca fui sexo com uma mulher, nem nunca o fantasiei, nem com um casal hetero, o que acontece com alguns gays. Se houvesse uma mulher no meio da cama, eu sairia logo de cena.
Por isso nunca seduzi homens hetero, nem quero converter nenhum em gay, como também não quero que me convertam.

As mulheres para mim são companheiras espirituosas, sejam hetero ou lésbicas.
Ao contrário do que muitos hetero e os homofobos pensam, um gay não é necessariamente um gajo que quer ser mulher. Não me sinto atraído por um bom par de mamas, nem quero umas para mim, nem no meu corpo, nem no alheio.
Segundo os gays sou um puro. Nunca senti que devia esconder a minha orientação sexual numa relação de obrigação camuflada com uma mulher.
O mais engraçado que agora, mais maduro, sou assediado por mulheres e por vezes demasiado jovens.
Mas para elas serei sempre, apenas um companheiro, uma amigo e confidente. E nunca lhes roubarei os homens, como o não faria a amigos gays, por mais giros que sejam.


Outra coisa que baralha as pessoas é a minha frontalidade como falo de mim como homossexual, conscientemente, para desmitificar preconceitos, o que só acontece conhecendo-se a verdade.  

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