É impressão minha ou Paulo Portas deixou de exigir mais polícias
na rua?
Assustou-se por eles estarem na rua e subirem as escadarias
da assembleia da república?
A mentira pode ser ética, ou mesmo servir para uma boa
piada, mas há políticos que abusam.
Não deixa de ser irónico um governo criar uma lei que
permite despedir trabalhadores por incompetência, e nós não podermos fazer o
mesmo com os empresários e com os políticos.
E depois desataram todos a falar de cortes, como se fossem
costureirinhas, sacrifícios, resistência, paciência, passaram a ser doutorados
em pobreza, como se soubessem o que isso é, eles que até enriquecem em tempos
de “crise”.
Todos falam em estabilidade, pois foi durante o Estado Novo
em que houve mais estabilidade, se calhar o melhor é mesmo voltarmos ao tempo
da ditadura, em que havia eleições estáveis.
E quanto ás operações financeiras tudo o que seja menos do
que uma lobotomia, não serve.
Não admira que neste país haja uma grande percentagem de alcoólicos,
todos sabemos como os problemas desaparecem com dois ou três copitos a mais. Não
podemos é depois conduzir, ou pegar em armas.
Mas para evitar isso também podemos ouvir um disco do José
Cid ou do Anselmo Ralph aos berros, que ficamos imunes á dor, ou ler um livro
da Margarida Rebelo Pinto ou do José Rodrigues dos Santos, que matam qualquer neurónio
existente nas cabecitas fracas.
Pelos conhecimentos dos nossos universitários e pelos seus
comportamentos, incluindo as praxes, se são aquelas criaturas que vão ser os
quadros qualificados, estamos mais do que tramados, estamos fodidos e mal pagos…
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