segunda-feira, setembro 29

A escrita.
Quatro mil anos antes de Cristo na Suméria.
Foi assim que começou a história, e muitas histórias.
Não sou escritor, apenas escrevo, memórias, retratos do que vejo, desabafos, alegrias e tristezas.
Na altura tinha mais de 2000 pictogramas, em 3000 AC já eram só 800, os mercadores fenícios simplificaram-no e criaram o alfabeto, os gregos acrescentaram-lhe as vogais e chegou até hoje. A primeira escola foi na Suméria, os sumérios descobriram a maior maravilha da história da humanidade.

Nascemos a cada momento em que estamos num local novo, e conhecemos outro ser, seja humano ou não. São pontes entre nós e o conhecimento, assim é a escrita, é o nosso pensamento em tinta, que fica como uma fotografia, capta um instante.
As palavras são como bombas, deixam estilhaços por todo o lado, mas também podem ser sementes, que germinam com o tempo certo.
Hoje em dia castra-se o pensamento individual, A televisão é o grande veículo para ataviar o pensamento. Para muitos o que se vê na TV é a realidade. E só ela existe.

Uma mente individual assusta, a liberdade de pensar por nós próprios assusta, e não só aos poderes (estado, ricos, igrejas), mas também aos pobres e aos incultos.
Pobres dos que acreditam na palavra de Deus, e não acreditam na bondade do coração dos homens, e nos bons livros.
Hoje está-se mais informado por alguns resistentes cidadãos, que vão utilizando a internet para dar uma isenta visão, (e por vezes verdadeira) do mundo, do que pelos meios de comunicação, propriedade de grupos económicos ou de estados.
Cada vez mais são os estados que controlam a Net, e por vezes a boicotam ou mesmo a proíbem ou eliminam.

Grande é o mar, maior que a terra, menor que a ignorância.
E a ignorância só ajuda quem nos quer controlar.
Queixam-se agora?
E o pior é que confundem a casa com o mundo. Como é que pessoas que matam podem acreditar na eternidade ao lado de Deus?

A liberdade individual tem cada vez sido mais castrada. Hoje em dia dão-se brilhos e lantejoulas em troca de liberdade, iludidos vão sorrindo sem quererem pensar no abismo a que nos conduzem. Eles tiram e dão num jogo em que somos ratos de laboratório. 

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