quarta-feira, julho 24

O mundo não anda mal
Anda é em más companhias.

Participei ontem na contra-vigilia á vigília da senhora dona Isilda Pegado e enraivecidos acólitos, a favor das famílias tradicionais, e contra os gays, esses depravados e comedores de criancinhas.
Não me espantou as presenças, mas as ausências.
Eu sei que é mais fácil andarem no social, nas cadeiras do poder ou na comunicação social, a dizerem que andam a defender os direitos dos outros, quando há alguns que depois fazem o “trabalho braçal”, aquele que suja e dói, e que nunca são homenageados e são sempre dispensáveis (já perdi a inocência há muito, graças a muito sacana), e não me digam que fazerem uma festinha em que tens de levar a comidinha e pagas as bebidas do bar, o que dá lucro a quem organiza, é consolação (sorry, eu avisei que tenho mau feitio…)
Quando me vierem falar na defesa dos direitos da comunidade LGBT, tenham cuidado com o que me vão dizer, pois eu tenho a resposta na ponta da língua.
Mas realmente estranhei e não compreendo a ausência de muitos…

De resto as criaturas estavam “bem” acompanhadas pelos energúmenos do PRD, e os seus capangas, que se entreteram a provocar-nos com insultos, tolerados pela policia, que parecia estar mais preocupada conosco do que com eles, (compreendo, éramos mais giros).
Tudo serviu, imagens sacras, cartazes colocados nas escadarias (a que não tivemos acesso), símbolos nazis e fascistas, cartazes “ não matem a família normal” e “as crianças não são acessórios de moda”, gestos obscenos, insultos, rezas, e até discursos de criancinhas (que segundo um amigo meu me informou hoje, é proibido por lei).
Que bem acompanhados andam a Isilda Pegado, o César da Neves e os seus apoiantes.

Que eu saiba quem usou as crianças nesta situação foram os das famílias “normais”, que até bebés de colo levaram, numa altura em que já deviam estar a dormir, e são eles que os vestem com roupas de marca, como se fossem uns manequins, (para o argumento acessórios de moda, estamos conversados, já para não falar de usarem as crianças nas suas ascensões ao status sociais a que acham ter o direito ou dever a pertencer).

Continuo a perguntar, onde estavam os defensores da co-adopção?
Não compreendo (na minha cabeça estou a tentar arranjar um sinónimo), a poltroneria ou a pusilanimidade de muita gente.





terça-feira, julho 23

O mundo não está perdido
Está histérico.

O Brasil está histérico com o Papa.
Inglaterra está histérica com o bebé real.
A Direita está histérica com a manutenção do poder.
Cavaco está Histérico com Passos e Portas.
Os Mercados estão histéricos com o Cavaco.
Os Sportingistas estão histéricos com um troféu que estava enterrado.
O País está histérico com tanto Festival de Verão.
Angola está histérica em comprar tudo em Portugal.
Os chineses estão histéricos a comprar nacionalidade portuguesa.
Os Egípcios estão histéricos para terem um estado islâmico.
Passos anda histérico para formar governo.
Os Portugueses andam histéricos para arranjar emprego.
Seguro anda histérico para se impor no PS.
Os comentadores televisivos andam histéricos para dar opinião sobre tudo.
O Goucha e a Cristina Ferreira andam sempre histéricos.
Os jornais desportivos andam histéricos com as transferências de jogadores.
Os autarcas corruptos andam histéricos para se recandidatarem.
As revistas andam histéricas com as vidas dos “famosos”.
A Isilda Pelicano e o Marinho Pinto andam histéricos com o lobby gay.
A igreja anda histérica com a berguilha dos padres.
A televisão anda histérica com programas de merda.
A Europa anda histérica com os defics.
A Troika anda histérica com Portugal.
A Alemanha anda histérica para por o sul da Europa pobre e deslocar as fábricas para aproveitar a mão-de-obra barata.

Eu por ando histérico para ganhar o Euromilhões e mandar esta gente toda para a PQP


quarta-feira, julho 17

Não seria o mundo um lugar mas pacifico se não existissem religiões?
Gostaria de ser optimista, mas desconfio que não irei ver melhoras na evolução humana durante o resto que me falta de vida.
No fim vivemos ainda no campo das relações humanas nos temppos medievais.

segunda-feira, julho 15

Imaginem se o povo alemão se tivesse manifestado na rua contra as atrocidades cometidas pelo regime nazi.
Teríamos acabado com uma guerra com mais de 50 milhões de mortos?

Por isso não me venham dizer que o povo é inocente nesta trapalhada em que estamos metidos.
As pessoas queixam-se agora do desastre, que muitos previram, mas que mais se recusaram a ouvir, e muitos menos a acreditar.
Metam a mão na consciência e ponderem.
Os bons valores sempre foram desprezados pelos poderosos, eles esperam que sejamos sempre submissos.
Assustam-me aqueles fervorosos zeladores da lei, da moral, e dos bons costumes. Vêem a vida em códigos de barras, seguem instruções e leis cegamente sem se questionarem, e muito pior, sem pensarem.
Por causa disto muita gente tem sofrido e muitos pago mesmo com a própria vida. E esta gente não tem remorsos de condenarem á miséria e á morte os outros, os milhões de outros, que querem manter estúpidos e incultos, para que eles não percebam que tem o poder se serem em maior número. Biliões de pobres contra uns milhões de ricos, que ainda tem o descaramento de pavonearem a sua riqueza, e hostilizarem-nos.

Todos nós percebemos que no meio desta crise, os únicos que não ficam incólumes são os banqueiros, esses mesmos que nos levaram para esta crise.
Os governos deram-lhes o nosso dinheiro para as mãos, e eles em vez de o aplicar em desenvolver a economia, apoderaram-se dele, como se lhes pertence-se por direito, ou seja mordem a mão que lhes dá de comer, e muito mais do que isso, seja dos depositantes, seja do estado, dos contribuintes.

Isto só lá vai com uma revolução moral.

Expresso as minhas ideias tão quanto a minha liberdade me permite e tenho opiniões (que por vezes mudam), mas não sou ambíguo, não tento esconder aquilo que realmente penso. Não sou hipócrita. E faço auto-critica.

quarta-feira, julho 3

Dizem que o cepticismo é uma coisa de velhos. Devo estar mesmo a ficar velho

Há vários tipos de escravidão. Eu sofro de vários: o da minha orientação sexual, a do meu aspecto físico, o de ser pobre, o de ser honesto e frontal.
Não que me envergonhe de mim. Assim como não me envergonho da maioria das minhas escolhas. Só quero viver com a minha dignidade, tão explorada e por vezes roubada.

Não sou dado á caridade. Porque ela só deve existir onde não há justiça, nem bondade.
Uma das receitas para matar um homem é tirar-lhe a dignidade, e as escravidões são uma maneira.
E na verdade, o que faz um homem?
Não é só ter uma pila pendurada entre as pernas, e comer umas conas. È preciso coragem, inteligência, sensibilidade, carácter, amor á justiça, bondade, respeito pelo próximo e pela liberdade.
E toda a gente sabe que hoje ter estes atributos, é lutar contra a corrente.

Dizem que o cepticismo é uma coisa de velhos. Devo estar mesmo a ficar velho, pois cada vez ando mais descrente no ser humano.
Não vejo nesta malta nova o sangue na guelra, que poderá fazer mudar o mundo para melhor. Mas isso não me espanta, num mundo cada vez mais insensível á miséria e á morte alheia.
E neste mundo quem diz as verdades é perseguido, e por vezes silenciado, até morto.

Poucas pessoas admirei na minha vida. Quem já privou com pessoas do calibre de uma Natália Correia, duma Beatriz Costa e de uma Amália Rodrigues, fica condenado a ser exigente nas escolhas. De ninguém nunca me aproveitei, porque não faz parte do meu carácter. Apenas aprendi o que me ensinaram.

As manifestações não são bem vistas pelo poder, e o nosso governo confia na pacificação dos portugueses.

Mas até quanto sofrimento e repressão vão os portugueses aguentar?

Pegando no tema do pic-nic do Tony Carreira

Pegando no tema do pic-nic do Tony Carreira, e voltando á vaca-fria…

A hipocrisia é um dos mais detestáveis pecados do ser humano.
Desde a Igreja até á politica, ela existe hás carradas.
E o conluio entre as religiões e o poder politico para se aproveitarem dos pobres, vem desde a criação das ditas.
E tornaram Deus, Alá, Maomé, Buda ou lá o que é, num problema, em vez da solução.
Todos proclamam a paz, mas só se guerreiam.

Será legítimo qualquer ignorante opinar sobre tudo? A avaliar pela nossa televisão, é.
No fim quem paga somos nós e quem lucra são os poderosos, loucos por dinheiro e poder, que não se importam de usar estratagemas ilegais, mesmo que sejam criminosos.
E eles não se importam com os milhões de vítimas que provocam com os seus crimes, porque são verdadeiros crimes contra a humanidade, por pura ganância.
Sim porque o que está a acontecer são crimes contra a humanidade, não duvidem. E contra as pessoas honestas, e por isso pobres.
Já todos sabíamos que este liberalismo económico sem regras ia dar para o torto. Mas muitos calaram ou fizeram calar os que avisavam do perigo. Agora esses mesmos que calaram e os que fizeram parte do problema vêem apresentar-se como salvadores da situação.
E os governos deste mundo foram coniventes.

Engraçado como o dinheiro para salvar os bancos aparece rapidamente, mas para ajudar a combater a fome e as doenças tarda em aparecer, ou seja, salvemos a economia mas deixemos morrer os homens.
O meu cérebro á agora muito melhor do que quando era jovem, por isso me julgam mais novo do que realmente sou. (Que assim seja. Cuido agora mais de mim do que antes, mas não por vaidade, mas porque quero manter o máximo de saúde e bem-estar possíveis.) E digo-vos que tudo isto ocorre, ocorreu e ocorrerá por falta de justiça, liberdade, igualdade e solidariedade.
E se se privatizam os lucros, e se nacionalizam os prejuízos, o desastre é eminente e certo. Ou seja ajudam-se mutuamente quem destrói a economia e os povos.

“ E eu pergunto… se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar á miséria… para se produzir um rico” – Almeida Garrett (1799-1854)


quarta-feira, junho 19

Neste momento sinto um grande orgulho e respeito pelo povo brasileiro, e pelas suas demonstrações de civismo.

Ingénuos são aqueles que pensam que com demonstrações “pacíficas”, ou com o alheamento do seu papel cívico, como votar nas eleições ou participar na gestão democrática, vão resolver os seus problemas.
Os ricos, poderosos e a classe politica, apoiada e protegida pelo poder militar e policial, não vão resolver os problemas dos pobres, com a bênção das igrejas/religiões. É o povo, o pobre, ou seja a maioria, que tem de tomar as rédeas do jogo. Para eles nós somos carne para picar, força de trabalho para explorar, e mandar para o lixo quando não necessitam de nós.

Quem me conhece sabe que sou um tipo afável e assertivo, mas não posso ficar indiferente ao sofrimento dos outros. Não me peçam para ser pacífico, ou para condenar a violência, quando se lida com pessoas que não respeitam a dignidade dos outros.
A polícia e o exército protegem-nos como se eles próprios fossem uma classe privilegiada, e só se viram contra o poder quando são atingidos nas suas benesses e revindicações. A história prova isso, basta-nos lembrar do 25 de Abril ou da famosa manifestação dos “secos e molhados” em plena “era Cavaco”.

E depois temos os “iluminados” do costume que dão bitaites pelo que ouvem, geralmente descontextualizado, na rua, pelos outros broncos ou na TV, entalados entre um Big Brother e um jogo de futebol, num chorrilho de alarvidades por aquelas bocas fora. Criticam e julgam tudo e todos pelas suas cabecinhas podres de ideias e inteligência.

Se os portugueses já tivessem feito o que os nossos irmãos brasileiros estão a fazer agora, talvez os nossos governos desde Cavaco, Guterres, Barroso, Santana, Sócrates e Passos/Portas tivessem tido mais juízo e medo. Porque é preciso incutir-lhes medo, pois eles é isso que fazem ao povo, provocar-lhes medo.

E a igreja católica sempre conivente com esta situação de exploração…

domingo, junho 16

Dizem que a família está em crise.
E está.
Mas não é culpa dos gays, ou de comportamentos “desviantes” de qualquer cidadão.
A família está em crise por causa da excessiva carga de trabalho a que somos sujeitos.
Como querem que as famílias sejam funcionais, se os pais não tem tempo para educar os filhos, nem paciência e forças para lhes dar atenção e afectos.
Como pode um pai ou uma mãe ter tempo de qualidade com os seus filhos se chegam a casa tarde, cansados, fartos de serem maltratados no emprego, por vezes sem fins-de-semana, nem férias. Como podem os filhos terem bons exemplos em pais que estão demasiado cansados para se amarem?

Para se amar é preciso ter tempo, e hoje o que há mais é falta de tempo.
Não ter tempo para os filhos é o mesmo que o abandono. Abandono á sua sorte, criados pela escola, pelas companhias, pelos lugares que frequentam, e pior do que tudo, pela TV e pala Internet.
E os exemplos de comportamento pela violência estão á mão de semear, desde os videojogos, ás séries, acabando no You Tube.
E tudo parece natural.
Mas não é!

Uma das coisas que mais me irrita, é que por vezes aprendemos duras verdades que não nos servem para nada.

É espantoso que com tamanha evolução tecnológica, continuamos a retroceder a nível humano!

quarta-feira, junho 12

O facto de alguém me pedir perdão, e mesmo o facto de eu o perdoar, não me faz esquecer uma ofensa.
Hoje em dia mentir é tão banal que já parece uma obrigação. E a impunidade é geral e gritante. E a história não lhes pede contas.
E o pior é que a mentira não é o único vício da sociedade.

Não sei se sou sábio, mas sou prudente em relação ás pessoas. E não sou indiferente ás minhas considerações de ordem moral.
Numa sociedade em que a justiça está pelas ruas da amargura, o melhor é não ter muitas esperanças.

Não saber virar páginas de vida é muito pernicioso. Continuamos como sempre a apreender, e sempre fui muito desconfiado com as aparências.
Segundo o artigo 12 da Carta dos Direitos Humanos, “ninguém sofrerá intrusões arbitrárias na sua vida, na sua família ou na sua correspondência, nem ataques á sua honra e reputação”. Honra, dignidade e reputação são hoje palavras gastas e vãs. E desrespeitam-nos de forma humilhante.
A questão do poder é um caso mais do que gritante de como se pode descer baixo a nível humano. Chega a ser perverso o tamanho do cinismo com que os que o detêm de se auto-elogiar, e nos quererem convencer que lá chegaram por mérito próprio.

Sabemos que a esmagadora maioria das vezes tal não acontece, o poder é obtido sujando as mãos, sem quaisquer escrúpulos ou remorsos pela maneira vil e desumana como se chega lá. Lá chegados criam uma história de falsa santidade e honra, superioridade que passa de geração em geração, como se o carácter estivesse no ADN, num perpetuador pornográfico das benesses obtidas.
E o poder hoje está na economia, nos grandes grupos económicos, são eles que financiam políticos e politicas, e os premeiam depois de saírem dos cargos, com lugares vitalícios e com remunerações altas, em paga do tráfico de influencias efectuado, em prejuízo do povo que os elegeu.
E claro que sem justiça, a gritante desigualdade e falta de protecção aos mais fracos é perpetuada.

Pedem-me esperança e paciência por dias melhores.
A paciência nunca fez revoluções, nem mudou as coisas e mentalidades.
Sou impaciente, e numa altura em que os pobres sofrem, e são cada vez em maior numero, e os ricos cada vez ficam mais ricos e soberbos, fico sem esperança, que em nada me serve quando estou cansado de ser explorado e com fome.
Estes políticos e estes senhores do dinheiro não sabem o que é ter fome.


Eu por mim pago caro as minhas ilusões…

terça-feira, junho 11

Fisicamente somos um espaço, mas mentalmente somos memórias e ideias.
Memórias do que vivemos, do que aprendemos com essas vivências.

De criança abusada, passei a adolescente tímido e inseguro, a homem orgulhoso por ter vencido muitas batalhas.
Vim de uma família abastada, mas sempre vivi pobre de recursos, principalmente afectivos, mas aprendi a ser rico de sentimentos e afectos, de honra e coragem. Aprendi com os grandes.

E Lisboa foi minha mãe, aprendi muito a percorrer suas ruas.
Tal como a maioria dos portugueses, árabe e judeu, cristão e negro, e de tantas raças e credos que passaram por este território, sou mestiço, todos somos.
Não temos raça, por isso somos capazes de navegar e colonizar o mundo, e não conquistar. Porque sabíamos, sabemos, misturar. E sendo conservadores, gostamos de descobrir algo novo, somos curiosos, e adaptamo-nos, sempre com saudade do que é verdadeiramente nosso, português.
Por isso estranho que grande parte dos turistas que nos visitam, insistam em comer o que comem nos seus países.

Um dos prazeres em viajar é descobrir e vivenciar nova experiências, incluindo a gastronomia. Que piada tem ir a um lugar e comer o que se come lá em casa? Gastronomia também é a cultura de um povo.
E as minhas memórias estão povoadas de cheiros e sabores diferentes, e quanto mais, mais a minha memória fica rica deles.


Esta capacidade dos portugueses enriquecerem as coisas, fruto da nossa maneira de ser, é que faz a nossa riqueza, que faz de nós um povo especial único no mundo, dócil e lutador mas que nos faz sobreviver neste rectângulo á beira-mar plantado, há mais de 800 anos, e pelo mundo fora desde o século XV.

domingo, junho 9

A maioria das pessoas acha um tipo calmo, organizado e paciente.
Só vos digo cuidado com a ira dos calmos e dos justos.

Sou um apaixonado pelo meu país, o meu pequeno grande Portugal, pelo meu povo que é único neste mundo cada vez mais igual, mas especialmente (e perdoem-me a modéstia), a minha amada Lisboa, minha cidade berço e onde me fiz homem.
Agora que trabalho na hotelaria, tenho a noção do que outros sentem e vêem na minha cidade, das suas baixas expectativas com que chegam, e de como vão maravilhados com a experiência de (geralmente) poucos dias de permanência, e a vontade de voltar com mais tempo.
Geralmente indico os locais a visitar e a sua história (nada como uma boa história, simples e curta, mas apimentada), apontar pequenos tesouros da minha perspectiva de alfacinha.
Indico o que acho essencial visitar (na minha modesta opinião).

A Baixa pombalina com a sua história, desde o terramoto de 1755, Alfama (começando pela velhinha Sé), o Castelo (desaconselho o pagamento de um bilhete caro para um monumento meio falso, a Graça ou a Senhora do Monte substituem a vista e são de graça), Belém (com o seu mosteiro e os seus túmulos ilustres, a torre com o mesmo conselho dado sobre o castelo, e os pasteis aconselhando a comerem-nos nas mesas porque vêem directamente da cozinha e mais “fresquinhos” e não abafados naqueles cartuxos), o oceanário, o Museu de Arte Antiga (a maior colecção de arte antes do século XIX), o Calouste Gulbenkian (e quem foi o homem), o do azulejo (com a magnifica igreja), a Igreja de São Roque (um dos poucos monumentos que resistiram ao terramoto de 1755), a Basílica da Estrela (e o seu presépio do século XVIII), o Bairro Alto (e a sua “movida”), o Principe Real (e a sua vida nocturna), a famosa Ginginha, os eléctricos e elevadores, e mais algumas coisas, consoante a curiosidade.
Ah e as festas, Santo António incluído.

Depois para quem quiser, os arredores da cidade. Sintra (atenção ás queijadas, a Cascais (e a bonita viagem de comboio), a margem sul (o peixe, a vista sobre Lisboa, as praias com o seu típico comboio), Setúbal (a baia dos golfinhos, o peixe, a serra, o queijo de Azeitão).
Quem tem mais tempo e disponibilidade, e vai viajar fora de Lisboa, o Porto (os seus monumentos e a comida), Coimbra (monumentos e os pasteis de Tentúgal), Évora (difícil destacar algo em cidade tão recheada de encantos), Alcobaça (e a história de Pedro e Inês acompanhada por um frango na púcara), Batalha (e a sua Aljubarrota), Tomar (do convento á sinagoga), o Douro (o rio e o vinho), o Algarve (nem só de praias vive a região), Santarém (o gótico e Pedro Alvares Cabral, e a sopa).
Depois como a conversa é como as cerejas, as aldeias históricas, a gastronomia (que adoram), as tradições, a história e as curiosidades.

Quanto a locais para comer, só os que frequento e asseguro serem bons, não recomendo o que não escolho para mim.

Resultado disto, um orgulho em falar daquilo que gosto, do que amo, do que me enche a lama e o coração quando a força me falta. Um país com uma história de quase 9 séculos, e com as mais velhas fronteiras do mundo.
E ser patriota é amar o meu país, o meu povo.
Não sou nacionalista, Portugal é o que é porque soube incorporar os outros, as diversas culturas, os povos que vieram e os que ficaram, e foi ao encontro dos outros.
Nós não somos uma raça, somos a raça, a raça humana, a mistura, o aperfeiçoamento dessa mistura, o melhor dela.
Faço pelo meu povo o que acho que devo. Colocá-lo no topo.
A mais não sou obrigado, porque não o faço como obrigação, mas como um dever.

E viva Portugal e os portugueses.

(E vejam de são mais orgulhosos em o serem, e transformem o 10 de Junho no maior feriado deste belo país, vistam as nossa cores por Portugal e não pela selecção de futebol)

terça-feira, junho 4

Todos sabem (os que me conhecem) que não morro de amores pelo futebol.
Mas não sou insensível ao fenómeno (também com o massacre que levamos não o podia ser), para o bem e para o mal.
È um desporto que move milhões, tanto no aspecto monetário como no humano.
E traz-nos por vezes surpresas.
Eu que fui contra a realização do Euro 2004 (que nos deixou com mais dividas e estádios milionários e ás moscas actualmente, endividando mais o país), não deixo de ver que contribuiu para uma (boa) imagem de Portugal além fronteiras que até então estava na dependência dos Descobrimentos e da Expo 98.
E especialmente no Brasil. Por exemplo a pátria irmã descobriu que poucas mulheres portuguesas usavam bigode.

Claro que o futebol na sua pureza é um desporto, mágico como todos os desportos, e desperta paixões, mas no futebol a pureza e a sua inocência perderam-se há muito! E o “desporto rei” é o maior exemplo de tudo o que não deve ser o prazer de praticar um desporto.
Ao contrário do rugby, no futebol digerem-se mal as derrotas, começando nos presidentes, treinadores e acabando nos adeptos. Estranhamente são os jogadores, os protagonistas, que melhor as digerem.
O futebol hoje serve para tudo (mesmo para lavagem de dinheiro), menos para o que devia servir. Ambições, politiquices, negócios obscuros, ascensão social, enfim vale tudo.
E depois acicatam-se ódios e guerras desnecessárias, violência (que já acabou em mortes) e vandalismos cegos e imbecis. Parecem bandos de grunhos á solta. Parecem pedrados (o que não me estranha em pessoas que tem calhaus no lugar de cérebros). Quando se fala de futebol as pessoas endoidecem, ficam alienadas, doidas do juízo, fanáticas.


Embora seja nos outros desportos que fiquemos em primeiros lugares e nos dão troféus e medalhas…

sábado, junho 1

O mundo não anda perdido, anda estúpido!

Assustam-me esta gente que tem explicação para tudo, parecem uma Wikipédia, o que já de si é mau.
Em nome da inclusão permite-se tudo e mais alguma coisa aos vândalos, justificando-se com a liberdade de expressão.
Eu também gostaria de ter a liberdade de me expressar, desatando a esbofetear muita gente estúpida, mas não devo.
Esta coisa de que não há maus rapazes é treta. As pessoas são intrinsecamente más, a bondade aprende-se.

Basta estar atento para não ver tudo a preto e branco.
Se os portugueses não são racistas, não podemos negar e esconder que existe racismo em Portugal. Mas nossas antigas “colónias” (hoje politicamente correcto dizer países de língua portuguesa), não teem lá muita moral para nos dar lições de cidadania e democracia. Basta lembra as atrocidades que foram cometidas em Africa em nome da superioridade étnica, ou um Brasil homofobo, racista e machista.
Para mim a discriminação é um erro. Sempre aprendi e evolui como ser humano contactando com a diferença e aprendendo com ela, tenho amigos de varias nacionalidade e vejo-os todos como irmãos, porque os amigos são para ser tratados como família.

E o grande problema disto tudo é a falta de ética, que é superada e aniquilada pela necessidade.

Irrita-me a falta de cuidado com os outros e as faltas de respeito.

sexta-feira, maio 31

Estou só a perguntar, e sempre ouvi dizer que perguntar não ofende.
As pessoas não gostam de tipos excepcionais?
Confesso que me incomoda a inveja ou o desinteresse que essas pessoas provocam nos outros, como se tivessem que ser medíocres como os que os criticam.

Nunca me fascinaram as pessoas “certinhas”, a facilidade, a ignorância, a prepotência.
Isto é o que dá ter sempre convivido com pessoas de altos valores morais e afectivos.
E isto leva-me a uma questão que me assalta demasiadas vezes os meus pensamentos.
Sou tolerante? O que é a tolerância? Quais os seus limites?
Tenho-a como uma ferramenta que uso para tentar compreender ideias e atitudes que não estão dentro dos meus parâmetros civilizacionais.
Mas ser tolerante não é colocar-me como ser superior em relação aos outros. Só eu sei o que sofri com a intolerância alheia, devido á minha orientação sexual, e aos danos que isso provocou durante muitos anos na minha vida.

E isso leva-me á questão incomoda das minorias, e de que até que ponto podem, e devem, agir e ser protegidas.
A questão (que me parece simples) não tem a ver com a catalogação de minoria, mas como uma parte de um todo, da real diversidade do ser humano.
O que deve ser protegido é a individualidade de cada um, em harmonia com os outros, e que não devem ser tolerados comportamentos que vão contra a liberdade do outro, do respeito, e dos valores da humanidade.
A lei deve proteger as minorias, como deve proteger todos, e por isso as minorias também devem respeitar as leis. Se as leis estiveram erradas devem ser alteradas, e o debate deve ser feito por todos.
Se eu pago impostos como os outros porque hei-de ser tratado de maneira diferente?


Mas numa sociedade em que se premeia o mal, o vulgar, a imbecilidade, a desonestidade, a ganância, não podemos esperar muito… 

quarta-feira, maio 29

Quando é que esta gente veste a pele de adultos e assumem as responsabilidades? Que raio de coisa é esta de afirmarem de que “somos todos responsáveis” do estado do nosso país, da nossa sociedade?
EU não roubei, aldrabei, aproveitei-me do poder (que não tinha) para me ajudar a mim e aos meus familiares e amigos, nunca estive ou fui cliente do BPN, nunca molestei nenhum miúdo da Casa Pia, sempre paguei os meus impostos, não tenho dinheiro em nenhum paraíso fiscal (aliás não tenho dinheiro), sempre vivi e tentei transmitir aos outros bons valores, inclusive o da honestidade.
Por isso não me venham com esta conversa de que também sou culpado desta merda toda em que estamos atolados.
Culpados são todos os que fizeram a merda e os que a viram fazer mas preferiram fechar os olhos ou ser coniventes.
E o estado e a justiça continuam a não cumprir a sua missão.

Muitos vêem-me como um gajo calmo e bem comportado, não imaginam que estou bem longe dessa imagem, que não tem a ver com o pacifismo e o diálogo (que defendo), mas com uma forma calma e segura de estar na vida.
Maturidade é o que é.
Percebi que muita gente tem medo de mim, não que eu seja um gajo medonho ou terrível, ou que intimide os outros propositadamente. Alguns tem medo por eu ser simplesmente homossexual assumido e frontal, pela minha postura, pela minha inteligência e sentido de humor, pela minha coragem, mas muito mais pela minha bondade e generosidade desprendidas, que não pede nada em troca.

E, estranhamente, isso assusta as pessoas, e isso faz-me triste e com medo de viver num mundo onde as pessoas desconfiam e tem medo da minha bondade.

terça-feira, maio 28

A mania que esta gente tem de repetir uma coisa até á exaustão, para ver se nos vencem e/ou convencem.
A forma sórdida como certas criaturas tornam as coisas simples em complexas, é de uma brutalidade gritante. Desfazem e refazem ideias e amizades como quem bebe um copo de água, com uma desfaçatez que até faz corar as pedras da calçada.
E depois porque raio hei-de eu de tomar partido? Tenho de o fazer?

Neutralidade não significa indiferença, fraqueza ou ignorância. Pode e por vezes deve ser uma opção. Numa disputa entre amigos não tenho necessidade de tomar partido por um deles.
Não sou indiferente aos outros e ás suas opiniões e razões, mas não sou manipulável.
Na vida tenho visto gente mais que perversa, que me tenta controlar para seu belo proveito.
Quem é inteligente e me conhece bem, sabe que não procuro benesses para as minhas acções. Nunca peço nada, nem espero obter privilégios por aquilo que faço com prazer, porque quero e porque gosto, tanto a nível pessoal, como voluntário da ILGA, ou mesmo jogador dos Dark Horses.
As minhas amizades são como arvores, levam tempo a crescer e a ficarem sólidas e fortes, mas depois resistem aos temporais, dobram muitas vezes (por vezes partem mesmo), mas se resistirem ás adversidades ganham raízes e duram uma vida. E dão por vezes frutos.
E eu adoro arvores, são lindas.

Numa época, e num meio (o LGBT) em que a imagem, o corpinho perfeito, é um must, eu sou um pária.
Sempre lutei pela liberdade, a minha e a dos outros, porque vivi e já vi muitos a quem ela foi castrada.
Por vezes guardar silencio é de ouro, e o que eu tenho silenciado. Nunca me nego a discutir um assunto, mas nem sempre é de bom-tom, nem aconselhável, dizer tudo o que penso. E isso é-me permitido pela minha liberdade em decidir o que é bom para mim, não por maldade ou cobardia.

Gente esta que confunde medo por respeito… 

domingo, maio 26

Hoje tive um pesadelo, sonhei que era candidato á presidência da republica…
Sou daquelas pessoas que tem aversão ao poder.
O meu poder vem dos afectos. E num país de moralzinha imbecil, ainda mais me é difícil aceitar o poder.

Alimenta-se o povo com a necessidade de valores morais. Esta ideia de não enfurecermos os monstros, não vão eles zangar-se, eu dou-lhe o nome de cobardia.
Imaginem como é perigoso viver no meio disto, existir sequer…
Eu por mim não desisto de querer justiça.
Eu sei que a vida nos torna mentirosos, e mesmo eu não sou isento de mentiras. Mas não sou desonesto nem nas pequenas e inofensivas mentiras o sou. Mas vivo, para o bem e para o mal, num país onde os machões se vestem no Carnaval de mulheres (feias sempre!) e se comportam pior que as bichas assanhadas no Trumps e no Finalmente.

Isto tudo tem começo num episódio em que aqueles amigos (sempre bem intencionados, falaram de um (ou umas) suposta conversa entre mim e um admirável amigo meu, que forma desabafos, porque eu sempre tenho tempo e ouvidos (e alguns bons conselhos) para dar a quem os merece, e em que ele falou de conflitos e da tristeza que sentia, entre ele e uma pessoa que ele muito estimava.
Supostamente, a (ou as) sempre bem intencionadas criaturas (o inferno está cheio delas) alertaram o amigo dele de que o meu amigo andava a dizer mal dele a mim.
O meu amigo não disse mal dele, apenas demonstrou a mágoa por atitudes dele, porque precisava de desabafar e porque o admirava e amava (como se deve fazer com os amigos). È natural e saudável, e eu estou aqui para os meus amigos se precisaram.
Agora transformar isso em novela de mau argumento, haja paciência!

Gostava de saber que foi a besta que tem merda na cabeça, para lhe dar uma chapada no focinho, que esta gente ainda é pior que os animais.

sexta-feira, maio 24


De vez em quando vem á baila o tema do racismo. Por uma razão ou por outra.
Perguntam-me se Portugal é um país racista! Digo que não, se me perguntam se em Portugal há racismo, digo logo que sim.
E o que é o racismo?
È o preconceito em função da raça, mas nisto de preconceito, eu já tive (e tenho) a minha dose, porque maior preconceito que é o da orientação sexual e do género, não existe. Seres penalizado porque tens atracção sexual e/ou amas alguém do mesmo sexo que tu, ou porque nascentes preso num sexo corporal diferente do da tua cabeça, é desumano, cruel e insensível. Não é humano.

Sempre defendi que em Portugal cabem todos aqueles que queiram e que se sintam bem em ser portugueses, e mesmo aqueles que não o queiram ser mas que amem e respeitem este meu país.
Portugal é um país multicultural e multiracial. Somos fruto de todos os povos que conquistaram este território, desde os povos “bárbaros” do norte da Europa, romanos, árabes, judeus (fugidos da crueldade da Espanha católica), e os imigrantes africanos, brasileiros e povos de leste.
Quando vejo pessoas usarem o argumento do racismo, seja num sentido ou noutro, dá-me uma raiva.

A raça não deve ser pretexto nem para discriminar, nem para se tolerar tudo.
O problema em Portugal é não se tratarem todos como cidadãos de plenos direitos, mas também com deveres
Se vivem todos em Portugal devem ser tratados todos por igual, seja na sua defesa, seja nas suas obrigações, sem distinções e em cumprimento da lei nacional.
Para mim não existe diferença entre um criminoso branco ou negro, amarelo ou encarnado. E todos aqueles que querem continuar a ser estrangeiros devem respeitar Portugal, tal como os portugueses os devem respeitar, e como querem ser respeitados no estrangeiro. Não vivemos em apartheid…

Numa altura em que a maioria vive num frenesim de mostrar fotos de locais exóticos que visitou, no Facebook, parece-me um bocado idiota o facto de não abraçarem a diversidade que tem no seu país.
O exótico só é lindo fora de portas?
Já se esqueceram que fomos nós que fomos os pioneiros da globalização em frágeis caravelas?

terça-feira, maio 21


Hoje vive-se uma cultura de medo, O medo de se perder o emprego, o lugar de prestígio, os privilégios, a popularidade, a notoriedade.
Vive-se numa época de fanatismos ideológicos, tipo Gestapo, ou estás do lado deles ou então és um alvo a abater.
É aflitivo e digo-vos muito preocupante. Radicalizaram-se posições com uma tamanha extremidade que temo que isto descambe em algo muito mau para a democracia e a liberdade individual.
Agora está aí um grupelho radical de direita a pedir a anulação das leis da interrupção voluntária da gravidez, do casamento entre pessoas do mesmo sexo e da identidade de género.
Os portugueses têm o mau hábito de acordar tarde para tudo.
Este conservadorismo, benéfico em certa parte, é muitas vezes letal para o desenvolvimento dum povo, ata-nos permanentemente neste “deixa andar” em que vivemos.

De que vou ter saudades quando morrer?
Do sol, do mar, das arvores, da musica, de ler, de comunicar, de rir, dos sabores e dos cheiros, da minha cidade, do meu país, dos sons da natureza, dos risos, de ouvir histórias, dos beijos longos, dos abraços, do sexo, dos amigos, da vida.
Só rezo para que possa viver o resto da minha vida segundo os meus ideais e travando os meus velhos combates.
As pessoas egoístas não podem amar, algumas pensam que amam, mas não é verdade, o amor é desprovido de egoísmo.
Por vezes o amor é frustrante, mas vale sempre a pena. Acho que esta é a maior certeza que tenho na vida.

Por vezes preciso de fazer muita ginástica mental para perceber certas coisas, mas há algumas que entendo bem. E uma delas é o preconceito, e ele é universal, e só o entende que o sente na pele, como eu.

Não compreendo porque ainda há acidentes nas passagens de nível! Com o Toy tão á mão, bastava ele abrir a janela de casa e gritar “olhos de águuuuuuuuuuuuuuuuuuuua”.
Claro que o que podia acontecer é o maquinista descarrilar o comboio e atropelar o Toy, para ele se calar, mas não há belo sem sabão…

Não sei se sabem mas a Cicciolina já tem mais de 60 anos, o que significa que a quase esmagadora maioria dos actores que contracenaram com ela já estão mortos, talves ainda viva um elefante ou uma tartaruga.

Muita falta de lambadas na tromba anda por ai, a avaliar pela educação que esta gente tem. Custa assim tanto dizer “por favor”, “com licença” e “obrigado”?
Ás vezes dá vontade de espetar um barril de cerveja cheio nas trombas de alguns, para ver se tem educação.
Eu sei que a vida não é fácil, mas estar sempre de trombas ajuda alguma coisa?

Bolas pelo menos no meu tempo eram os comunistas que comiam criancinhas, agora são os do processo Casa Pia e alguns padres.
É caso para dizer “que força é esta amigo, que te põe de mal com os outros e de bem contigo?”, são gases, senhor, são gases…
Eu até me ia atirar da ponte sobre o Tejo, mas com a sorte que tenho, ainda ia parar a um cargueiro com destino a Luanda, ou a outro destino mais longiquo.

Mas o que se pode fazer a esta gente que em pleno Maio ainda tem pais-natais pendurados nas varandas?
Ter um velho de barbas a espreitar pela janela é assim uma coisa tão gira?
O pessoal da Casa Pia não achou…