sexta-feira, maio 31

Estou só a perguntar, e sempre ouvi dizer que perguntar não ofende.
As pessoas não gostam de tipos excepcionais?
Confesso que me incomoda a inveja ou o desinteresse que essas pessoas provocam nos outros, como se tivessem que ser medíocres como os que os criticam.

Nunca me fascinaram as pessoas “certinhas”, a facilidade, a ignorância, a prepotência.
Isto é o que dá ter sempre convivido com pessoas de altos valores morais e afectivos.
E isto leva-me a uma questão que me assalta demasiadas vezes os meus pensamentos.
Sou tolerante? O que é a tolerância? Quais os seus limites?
Tenho-a como uma ferramenta que uso para tentar compreender ideias e atitudes que não estão dentro dos meus parâmetros civilizacionais.
Mas ser tolerante não é colocar-me como ser superior em relação aos outros. Só eu sei o que sofri com a intolerância alheia, devido á minha orientação sexual, e aos danos que isso provocou durante muitos anos na minha vida.

E isso leva-me á questão incomoda das minorias, e de que até que ponto podem, e devem, agir e ser protegidas.
A questão (que me parece simples) não tem a ver com a catalogação de minoria, mas como uma parte de um todo, da real diversidade do ser humano.
O que deve ser protegido é a individualidade de cada um, em harmonia com os outros, e que não devem ser tolerados comportamentos que vão contra a liberdade do outro, do respeito, e dos valores da humanidade.
A lei deve proteger as minorias, como deve proteger todos, e por isso as minorias também devem respeitar as leis. Se as leis estiveram erradas devem ser alteradas, e o debate deve ser feito por todos.
Se eu pago impostos como os outros porque hei-de ser tratado de maneira diferente?


Mas numa sociedade em que se premeia o mal, o vulgar, a imbecilidade, a desonestidade, a ganância, não podemos esperar muito… 

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