sexta-feira, maio 24


De vez em quando vem á baila o tema do racismo. Por uma razão ou por outra.
Perguntam-me se Portugal é um país racista! Digo que não, se me perguntam se em Portugal há racismo, digo logo que sim.
E o que é o racismo?
È o preconceito em função da raça, mas nisto de preconceito, eu já tive (e tenho) a minha dose, porque maior preconceito que é o da orientação sexual e do género, não existe. Seres penalizado porque tens atracção sexual e/ou amas alguém do mesmo sexo que tu, ou porque nascentes preso num sexo corporal diferente do da tua cabeça, é desumano, cruel e insensível. Não é humano.

Sempre defendi que em Portugal cabem todos aqueles que queiram e que se sintam bem em ser portugueses, e mesmo aqueles que não o queiram ser mas que amem e respeitem este meu país.
Portugal é um país multicultural e multiracial. Somos fruto de todos os povos que conquistaram este território, desde os povos “bárbaros” do norte da Europa, romanos, árabes, judeus (fugidos da crueldade da Espanha católica), e os imigrantes africanos, brasileiros e povos de leste.
Quando vejo pessoas usarem o argumento do racismo, seja num sentido ou noutro, dá-me uma raiva.

A raça não deve ser pretexto nem para discriminar, nem para se tolerar tudo.
O problema em Portugal é não se tratarem todos como cidadãos de plenos direitos, mas também com deveres
Se vivem todos em Portugal devem ser tratados todos por igual, seja na sua defesa, seja nas suas obrigações, sem distinções e em cumprimento da lei nacional.
Para mim não existe diferença entre um criminoso branco ou negro, amarelo ou encarnado. E todos aqueles que querem continuar a ser estrangeiros devem respeitar Portugal, tal como os portugueses os devem respeitar, e como querem ser respeitados no estrangeiro. Não vivemos em apartheid…

Numa altura em que a maioria vive num frenesim de mostrar fotos de locais exóticos que visitou, no Facebook, parece-me um bocado idiota o facto de não abraçarem a diversidade que tem no seu país.
O exótico só é lindo fora de portas?
Já se esqueceram que fomos nós que fomos os pioneiros da globalização em frágeis caravelas?

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