De vez em quando vem á baila o tema do racismo. Por uma
razão ou por outra.
Perguntam-me se Portugal é um país racista! Digo que não, se
me perguntam se em Portugal há racismo, digo logo que sim.
E o que é o racismo?
È o preconceito em função da raça, mas nisto de preconceito,
eu já tive (e tenho) a minha dose, porque maior preconceito que é o da
orientação sexual e do género, não existe. Seres penalizado porque tens
atracção sexual e/ou amas alguém do mesmo sexo que tu, ou porque nascentes
preso num sexo corporal diferente do da tua cabeça, é desumano, cruel e
insensível. Não é humano.
Sempre defendi que em Portugal cabem todos aqueles que
queiram e que se sintam bem em ser portugueses, e mesmo aqueles que não o
queiram ser mas que amem e respeitem este meu país.
Portugal é um país multicultural e multiracial. Somos fruto
de todos os povos que conquistaram este território, desde os povos “bárbaros”
do norte da Europa, romanos, árabes, judeus (fugidos da crueldade da Espanha
católica), e os imigrantes africanos, brasileiros e povos de leste.
Quando vejo pessoas usarem o argumento do racismo, seja num
sentido ou noutro, dá-me uma raiva.
A raça não deve ser pretexto nem para discriminar, nem para
se tolerar tudo.
O problema em Portugal é não se tratarem todos como cidadãos
de plenos direitos, mas também com deveres
Se vivem todos em Portugal devem ser tratados todos por
igual, seja na sua defesa, seja nas suas obrigações, sem distinções e em
cumprimento da lei nacional.
Para mim não existe diferença entre um criminoso branco ou
negro, amarelo ou encarnado. E todos aqueles que querem continuar a ser
estrangeiros devem respeitar Portugal, tal como os portugueses os devem
respeitar, e como querem ser respeitados no estrangeiro. Não vivemos em
apartheid…
Numa altura em que a maioria vive num frenesim de mostrar
fotos de locais exóticos que visitou, no Facebook, parece-me um bocado idiota o
facto de não abraçarem a diversidade que tem no seu país.
O exótico só é lindo fora de portas?
Já se esqueceram que fomos nós que fomos os pioneiros da globalização
em frágeis caravelas?
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