Hoje vive-se uma cultura de medo, O medo de se perder o
emprego, o lugar de prestígio, os privilégios, a popularidade, a notoriedade.
Vive-se numa época de fanatismos ideológicos, tipo Gestapo,
ou estás do lado deles ou então és um alvo a abater.
É aflitivo e digo-vos muito preocupante. Radicalizaram-se
posições com uma tamanha extremidade que temo que isto descambe em algo muito
mau para a democracia e a liberdade individual.
Agora está aí um grupelho radical de direita a pedir a
anulação das leis da interrupção voluntária da gravidez, do casamento entre
pessoas do mesmo sexo e da identidade de género.
Os portugueses têm o mau hábito de acordar tarde para tudo.
Este conservadorismo, benéfico em certa parte, é muitas
vezes letal para o desenvolvimento dum povo, ata-nos permanentemente neste “deixa
andar” em que vivemos.
De que vou ter saudades quando morrer?
Do sol, do mar, das arvores, da musica, de ler, de
comunicar, de rir, dos sabores e dos cheiros, da minha cidade, do meu país, dos
sons da natureza, dos risos, de ouvir histórias, dos beijos longos, dos
abraços, do sexo, dos amigos, da vida.
Só rezo para que possa viver o resto da minha vida segundo os
meus ideais e travando os meus velhos combates.
As pessoas egoístas não podem amar, algumas pensam que amam,
mas não é verdade, o amor é desprovido de egoísmo.
Por vezes o amor é frustrante, mas vale sempre a pena. Acho
que esta é a maior certeza que tenho na vida.
Por vezes preciso de fazer muita ginástica mental para
perceber certas coisas, mas há algumas que entendo bem. E uma delas é o
preconceito, e ele é universal, e só o entende que o sente na pele, como eu.
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