A mania que esta gente tem de repetir uma coisa até á exaustão,
para ver se nos vencem e/ou convencem.
A forma sórdida como certas criaturas tornam as coisas
simples em complexas, é de uma brutalidade gritante. Desfazem e refazem ideias
e amizades como quem bebe um copo de água, com uma desfaçatez que até faz corar
as pedras da calçada.
E depois porque raio hei-de eu de tomar partido? Tenho de o
fazer?
Neutralidade não significa indiferença, fraqueza ou ignorância.
Pode e por vezes deve ser uma opção. Numa disputa entre amigos não tenho
necessidade de tomar partido por um deles.
Não sou indiferente aos outros e ás suas opiniões e razões,
mas não sou manipulável.
Na vida tenho visto gente mais que perversa, que me tenta
controlar para seu belo proveito.
Quem é inteligente e me conhece bem, sabe que não procuro
benesses para as minhas acções. Nunca peço nada, nem espero obter privilégios
por aquilo que faço com prazer, porque quero e porque gosto, tanto a nível pessoal,
como voluntário da ILGA, ou mesmo jogador dos Dark Horses.
As minhas amizades são como arvores, levam tempo a crescer e
a ficarem sólidas e fortes, mas depois resistem aos temporais, dobram muitas
vezes (por vezes partem mesmo), mas se resistirem ás adversidades ganham raízes
e duram uma vida. E dão por vezes frutos.
E eu adoro arvores, são lindas.
Numa época, e num meio (o LGBT) em que a imagem, o corpinho
perfeito, é um must, eu sou um pária.
Sempre lutei pela liberdade, a minha e a dos outros, porque
vivi e já vi muitos a quem ela foi castrada.
Por vezes guardar silencio é de ouro, e o que eu tenho
silenciado. Nunca me nego a discutir um assunto, mas nem sempre é de bom-tom,
nem aconselhável, dizer tudo o que penso. E isso é-me permitido pela minha
liberdade em decidir o que é bom para mim, não por maldade ou cobardia.
Gente esta que confunde medo por respeito…
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