sexta-feira, fevereiro 24


O maior inimigo do povo é o estado, não a nação.
Se criticas o governo és considerado um anarquista, anti-patriota, e cometes o crime de atentar contra a unidade da nação.


Gente pobre de espírito esta, que castra o livre pensamento, e a livre critica. Foi para isto que os militares saíram na noite de 24 para 25 de Abril de 1974?
Já agora que andam numa de acabar com feriados, acabem com este, já que estamos a regredir nas conquistas que forma conseguidas com a Revolução dos Cravos.


Depois chamem-me comunista...

quinta-feira, fevereiro 23

Este meu carácter de ser generoso sem alarde, e ser bom sem ostentação.
Sou daquela espécie duvidosa que dá de si sem lhe pedirem.


No entanto para muitos eu sou uma alma perdida, um gajo sem interesse, ou convencido, ou mesmo estúpido, tenho a mania. Nem se dão ao trabalho de me conhecerem e já se sentem capazes de me julgar...
Sim tenho uma mania, a de ajudar quem precisa de mim, e não andar com falsos moralismos, e a pregar a quem não precisa de sermões.


Muitos dizem-me para adorar Deus, mas se isso para eles lhes basta, que lhes faça bom proveito. Eu por mim prefiro chegar-me aos homens, (sim também nesse aspecto, seus depravados). Se Deus me julgar quando eu morrer, pode ser que seja pelos meus actos que me condene, e se for pecado fazer o bem ao homem e não adorar o Deus, então eu sou um grande pecador, e mereço então o inferno, (que deve ser tipo uma suana gay, quente, húmida, e cheia de gajos maus). LOL

quarta-feira, fevereiro 22




Eu adoro cozinhar e sou louco por um bom prato, por isso fiz uma lista de pratos e produtos que adoro e vou falar deles, bem como dar as receitas:

Este é um dos pratos que gosto muito e que tem muitas variantes. dá para fazer de varias maneiras com diferentes tipos de bifes.



Lembro-me da primeira vez que comi cogumelos, detestei. Hoje natas e cogumelos são um duo que adoro…



Bifinhos com Natas e Cogumelos



Ingredientes:
Para 4 pessoas
1,5 kg de bife de porco
2 Embalagens de natas;
2 Latas de cogumelos às lâminas (ou 500 g de cogumelos naturais);
1 Cabeça de alho;
Pimenta q.b.;
Sal grosso q.b.;
Sal fino q.b.;
Folhas de louro q.b.;
Manteiga ou margarina;
Vinho branco.

Confecção:

Cortar os bifes em pequenos bifinhos (ou pedir para fazê-lo no talho) e fazer uma vinha-d’alhos com os bifes utilizando os dentes de alho esmagados, sal grosso, folhas de louro, a pimenta e o vinho branco (só até cobrir os bifes). Deixar os bifinhos em vinha-d’alhos umas 12 a 15 horas.
Derreter a manteiga (+/- 2 colheres de sopa cheias) numa frigideira sem deixar queimar, fritar os bifinhos na manteiga até tirar o sangue, metendo-os numa caçarola.
Depois fritar os cogumelos no molho restante (se necessário derrete-se mais uma colher de sopa de manteiga) e quando estiverem lourinhos introduzir as natas e vai-se mexendo até as natas ficarem quentes.
Chegando a este ponto rega-se os bifinhos com o molho de natas e cogumelos na caçarola.
Servir com arroz branco e/ou batatas fritas

Claro que se não puder deixar os bifes de molho tanto tempo, pode fazer á mesma, mas o sabor não fica tão bom…

Olho com apreensão para a subida dos partidos fascistas na Europa.
Isto não promete nada de bom…

Temo que ainda vamos ver surgir os nacionalismos que levaram a duas grandes guerras, ou á trágicas guerra da ex-Joguslávia, e á ETA ou ao IRA e quejandos.
E eles sabem como hão-de levar a água ao seu moinho, e estes tempos de dificuldades e injustiças são um nicho mais do que perfeito para o crescimento da raiva e intolerância.

E como todos nós sabemos que pudemos escorregar nelas…


Se há uma coisa que não renego é a minha pátria, e os meus amigos.
A minha família essa tratou de me renegar, como se eu fosse um cancro que a contaminou, e que era necessário extrair o mais depressa possível, não fosse alastrar ao resto da família.

Claro que quando falo de Portugal, a minha pátria, falo com orgulho, pois o meu pais tem boa gente, infelizmente mal dirigida, e é lindo.
E todos aqueles que fazem Portugal ter lugar de destaque, e ser reconhecido positivamente por este mundo fora, têm o meu respeito incondicional, independentemente de gostar ou não pessoalmente das personagens

sexta-feira, fevereiro 17


O facto de não ser crente, não quer dizer que não me interesse por religiões.
Respeito a fé como factor de aproximação dos seres humanos, como ensinamento da justiça e da bondade entre os homens, como ajuda para vencer as dificuldades ou dores da vida.

Por isso não entendo as demonstrações de intolerância que as religiões praticam, o ódio, a mortandade em nome de Deus ou dos profetas, e no orgulho de pensarem que a verdadeira fé, a autêntica e única está na sua, e nem sequer admitem que podem conviver com a diferente fé dos outros.
A intolerância não existe só no Islão, existe em todas as religiões, infelizmente nenhuma pode atirar pedras ao telhado dos vizinhos, não reconhecem a igualdade dos outros, não são tolerantes, colocam-se num lugar de superioridade, estupidamente.
E depois como se rogam eles a ser exemplos quando se mostram intolerantes e arrogantes?

Não somos todos feitos de carne e sangue?
Não sofremos todos as agruras da vida?
As doenças escolhem os povos?
As intempéries escolhem os crentes ou os não crentes?
Não somos todos humanos?

Seremos todos alguma vez humanos?

quinta-feira, fevereiro 16


Todo o homem entende a liberdade de maneira diferente, mas a dos homens vulgares não me interessa.
Mas a liberdade, seja ela dos grandes ou dos pequenos, não é fácil de conquistar. Mas a dos pequenos nunca é muito recompensadora.

Todos nós nascemos sem asas.
Muitas vezes não sabemos distinguir que nos quer bem, ou aqueles que nos dão palmadinhas nas costas, e são uns grandes velhacos.
Ontem alguém me disse que o que escrevo é revolucionário, no sentido de ser de esquerda, tipo comunista.
Não me soou a critica, nem a elogio. Respondi que luto pelo direito á dignidade humana. Por isso sou activista LGBT, por achar que os direitos das minorias sexuais são, acima de tudo, direitos humanos.

Também certos textos acredito que perecem pessimistas, mas não o são, não na minha cabeça, são é realistas.
Nunca achei que a solução dos problemas fosse ignorá-los, ou olhar para o lado, e ainda pior “dourar a pílula”, á espera que eles se resolvam por si. Isto do “ não me diz respeito” não me cola.
Tudo o que diz respeito ao ser humano, também me diz respeito a mim.
Ainda vejo o outro ser humano, como da mesma espécie que eu, e por tal facto, é meu irmão.

quarta-feira, fevereiro 15


Defendo com todas as minhas forças, a bondade como princípio básico das relações entre os seres humanos.
Um deserto, ainda que se oiça uma voz, nunca será um deserto.

Olhando de cima tudo nos parece normal, agora ver as coisas do mesmo prisma é diferente.
A impressão de que tenho sempre de andar sobre lama, para chegar ao ouro, não me deixa.
Não há ninguém que explique a estas criaturas, que se precipitam de cabeça para a completa desumanização? Que se afundam cada vez mais?
Estou cada vez mais cansado de me ouvir, e o pior é que cada vez mais as minhas palavras me azedam mais na boca.
Ás vezes penso que a minha pena é estar vivo. Sem grandeza para que serve viver?

Uma ilha mesmo sendo deserta é um bom sítio para falar. Até mesmo Jesus Cristo foi para o meio do mar para pregar, e até Santo António pregou aos peixes, porque aos homens, a maioria deles, já nem vale a pena.
Às vezes sinto-me morto por dentro, e nessas alturas prefiro esconder-me.
Mas não vejo que a indiferença me traga felicidade, que o sossego de espírito me acalme, nem pretendo libertar-me das minhas paixões.
Na verdade sinto-me mais vivo que nunca, tendo consciência que o meu corpo é finito e limitado. E o maior mal que o homem faz a si próprio, é o de não pensar que tudo é transitório e relativo.

E eu não pedi a ninguém para nascer…

terça-feira, fevereiro 14


Eu adoro cozinhar e sou louco por um bom prato, por isso fiz uma lista de pratos que adoro e vou falar deles, bem como dar as receitas:

Queijo Rabaçal

Foi um queijo que descobri já em adulto, mas por quem me apaixonei de imediato. O sabor e a textura são incomparáveis.
O queijo, originário da vila do Rabaçal, no concelho de Penela, distrito de Coimbra, é produzido também em algumas freguesias dos concelhos de Condeixa-a-Nova, Penela, Soure, Alvaiázere, Ansião e Pombal, mantendo-se a forma tradicional de fabrico.

É um queijo curado de pasta semi-dura a dura, com poucos ou nenhuns olhos pequenos e irregulares, disseminados na massa branca mate, obtido por esgotamento lento da coalhada após a coagulação da mistura de leites de ovelha e cabra, por acção do coalho animal e de fabrico artesanal. Depois de salgados, os queijos são lavados dia sim, dia não, durante alguns dias, seguindo-se a cura por um período mínimo de 20 dias.

A produção arcaica de aroma, sabor e massa bem diferenciados traz-lhe individualidade no contexto dos seus congéneres.
É um alimento completo, rico em gordura, proteína de alto valor biológico, ácidos aminados, ácidos orgânicos, elementos minerais, especialmente cloro, sódio, cálcio, fósforo e vitaminas A, B2 e B1.

As pastagens da erva-de-santa-maria (tomilhinha) dão-lhe um sabor e um odor muito característicos e singular.
A produção caseira sempre foi de forma circular e pequena.
Eça de Queiroz, tão atento a dimensões de identidade e alteridade, pontua o queijo do Rabaçal na sua obra “A Cidade e as Serras”.
 No século XVIII, por exemplo, o Antão Senhor do Rabaçal, o Duque do Cadaval, recomendava ao seu foreiro, mais tarde Visconde de Degracias, que lhe envia-se (possivelmente para Lisboa) “uns queijinhos do Rabaçal”.

Relativamente à temática do lacticínio, sobretudo o citado queijo e especificamente no lugar do Rabaçal, e do que lhe é inerente (terras, pastos, matos, legislação vária, acessos de homens e animais, limpeza de caminhos, qualidade do produto, produção e escoamento), forçoso é que nos debrucemos sobre a documentação de diversas épocas, como sejam, entre outros, desde logo o Foral de 1516, as memórias paroquiais datadas de 1758 e as posturas Municipais que nos chegam de 1838, quando em Portugal reinava D. Maria II.

Provem e digam-me se não é bom.


O que é Portugal?

A sua cultura? A sua história?

Porque cada vez que falamos de Portugal, invocamos a nossa história?



Porque esta serve de atenuante de todas as nossas actuais frustrações, uma justificação para as nossas falhas actuais.

Nunca em Portugal se esteve tão longe daqueles que elevaram o nome deste país.


As voltas que muitos já devem ter dado no túmulo, e até eles mesmo mortos já devem ter vontade de imigrar.



Sorte dos estrangeiros que os portugueses sejam tão benévolos…

segunda-feira, fevereiro 13


O inimigo não é a nação, é o estado.
O estado é que manda matar em nome da nação.
Porque razão tantos conflitos se resolvem só após haver cadáveres? Não se podia evitar isto? Porque deixam escapar impunes esses assassinos que, não sujando as mãos de sangue, as tem mais sujas do que os soldados que pegam em armas?

E depois falam em ressentimentos históricos, ou em lavagem de honras. Mas que ódio é este que passa de gerações em gerações?
Que difícil é o respeito pela outras nações, pelas outras culturas, modos de vida. Desde que não sejam contrários aos direitos humanos, porque razão havemos de combatê-los?

O grande problema (eterno) é que os países pobres do sul, só obedecem e querem ser aceites pelos países ricos do norte, não se vendo como iguais, e não juntando forças para uma igualdade de direitos e deveres.
E isto só cria mais desiguladade.

sexta-feira, fevereiro 10


Eu sou homem, de mulheres não percebo nada.
Não, não é por ser gay, é por ser homem.

A mulher é, e sempre será (graças a Deus) um mistério, porque a vida é mais bonita com mistérios, que nos fascinam e nos levam a tentar decifrá-los.
Sou um homem de mulheres (não, não quero ser uma), porque nelas consigo ver o outro lado das coisas, novas perspectivas.

Foram 3 mulheres na minha vida que me ensinaram tudo aquilo que hoje é a minha moral, e que formou o meu carácter. Nenhuma delas tem o meu sangue, nunca me pediram nada, a não ser o meu respeito e carinho (que sempre dei, como dou a todos aqueles que estimo), e tudo me deram, ensinamentos, e duas delas a sua ternura maternal, com que me envaideci, achando não ser merecedor de tal, pois não era rico, nem influente.
Ás mulheres da minha vida, a todas agradeço o serem mulheres com M grande. Elas fazem de mim um homem, um homem grande, que mesmo um homem gay, tem sempre por detrás dele grandes mulheres.

quinta-feira, fevereiro 9


Eu adoro cozinhar e sou louco por um bom prato, por isso fiz uma lista de pratos que adoro e vou falar deles, bem como dar as receitas:

Sardinhas assadas

É um dos pratos que em miúdo não gostava, mas que aprendi a gostar com o tempo.

Desde o século XVI que é conhecida a importância da sardinha como se comprova pelo recenseamento de peixes do litoral lusitano realizado por Duarte Nunes do Leão.
“No mesmo mar de Setúbal e no de Sesimbra, sua vizinha, há a mais sardinha e mais saborosa que se pode dar; a qual, além de sustentar o Reino, se leva por mar a outras partes, e por terra ao reino de Castela, para onde sai grande carregação até a corte de Madri.” — Recenseamento de peixes do litoral lusitano, século XVI.

Já em 1855, na exposição Internacional de Paris, as sardinhas de Setúbal alcançam uma menção honrosa, tendo a 15 de Janeiro de 2010 sido o primeiro pescado da União Europeia e da Península Ibérica a obter o rótulo azul com a certificação de sustentabilidade e boa gestão dos recursos piscatórios, MSC ("Marine Stewardship Council").

As sardinhas assadas, fruto de uma forte tradição piscatória, são um dos pratos mais saborosos e simples da cozinha portuguesa, e que é simbolo das festas dos santos populares.
Puxar a brasa à sua sardinha, é uma expressão popular muito utilizada em Portugal, que significa defender os nossos interesses pessoais, e que tem a sua origem na confecção do prato em si. A forma como se coloca as sardinhas com as barrigas para dentro em cima da brasa, numa posição cabeça/rabo, e a forma como se ateia e queima o carvão, assando a sardinha em lume brando, dando a volta na grelha dupla, dando a entender que se puxa a sardinha na nossa direcção.

Ingredientes para 4 pessoas:
1 Kg. Sardinhas
Sal q.b.
Preparação:

Temperam-se as sardinhas com o sal e leva-se a assar. A melhor maneira de as confeccionar é preparando-as de véspera e temperando-as com sal grosso.
Colocam-se num grelhador duplo por cima das brasas, sem chama, assando em lume brando.
Quando estiverem bem douradinhas retiram-se do lume e está pronto a servir.
Normalmente são acompanhadas com pimento assado também na brasa e batata cozida.  Podem também  ser acompanhadas com uma refrescante salada de alface.
Também são saboreadas colocando-se em cima de uma fatia grossa de pão que absorve a sua gordura natural.

Simples e delicioso.

Nas palavras que escrevo, não interpretem como se isto fosse um confessionário. Tenho a perfeita consciência de que erro, e que faço também (ás vezes), maus juízos de valor.
Mas não me lembro, nesta minha existência, de ter dando tanto trabalho a uma caneta. Sim porque eu sou daqueles que ainda escreve tudo em papel, e depois passo para computador.


Não pretendo ser um Camões, um Pessoa, um Torga ou um Saramago (só para falar de alguns, pois o nosso país tem tantos bons escritores, que admiro), nem de longe, nem de perto sou escritor, apenas escrevo, e publico, porque me serve de catarse, e me ensina mais como eu sou, e como vejo o mundo. É mais uma maneira de comunicar com o mundo. É o meu psicanalista barato.

quarta-feira, fevereiro 8


Vivi melhor ano que passou?
Sim vivi, e não me refiro a nível material, esse foi mau. Vivi como sempre vivi, no fio da navalha.
Falo a nível emocional, perdi e ganhei amigos, recuperei outros. Passei a cuidar do meu aspecto, a olhar para o espelho e não me sentir triste.
Vivi noites fantásticas com pessoas que amo. Abracei projectos que duvidava ser capaz de enfrentar. Desafiei e fui desafiado. Cresci, muito...
Não sei o que este ano me vai trazer, não espero que seja fácil, mas sei que estou mais preparado para o enfrentar do que estava há um ano. Aprendi que sou um tipo decente, que a minha missão nesta vida é ajudar, e fazer os outros felizes.
Agradeço aos meus lindos amigos toda a força que me dão, os mimos, os carinhos, tudo o que me ensinaram. São eles que me fazem acordar todas as manhãs com vontade de viver.
Aos que não se deram ao trabalho de me conhecer, ou que ficaram ofendidos e melindrados com a minha franqueza, a minha sinceridade, ainda bem que se foram, não merecem o que de melhor eu sou, e dou.

terça-feira, fevereiro 7


Eu adoro cozinhar e sou louco por um bom prato, por isso fiz uma lista de pratos que adoro e vou falar deles, bem como dar as receitas:

Requeijão com marmelada (ou doce de marmelo)

Tipico da serra da estrela, é uma das minhas sobremesas favoritas. A mistura do doce com o salgado, da fruta com o leite, é simplesmente delicioso e simples
Descascar os marmelos é que dá trabalho. O resto é muito simples:

1 Kg de marmelos descaroçados e descascados
1 Kg menos um pouco(100g a 150g) de açúcar.
1 copo (pequeno) de água.

Juntar os marmelos, o açúcar e a água numa panela grande.
Ligar o fogão, em lume médio.
Deixar levantar fervura e ir mexendo até ficar alaranjada (deve ficar  escura)
Desligar o lume e deixar arrefecer um pouco.
Passar com a varinha mágica e distribuir por tigelas.

Depois é só colocar em cima do requeijão.

Para seres grande, sê inteiro, sê tudo em tudo, coloca tudo quanto és no mínimo que fazes.
Sou simplesmente uma pessoa com algumas ideias, que me tem servido como guia para a minha vida.
A mim metem-me nojo aqueles que acintosamente defendem as liberdades alheias, mas apenas aquelas que servem os seus interesses e/ou as suas ideias.
Vivemos num mundo cada vez mais global, em que o poder do dinheiro não tem pátria, cor, religião, nem maneiras, nem ética, nem pena de ninguém. Tudo trucida, e a todas as atrocidades fecha os olhos.

segunda-feira, fevereiro 6


Eu adoro cozinhar e sou louco por um bom prato, por isso fiz uma lista de pratos que adoro e vou falar deles, bem como dar as receitas:

Frango na Pucara

Foi em Alcobaça que teve origem esta maneira de cozinhar o frango. Trata-se de uma receita moderna, apresentada na década de 1960, mas que se inspirou provavelmente na cozinha da região. Deve ser cozinhado num tacho de barro com tampa existindo em Alcobaça uma púcaras próprias deste prato.


ingredientes:
1 frango com 500 a 600 gr
150 gr de presunto
4 tomates
10 cebolinhas das mais pequenas
125 gr de manteiga
2 colheres de sopa de mostarda
2 dentes de alho esmagados
2 cálices de vinho do Porto
2 cálices de «cognac»
pimenta q.b.
sal q.b.
vinho branco q.b.





Preparação:

Depois do frango convenientemente preparado, põe-se na púcara com todos os temperos.
Vai ao forno tapado com papel de prata até cozer.(cerca de 40 minutos)
De vez em quando vai-se molhando com o molho o frango espetando com um garfo para o molho entrar dentro dele.
Depois destapa-se para alourar.(deixar cerca de 15 minutos).

sexta-feira, fevereiro 3


Eu adoro cozinhar e sou louco por um bom prato, por isso fiz uma lista de pratos que adoro e vou falar deles, bem como dar as receitas:

Começo pelo Bife na Frigideira.
Não sei se é um prato tipico alfacinha, mas é sempre em Lisboa que o encontro. Não consegui descobrir a sua origem. Apenas que o bife com ovo a cavalo vem de França, e que a expressão vem do facto de o ovo em cima do bife, lembrar as selas dos cavalos...

Ingredientes para 4 pessoas
4 tiras de bacon
2 dentes de alho
60 g de Vaqueiro
4 bifes altos da vazia (cerca de 160 g cada)
sal
pimenta preta em grão
0,5 dl de vinho branco
0,5 dl de água
1 folha de louro
1 dl de natas
Preparação
Numa frigideira com o fundo espesso, aloure o bacon com 1 colher de sopa de Vaqueiro até ficar dourado e estaladiço. Retire da frigideira e conserve quente.

Junte mais 30 g de Vaqueiro à gordura que ficou na frigideira, adicione os dentes de alho, descascados e esmagados, e deixe estalar. Introduza os bifes e deixe alourar cerca de 2 minutos de cada lado. Tempere com sal e pimenta, moída na altura, retire os bifes da frigideira e embrulhe-os em folha de alumínio. Reserve.

Escorra a gordura em que fritou os bifes e, sem limpar os resíduos, leve a frigideira ao lume e deixe aquecer. Assim que começar a fumegar junte o vinho branco e a água. Mexa com uma espátula de madeira para dissolver os resíduos deixados pela carne.

Adicione a folha de louro e as natas e deixe engrossar, mexendo sempre com a espátula. Fora do lume, rectifique os temperos e incorpore a restante Vaqueiro no molho. Retire a folha de louro e introduza os bifes.
Sugestão
Acompanhe com arroz branco ou batatas fritas.

Não use caçarolas ou frigideiras anti-aderentes pois estas não formarão os tais resíduos caramelizados indispensáveis para o molho.

quarta-feira, fevereiro 1

Carta aberta de um cidadão alemão, Walter Wuelleenweber, dirigida aos gregos com o titulo : Depois da Alemanha ter tido de salvar os bancos, agora tem de salvar também a Grécia. Os gregos, que primeiros fizeram alquimias com o euro, agora, em vez de fazerem economias, fazem greves


Caros gregos,

Desde 1981 pertencemos à mesma família. Nós, os alemães, contribuímos como ninguém mais para um Fundo comum, com mais de 200 mil milhões de euros, enquanto a Grécia recebeu cerca de 100 mil milhões dessa verba, ou seja a maior parcela per capita de qualquer outro povo da U.E.

Nunca nenhum povo até agora ajudou tanto outro povo e durante tanto tempo.

Vocês são, sinceramente, os amigos mais caros que nós temos. O caso é que não só se enganam a vocês mesmos, como nos enganam a nós.
No essencial, vocês nunca mostraram ser merecedores do nosso Euro.
Desde a sua incorporação como moeda da Grécia, nunca conseguiram, até agora, cumprir os critérios de estabilidade. Dentro da U.E., são o povo que mais gasta em bens de consumo.

Vocês descobriram a democracia, por isso devem saber que se governa através da vontade do povo, que é, no fundo, quem tem a responsabilidade. Não digam, por isso, que só os políticos têm a responsabilidade do desastre. Ninguém vos obrigou a durante anos fugir aos impostos, a opor-se a qualquer política coerente para reduzir os gastos públicos e ninguém vos obrigou a eleger os governantes que têm tido e têm.
Os gregos são quem nos mostrou o caminho da Democracia, da Filosofia e dos primeiros conhecimentos da Economia Nacional. Mas, agora, mostram-nos um caminho errado. E chegaram onde chegaram, não vão mais adiante!!!



Na semana seguinte, o Stern publicou uma carta aberta de um grego, dirigida a Wuelleenweber:


Caro Walter, Chamo-me Georgios Psomás. Sou funcionário público e não "empregado público" como, depreciativamente, como insulto, se referem a nós os meus compatriotas e os teus compatriotas.
O meu salário é de 1.000 euros. Por mês, hem!... não vás pensar que por dia, como te querem fazer crer no teu País. Repara que ganho um número que nem sequer é inferior em 1.000 euros ao teu, que é de vários milhares.

Desde 1981, tens razão, estamos na mesma família. Só que nós vos concedemos, em exclusividade, um montão de privilégios, como serem os principais fornecedores do povo grego de tecnologia, armas, infraestruturas (duas autoestradas e dois aeroportos internacionais),
telecomunicações, produtos de consumo, automóveis, etc.. Se me esqueço de alguma coisa, desculpa. Chamo-te a atenção para o facto de sermos, dentro da U.E., os maiores importadores de produtos de consumo que são fabricados nas fábricas alemãs.

A verdade é que não responsabilizamos apenas os nossos políticos pelo desastre da Grécia. Para ele contribuíram muito algumas grandes empresas alemãs, as que pagaram enormes "comissões" aos nossos políticos para terem contratos, para nos venderem de tudo, e uns
quantos submarinos fora de uso, que postos no mar, continuam tombados de costas para o ar.

Sei que ainda não dás crédito ao que te escrevo. Tem paciência, espera, lê toda a carta, e se não conseguir convencer-te, autorizo-te a que me expulses da Eurozona, esse lugar de VERDADE, de PROSPERIDADE, da JUSTIÇA e do CORRECTO.



Estimado Walter,

Passou mais de meio século desde que a 2ª Guerra Mundial terminou.
QUER DIZER MAIS DE 50 ANOS desde a época em que a Alemanha deveria ter saldado as suas obrigações para com a Grécia.
Estas dívidas, QUE SÓ A ALEMANHA até agora resiste a saldar com a Grécia (Bulgária e Roménia cumpriram, ao pagar as indemnizações estipuladas), e que consistem em:

1. Uma dívida de 80 milhões de marcos alemães por indemnizações, que ficou por pagar da 1ª Guerra Mundial;

2. Dívidas por diferenças de clearing, no período entre-guerras, que ascendem hoje a 593.873.000 dólares EUA.

3. Os empréstimos em obrigações que contraíu o III Reich em nome da Grécia, na ocupação alemã, que ascendem a 3,5 mil milhões de dólares durante todo o período de ocupação.

4. As reparações que deve a Alemanha à Grécia, pelas confiscações, perseguições, execuções e destruições de povoados inteiros, estradas, pontes, linhas férreas, portos, produto do III Reich, e que, segundo o determinado pelos tribunais aliados, ascende a 7,1 mil milhões de
dólares, dos quais a Grécia não viu sequer uma nota.

5. As imensuráveis reparações da Alemanha pela morte de 1.125.960 gregos (38,960 executados, 12 mil mortos como dano colateral, 70 mil mortos em combate, 105 mil mortos em campos de concentração na Alemanha, 600 mil mortos de fome, etc., et.).

6. A tremenda e imensurável ofensa moral provocada ao povo grego e aos ideais humanísticos da cultura grega.

Amigo Walter, sei que não te deve agradar nada o que escrevo. Lamento-o.
Mas mais me magoa o que a Alemanha quer fazer comigo e com os meus compatriotas.

Amigo Walter: na Grécia laboram 130 empresas alemãs, entre as quais se incluem todos os colossos da indústria do teu País, as que têm lucros anuais de 6,5 mil milhões de euros. Muito em breve, se as coisas continuarem assim, não poderei comprar mais produtos alemães porque cada vez tenho menos dinheiro. Eu e os meus compatriotas crescemos sempre com privações, vamos aguentar, não tenhas problema. Podemos viver sem BMW, sem Mercedes, sem Opel, sem Skoda. Deixaremos de comprar produtos do Lidl, do Praktiker, da IKEA.

Mas vocês, Walter, como se vão arranjar com os desempregados que esta situação criará, que por ai os vai obrigar a baixar o seu nível de vida, Perder os seus carros de luxo, as suas férias no estrangeiro, as suas excursões sexuais à Tailândia? Vocês (alemães, suecos, holandeses, e restantes "compatriotas" da Eurozona) pretendem que saíamos da Europa, da Eurozona e não sei mais de onde.
Creio firmemente que devemos fazê-lo, para nos salvarmos de uma União que é um bando de especuladores financeiros, uma equipa em que jogamos se consumirmos os produtos que vocês oferecem: empréstimos, bens industriais, bens de consumo, obras faraónicas, etc.

E, finalmente, Walter, devemos "acertar" um outro ponto importante, já que vocês também disso são devedores da Grécia:

EXIGIMOS QUE NOS DEVOLVAM A CIVILIZAÇÃO QUE NOS ROUBARAM!!!

Queremos de volta à Grécia as imortais obras dos nosos antepassados, que estão guardadas nos museus de Berlim, de Munique, de Paris, de Roma e de Londres.

E EXIJO QUE SEJA AGORA!! Já que posso morrer de fome, quero morrer ao lado das obras dos meus antepassados.

Cordialmente,

Georgios Psomás