sexta-feira, dezembro 3

Para muitos ser amigo é dar-nos sempre razão.

O coração de um amigo é coisa que sempre se quer.
No entanto ser amigo é uma coisa que custa. Dá trabalho, e dores. È sofrer para que o outro não sofra.

Ser amigo é tornar o outro livre, um acto de sinceridade, uma aceitação de defeitos.
Um amigo é uma pessoa em que se acredita, alguém que ser quer amar, e que se ama.
Um amigo não é interesseiro, nem oportunista.
Amar é ser alguém para alguém.

Mas ser amigo não é abdicar dos nossos princípios.
O amigo é o outro eu, é sermos nós próprios com ele, para que ele seja ele, o amigo.
Se há lugar onde podemos ser íntegros e nós próprios é a amizade.
È o lugar onde não há falta de verdade e de liberdade.

Os amigos são pessoas que se preferem.
Querer ser amigo de todos e/ou usar a palavra amigo(a) para todos é tornar a amizade banal, é tornar impossível a criação da amizade.
Não se pode querer ser amado sem amar, sem respeitar a liberdade do outro. Não querer amar é querer ficar sozinho.

Custa abdicar, sacrificar, pactuar, mas é esse o preço a pagar por algo que vale muito mais: o valor raro, sem preço da amizade, de amar.

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