Se alguém se estatelar no chão isso é comédia, se eu partir
uma unha isso é uma tragédia.
Vemos a vida de maneira diferente consoante o papel que
desempenhamos. Se somos espectadores variamos entre uma simpatia empática, mas
se somos vitimas o caso muda de figura.
Sentir empatia pelo sofrimento alheio é uma coisa, mas ao
ponto de sentirmos mesmo a dor, como se estivéssemos na pele deles, é muito
complicado de lidar.
Pode ser muito útil intuitivamente mas muito penoso a nível emocional.,
por vezes destrói-te por dentro, e não podes contar a ninguém pois não te vão
compreender, ou na melhor das hipóteses vão te julgar um gajo super carente de
atenção.
Então guardas isso só para ti e processas á tua maneira o
teu “dom”, que não pedistes nem queres, mas que não podes ignorar e tentas usá-lo
para ajudares os outros, embora não te consigas ajudar a ti próprio.
Uma compensação estranha, consegues tirar a dor dos outros e
acumula-as ás tuas.
Como não sou burro utilizo o sentido de humor como arma,
contra o coração que carrego.
Como sou resistente e não pretendo tornar-me numa pessoa
amarga, vou lidando com a minha cabeça da melhor maneira que posso e sei.
Os amigos que conquistei não foram por ser lindo, nem por
ser esperto. Não sou um tipo normal, por isso não é fácil as pessoas aceitarem-me,
ou confundem os sinais ou assusto pela franqueza e despudor dos meus afectos. Por
isso não me é fácil confiar.
E quando me sinto traído reajo abruptamente, não sendo
violento, mas intempestivo.
Não peço desculpa põe esse comportamento porque não o vejo
como errado. Bolas, sou humano e tenho de me defender, a minha integridade
mental que é preciosa para mim, mais do que a física, e esta tento preservá-la
ao máximo.
Porque no fim é a única que me pode salvar!
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