Hoje em dia a comunicação social viva há base de muito ruído,
para baralhar. Perdeu-se a vergonha e o pudor, vale tudo!
O mais chocante disto tudo é as pessoas aceitarem este tipo
de situação.
O contraste em se ter tudo e não se ter nada é cada vez mais
aberrante. Enquanto o homem não tiver consciência de que o sofrimento é
universal, não será humanamente capaz.
Num mundo cheio de mentiras dizer a verdade é um acto de
coragem, um acto revolucionário, já dizia George Orwell.
Sou um inconformado, enoja-me a falta de solidariedade. Gente
que só se preocupa com o seu quintalzinho não me interessa.
Se calhar sou ingénuo, mas ainda acredito que existem boas
pessoas. Mas há gente que parece que nasce para sofrer, e alguns parecem que
gostam.
Ainda hoje me enojam as ratazanas de sacristia, é gente
doente que vê tudo como errado, imoral, para elas tudo é pecado.
Realmente só nos salvamos nos actos de amor.
O Português por pior que o tratem, vai sempre tentando
sobreviver sem nunca se vingar. Por isso somos o povo do “o que não mata,
engorda”.
As pessoas não percebem que quantas mais arreigadas são as
suas convicções, mais têm os olhos fechados?
Aquilo que se faz por amor vai para além do bem e do mal.
Os ricos e poderosos não querem saber das dificuldades do
povo, a austeridade para eles é uma necessidade que o pobre deve aguentar o
tempo que for preciso, mesmo que tenha que passar fome ou mesmo morrer, porque
eles não sofrem na pele o mesmo.
Esta gente não tem consciência, pelo menos consciência
humanista. É triste ver a qualidade destes governantes, mas infelizmente são o
reflexo do povo. Eles julgam-se superiores e por isso qualquer vilania que
façam tem justificação.
Eles querem acabar com a democracia, e estão a fazê-lo fazendo
as pessoas acreditar que não é um bom sistema, e que o resultado desta situação
é culpa dela. Como se no Estado Novo não houvesse uma pobreza enorme, um
analfabetismo e uma mortalidade infantil gritantes. E como se não houvesse
corrupção, falta de liberdade, censura, tortura e morte de presos políticos. E
não havia famílias ricas e poderosas que chulavam o povo.
Os ricos fizeram a “crise” para extorquir mais os pobres,
que já andavam a sonhar demasiado alto para o gosto deles.
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