terça-feira, setembro 30

Existe demasiada gente boa, honesta e cheia de bons valores, a quem as pessoas mostram os dentes e por vezes mordem a sério.
É cruel as pessoas habituarem-se ás lágrimas e á infelicidade.
Exista tanta gente invisível, e outras a quem adulteram a dignidade e a honra.
Anda tudo entorpecido pela televisão e pelas redes sociais, só conhecendo as culturas dos outros podemos construir pontes entre nós e eles.
Vende-se hoje uma ideia de normalidade e realidade, como se fossemos todos iguais, em toda a parte do mundo.

Agora somos likes, vivemos a vida em função do nosso sucesso nas redes sociais, e somos usados pelas companhias para vender tudo. Atenção aos estúpidos, fazem pouco e teem sucesso.
Corremos desenfreados para uma ideia de progresso, que parece que só leva ao empobrecimento da maioria da população mundial. Esta ideia de que votar e manifestar é cada vez mais inútil, é falacioso, leva-nos perigosamente a caminho de uma ditadura.
Esta arrogância contra os instrumentos democráticos como as eleições e a constituição, é uma indisfarçável tentativa de aniquilação da democracia.
O quadro é negro, e o povo parece quase todo adormecido, de papo para o ar a ver ou a ir ao futebol, ou aos festivais de Verão, pão e musica enganam os tolos.
Muitos de nós que nasceram na segunda metade do século passado, sabe o que era viver numa ditadura, onde o ensino era como o papel cavalinho, rijo e difícil de apagar, as viagens para a “província” levavam um dia inteiro, éramos obrigados a ser católicos. A ditadura trazia ao de cima o pior de alguns seres, que ou pertenciam á PIDE ou eram bufos, chamados mansamente de informadores. Muitos ainda ai andam, alguns em altos cargos.

Hoje a Universidade reduz-se a uma tentativa de ascensão politica e económica. E todos falam por chavões. Os Ricos e poderosos vivem afastados das pessoas, e quando se misturam é porque querem tirar algo aos pobres. São eles que impõem as políticas e as ideologias, e detestam o que chamam a moralidadezinha da classe trabalhadora.
Aliás ser honesto é visto como um defeito grave.
Eles vivem em gulags de luxo, e ai produzem as monstruosidades de cadáveres atrás dos pobres.


segunda-feira, setembro 29


A escrita.
Quatro mil anos antes de Cristo na Suméria.
Foi assim que começou a história, e muitas histórias.
Não sou escritor, apenas escrevo, memórias, retratos do que vejo, desabafos, alegrias e tristezas.
Na altura tinha mais de 2000 pictogramas, em 3000 AC já eram só 800, os mercadores fenícios simplificaram-no e criaram o alfabeto, os gregos acrescentaram-lhe as vogais e chegou até hoje. A primeira escola foi na Suméria, os sumérios descobriram a maior maravilha da história da humanidade.

Nascemos a cada momento em que estamos num local novo, e conhecemos outro ser, seja humano ou não. São pontes entre nós e o conhecimento, assim é a escrita, é o nosso pensamento em tinta, que fica como uma fotografia, capta um instante.
As palavras são como bombas, deixam estilhaços por todo o lado, mas também podem ser sementes, que germinam com o tempo certo.
Hoje em dia castra-se o pensamento individual, A televisão é o grande veículo para ataviar o pensamento. Para muitos o que se vê na TV é a realidade. E só ela existe.

Uma mente individual assusta, a liberdade de pensar por nós próprios assusta, e não só aos poderes (estado, ricos, igrejas), mas também aos pobres e aos incultos.
Pobres dos que acreditam na palavra de Deus, e não acreditam na bondade do coração dos homens, e nos bons livros.
Hoje está-se mais informado por alguns resistentes cidadãos, que vão utilizando a internet para dar uma isenta visão, (e por vezes verdadeira) do mundo, do que pelos meios de comunicação, propriedade de grupos económicos ou de estados.
Cada vez mais são os estados que controlam a Net, e por vezes a boicotam ou mesmo a proíbem ou eliminam.

Grande é o mar, maior que a terra, menor que a ignorância.
E a ignorância só ajuda quem nos quer controlar.
Queixam-se agora?
E o pior é que confundem a casa com o mundo. Como é que pessoas que matam podem acreditar na eternidade ao lado de Deus?

A liberdade individual tem cada vez sido mais castrada. Hoje em dia dão-se brilhos e lantejoulas em troca de liberdade, iludidos vão sorrindo sem quererem pensar no abismo a que nos conduzem. Eles tiram e dão num jogo em que somos ratos de laboratório. 

quarta-feira, setembro 17

A nova face de Moscovo - Toda A Verdade

Não foi o destino que me deu os amigos, foram encontros em que lhes ofereci o que de melhor eu tinha no coração, e que foi aceite e retribuído por eles.
Foram escolhas minhas e deles.
Se abraço os meus amigos é porque eles são-me muitos queridos para mim, e é a minha forma de lhes demonstrar o quanto o são.
São meus amigos e eu sou deles por escolha, minha e deles, porque vimos em nós afinidades e houve empatia.
Já disse e repito, não vejo a amizade como um part-time ou é a sério ou então não vale a pena.

A amizade é a forma mais pura de amor, porque não existem laços de sangue, atracção física ou sexual, ou outro interesse que não seja que aquela pessoa nos faz sentir bem, que com ela podemos ser nós, sem medos, sem culpas, sem barreiras.
Pois requer sacrifícios e abnegação. E o grande erro é que as pessoas não estão disposta ao sacrifício.

A vida não é um longo caminho de facilidades, mas infelizmente existem pessoas para quem a vida é mesmo isso… 

terça-feira, setembro 16





Hoje em dia a comunicação social viva há base de muito ruído, para baralhar. Perdeu-se a vergonha e o pudor, vale tudo!
O mais chocante disto tudo é as pessoas aceitarem este tipo de situação.
O contraste em se ter tudo e não se ter nada é cada vez mais aberrante. Enquanto o homem não tiver consciência de que o sofrimento é universal, não será humanamente capaz.

Num mundo cheio de mentiras dizer a verdade é um acto de coragem, um acto revolucionário, já dizia George Orwell.
Sou um inconformado, enoja-me a falta de solidariedade. Gente que só se preocupa com o seu quintalzinho não me interessa.
Se calhar sou ingénuo, mas ainda acredito que existem boas pessoas. Mas há gente que parece que nasce para sofrer, e alguns parecem que gostam.
Ainda hoje me enojam as ratazanas de sacristia, é gente doente que vê tudo como errado, imoral, para elas tudo é pecado.
Realmente só nos salvamos nos actos de amor.

O Português por pior que o tratem, vai sempre tentando sobreviver sem nunca se vingar. Por isso somos o povo do “o que não mata, engorda”.
As pessoas não percebem que quantas mais arreigadas são as suas convicções, mais têm os olhos fechados?
Aquilo que se faz por amor vai para além do bem e do mal.
Os ricos e poderosos não querem saber das dificuldades do povo, a austeridade para eles é uma necessidade que o pobre deve aguentar o tempo que for preciso, mesmo que tenha que passar fome ou mesmo morrer, porque eles não sofrem na pele o mesmo.
Esta gente não tem consciência, pelo menos consciência humanista. É triste ver a qualidade destes governantes, mas infelizmente são o reflexo do povo. Eles julgam-se superiores e por isso qualquer vilania que façam tem justificação.
Eles querem acabar com a democracia, e estão a fazê-lo fazendo as pessoas acreditar que não é um bom sistema, e que o resultado desta situação é culpa dela. Como se no Estado Novo não houvesse uma pobreza enorme, um analfabetismo e uma mortalidade infantil gritantes. E como se não houvesse corrupção, falta de liberdade, censura, tortura e morte de presos políticos. E não havia famílias ricas e poderosas que chulavam o povo.


Os ricos fizeram a “crise” para extorquir mais os pobres, que já andavam a sonhar demasiado alto para o gosto deles. 

domingo, setembro 14


Miguel Relvas voltou como empresário, e tem uma empresa de consultadoria onde ganha milhões em comissões, cujos valores são secretos, e mais do que certo, sem pagar impostos.
Entretanto já se sabe a fórmula do governo para acabar “as gorduras do estado”, criar um imposto sobre as gorduras dos alimentos que comemos.
Um politico que diz que o país está bem, mas os seus cidadãos é que estão mal, faz pensar o que realmente defende um estado que acho que isto é um caminho válido. Defende a economia e não defende os seus cidadãos.
Como chegámos a este estado de coisas?
Querem que vos dê a minha versão da coisa?
Aqui vai:

Primeiro porque os cidadãos, o povo que é a maioria, não agiu em prol do bem comum, de todos. Na sua egoísta visão tacanha de defender o seu pedaço, cagou-se no bem colectivo, da sociedade.
Estamos a assistir á maior transferência de bens da historia da humanidade.
A democracia foi vendida ás corporações, o maior assalto alguma vez feito a nível mundial, desregulou-se a banca e a finança, o que deu asas para a especulação. Isto provocou uma febre de aumentar lucros.
As grandes empresas compram governos.
Os principais mentores desta politica forma Tactcher e Reagan, seguidos em Portugal por Cavaco Silva e Durão Barroso (percebem agora porque foi para a União Europeia). Foram criados grupos de pressão para manobrar os governos e políticos da oposição, bem como sindicatos, associações profissionais e até ong’s, ao ponto de se infiltrarem nelas.
Controlando o governo baixaram-se impostos sobre o capital (as mais-valias, rendimentos, lucros e propriedades), enfraqueceram-se os sindicatos, e gastaram-se milhões de euros a fazer passar leis e noticias na comunicação social, para viciar o jogo e enfraquecer qualquer resistência. O número de trabalhadores sindicalizados diminuiu drasticamente, o ser sindicalizado é mal visto pelas empresas, e pesa no CV.
Segue-se a imprensa, comprou-se jornais, formaram-se canais de TV, e temos uma “imprensa livre e isenta”.

Os anos 80 foram o gatilho.
As empresas financiam os partidos, e cobram esses actos de bondade para com a democracia, os ricos deixaram de precisar dos governos e passaram a ser eles a governar.
O mercado livre foi vendido em doses maciças como o bem para a humanidade.
Pura mentira e engano. Isto só permitiu ás empresas ir explorar os trabalhadores mais fracos em qualquer parte do mundo.
Entretanto criaram cada vez mais impostos para a classe média e aliviou-se os das classes ricas. Chegou-se ao ponto da percentagem de impostos pagos pelos ricos ser muitas vezes mais inferior aos dos pobres.
A lei está cheia de lacunas que permitem a fuga aos impostos, actualmente as empresas apenas pagam 13% dos impostos que deviam pagar, o resto pagamos nós…
Aliás eles até recebem “incentivos empresariais” pagos pelos nossos impostos.

Hoje a comunicação social é controlada ora pelo estado, ora pelos grupos económicos. As notícias são vítimas de censura, o que se lê e vê é quase totalmente manipulado, e especialmente pela direita conservadora. A comunicação social está nas mãos de poucos e o objectivo é claro, manipular o povinho, a opinião pública ou distrair do que é essencial e necessário. São inundados de lixo e futebol.
O jornalismo de investigação quase que desapareceu (o honesto e isento), não existe debate sério, nem perguntas incómodas, veja-se as entrevistas a políticos.
Somos peões que só servimos para ser explorados. As empresas “deslocam-se” para onde podem ter mão-de-obra mais barata e manipulável, e usa-se isso contra a população dos países. Os salários mantêm-se baixos nos países de origem, as receitas dos impostos e da segurança social descem, e a produção e a rentabilidade dos trabalhadores sobe, tornando os patrões mais ricos e os trabalhadores e o estado mais pobre. Isto chegou ao ponto do primeiro-ministro dizer que os salários altos são o que provoca o desemprego.

O patriotismo da classe financeira e dos ricos desapareceu, agora é o “comércio livre” ou seja não ter de proteger os interesses da nação.
Bill Gates e quejandos inventarem e desenvolveram os computadores para explorar mais as pessoas, tornando o trabalho nas empresas mais barato, permitindo-o ser feito por Web e em qualquer parte do mundo.
A falta de qualificações é outra mentira pegada. Mais uma forma de importar mão-de-obra barata, por isso hoje as pessoas com bons CV não conseguem arranjar emprego.
Agora os alvos são os reformados, a terceira idade e os doentes.
Nos anos 50 os bancos davam juros a quem investisse em poupanças, que era incentivada, e quem investia sabia que era seguro. Hoje paga-se para ter dinheiro nos bancos, que o gere em fundos tóxicos sem nosso conhecimento ou autorização, a segurança social absorve as nossas contribuições sem nos dar troco, os impostos servem para salvar bancos e outras instituições financeiras.
As bolsas são casinos do nosso dinheiro, mas não somos nós que jogamos, a especulação cresce com a desregulamentação do mercado financeiro. E pagam-se fortunas a pessoas para fazerem isto. Quando a coisa corre mal começa-se por salvar os bancos responsáveis, e não os que morrem de fome.

Agora querem-nos fazer crer que a segurança social, a assistência médica, a justiça e tudo o que são conquistas sociais, estão a prejudicar a economia e a empobrecer o país. Outra grande e escandalosa mentira.
O dinheiro da segurança social vem das contribuições que os trabalhadores fazem para o fundo, obrigatoriamente, não vem da economia e muito menos dos impostos, nem sequer é propriedade do estado, embora seja ele o seu gestor.
Ninguém é verdadeiramente penalizado, e por isso eles são como carros desgovernados, que passam sinais vermelhos, entram em sentidos contrários, estacionam em lugares proibidos, andam sempre em excesso de velocidade, alcoolizados e drogados, e fazem tudo isto porque não têm medo. Nunca são responsabilizados, podem destruir tudo e mesmo tirara vidas que não são chamados nem sequer a tribunal.
E isto também se deve ao bipartidarismo existente que facilita tudo isto. As pessoas nas mesas de voto só vêm os mesmos dois partidos.

Os salários dos agora chamados CEOs é 185 vezes mais alto que o do trabalhador comum.
Estamos a ser vítimas de uma conspiração global feita a lume brando, o jogo está viciado pois quem joga dentro das regras e da lei está condenado á pobreza. Obrigam as pessoas a recorrer ao crédito para enriquecerem mais.
Esta é a terceira guerra mundial, já está a acontecer, o nosso maior medo não é a Rússia de Putin, nem o Irão, nem a Coreia do Norte, nem os talibãs, são os grandes grupos económicos. Eles dizem-nos “estás a afogar-te, então nada ou então afoga-te mas longe, estás por tua conta”.

Existem dois tipos de poder, o do dinheiro e o do povo, e é tudo uma questão de números.
Mas o poder do dinheiro está a vencer, e se queremos lutar temos de saber que não vai ser fácil, eles estão a ripostar.
Não fomos nós os que trabalham, que fizemos a crise, foram eles com a ajuda dos nossos governos, especialmente os de direita. A democracia está a morrer aos bocados, já ninguém sabe o que foi o 25 de Abril, o Primeiro de Maio, O Primeiro de Dezembro, o Cinco de Outubro. Dois destes feriados até já forma abolidos, para que se perca a memória.

Eles não vão cuidar de nós, eles estão a cuidar deles, se não nos unir-mos vamos falecer como diz o outro…

sexta-feira, setembro 12

Estou triste, muito triste.
Triste porque cheguei a esta idade e comecei a ter nojo da maioria das pessoas.
Mesmo nojo, asco, o que ia contra todas as minhas crenças. Claro que sempre soube que as pessoas não são boas por natureza, que a bondade é uma coisa que se ensina e se ensina praticando-a com os outros.
Nunca me julguei mais do que os outros, e tive tantas, mas tantas pessoas que me disseram ao longo da vida o contrário, mas eu não acreditava, pois a começar pela minha própria mãe, toda a minha família, e até o meu ex com quem tive uma relação de 17 anos, me faziam a “bondade” de me o lembrar constantemente.
Sou sempre estúpido e responsável pelo mal que me fazem….

Mas eu detesto a aldrabice e o oportunismo, e nunca gostei de ser manobrado, por isso sempre fui preterido e olhado com desconfiança pelos que não entendem.
Nunca fui de virar a cara, sempre fui mais de bater-me pelos meus ideais, nunca me habituei a ver o sofrimento e a miséria dos outros, e também nunca esperei que se preocupassem com o meu sofrimento, pois poucos o sabem fazer. Por isso sou visto como um desequilibrado.
Aceitar tudo, sem questionar, atavia-nos, limita-nos.

Os poderosos não gostam do humor, nem da cultura popular, alias nem de cultura, pois elas educam o povo, e o povo deve manter-se estúpido para não pensar, manter-se dócil e submisso.
Hoje crê-se que a liberdade e a democracia é poder dizer-se o que “se quer”, é comprar e escolher férias, casas, carros, roupas e telemóveis, ir ás compras nas grandes superfícies, ver lixo nas televisões e nas revistas, convidar artistas estrangeiros, ver filmes enlatados, e o diabo a quatro.
Falta educação e responsabilidade, carácter e humanidade.
É verdade que tive a sorte e a coragem de ter aceite, na minha vida, pessoas que me ensinaram a amar, a gostar de ser português, pois a humildade já a tinha.

Claro que sou crítico, mas critico sem ser destrutivo, a critica pode e deve servir para ajudar a melhorar.
Se calhar por isso abomino tudo o que é medíocre. Não gosto de pessoas que tratam mal os outros, ou os desrespeitem e humilhem sem razão. Aprendi que devemos sempre lutar pela justiça e pela igualdade, defender os fracos e oprimidos, que a liberdade é um bem maior, e a vida sagrada, seja a humana, a animal ou a da natureza.
Sou uma pessoa muito acessível, mas sou selectivo nas pessoas que escolho para habitar o meu coração

Às vezes parece que o sofrimento a que me tem sujeitado ao longo da minha vida, me estava reservado, e que o tenho de aceitar, para me dar armas para ajudar os outros. Mas sei que isso é mentira, e pode parecer ridículo que assim pense, mas eu tenho que me defender da loucura.

Não quero acreditar nisso, pois não há qualquer justiça no sofrimento.

quarta-feira, setembro 10

“ Rússia homofóbica, habituem-se a isso”
Palavras da associação de Pais da Rússia que protege os valores tradicionais da família russa, lutam contra a corrupção das crianças, e pela pureza do mundo.

Alguns homens deslocam-se a um festival de cinema LGBT em Moscovo. Entregam saquinhos com sabonetes e um cartão dizendo “matem-se e limpem a terra das vossas fraquezas”. Comentam entre eles: “eles adoram sadomasoquismo, é isso que vamos dar-lhes”, “vamos pô-los fora da Rússia para que eles vivam as suas vidas desgraçadas por eles próprios”, “os gays acabam todos por se atirar dos prédios, ou a ser mortos pelos seus amantes”, “eles tem uma grande taxa de suicídios por serem mentalmente instáveis”.
Duas raparigas não aceitam, desconfiadas, e os homens começam a gritar-lhes que lhe oferecem uma terapia heterossexual, para as curar.
“Deviam todos ser queimados, os homossexuais são insectos indignos de viver com pessoas morais”.
A polícia recebe uma denúncia anónima de bomba no edifício, e o festival é interrompido e cancelado.

“ Eles são oficialmente doentes, eles devem ser perseguidos por leis criminais, é menos um problema para a Rússia”.
São organizados “safaris”, caças em grupo, que levam a espancamentos e mortes, os gays são expostos em vídeos na net, ninguém é apanhado, julgado ou condenado.
A igreja ortodoxa considera o casamento gay como o princípio do apocalipse.
O líder da igreja diz: “algo não está bem na cabeça deles, as paradas gays, os clubes, as publicações deles servem para plantar na cabeça dos jovens que isto é normal. Os assassinos, os violadores, os pedófilos, os ladrões são diferentes, então não lhes devemos dar a liberdade para eles fazerem isso”.
“Quando os gays forem permitidos haverá um aumento de pedofilia, permitir o aumento do mal traz mais pedófilos, gays e pessoas como eles estão basicamente a servir o diabo”.
Tudo isto com uma mulher ao lado calada e submissa.

São difundidas imagens de gays a serem obrigados a violarem-se com garrafas.
Usam a internet como armadilha.
Uma mulher diz que já apanhou 30 pedófilos e que 25 eram gays: “os gays não tem nada a ver com isto, mas os gays põem-se a jeito”.
Outra jóia da mulher: “tentamos ser calmos nestas situações (caçar gays), mas no fim a gente quer é matá-los”.
Apanhado um gay é espancado e ameaçado enquanto são proibidas as câmaras de filmar a cena. A criatura dita mulher pergunta-lhe “Quando decidistes tomar no cu” e “vocês gostam de farejar como os cães”.

Todas as manifestações na Rússia são proibidas, excepto as que defendem as politicas do Kremlin e da igreja ortodoxa, inclusive pessoas são filmadas a dar tiros a gays.
50% dos russos não vêem mal nisto…
O estado russo fomenta este tipo de atitudes para desviar a atenção da precária situação económica e politica.

Comentário final de um caça-gays: “ eles estão sempre a sorrir nas manifestações, isto não é normal”.

segunda-feira, setembro 8

Entendo este medo que o poder actual tem, em que os jovens saibam o que foi a ditadura de Salazar/Caetano, e o papel dos estudantes na luta contra o Estado Novo.
Eles querem voltar ao tempo da ditadura…

Não lhes interessa que os jovens se interessem por politica, mais vale eles andarem entretidos com festivais de verão e meets, com o futebol e a droga e o álcool.
Não querem que eles tenham ideias novas e sangue na guelra.
Não lhes interessa que saibam que estão a ser controlados, como no tempo da PIDE, que prendia, matava e torturava todos os que se atreviam a pensar livremente e fora das suas ideias, que lutavam pela liberdade e igualdade.
Não lhes interessa que saibam que existia censura, um só canal de televisão que só emitia o “que ao povo deva interessar”, e que hoje é inundado de futebol, reality shows, concursos de talentos e novelas.
Não lhes interessa acabar com o mito de Salazar, o honesto e simples homem que deixou os cofres cheios de ouro, mas que esse ouro era nazi com a suástica, roubado aos países que invadiram, aos judeus e outros que mataram, torturaram e enviaram para campos de concentração ou de extermínio. E que Salazar era amigo e admirador de Franco, Mussolini e Hitler. E que esse ouro foi torrado nas guerras coloniais, com mortos, estropiados e com stress traumático para toda a vida (meu pai foi uma dessas vitimas).
Não lhes interessa que saibam que a ditadura durou 48 anos porque havia bufos, delatores, colaboradores, gente satisfeita com o regime, na sua esmagadora maioria de direita e a igreja católica, e que estão agora no poder, a manipular.
Não lhes interessa que saibam que era tudo pacóvio e ridículo, podre e corrupto, como agora, que a educação era só para os ricos (como agora), a saúde era para os ricos (como agora), a justiça ou injustiça era sempre a favor dos ricos (como agora), que os pobres só viviam para trabalhar (malvados nós que quisemos um estado social e arruinámos a economia mundial), que não havia segurança social (que querem privatizar), nem serviço nacional de saúde (que estão a destruir para os privados), nem subsídios (que já tiraram aos funcionários públicos e pensionistas), nem feriados ou fins-de-semana (que andam a cortar), sem sindicatos (que eles continuam a menosprezar e a denegrir com o intuito de acabar com eles), nem protecção no trabalho (que eles querem acabar para seguir o maravilhoso modelo que é a China), nem salário mínimo (que eles dizem que tem de diminuir pois ganhamos demasiado, e assim Portugal não é competitivo).

Não lhes interessa que era preciso ter licença de isqueiro (que só se podia utilizar debaixo de telha!), que a coca-cola era proibida, que não podia haver “ajuntamentos” de mais de 3 pessoas na rua, que as mulheres não podiam chorar ao ver os seus entes queridos partir para as guerras em África, etc, etc.
Para que tudo continue na mesma: Futebol, Fado e Fátima.
O futebol continua a ser o ópio do povo, o fado continua a ser trabalha, sê pobre e triste, abusa do fraco e do pobre, aguenta, e Fátima continua a enriquecer com a esmola do pobre, e a ajudar os poderosos a enriquecer e a controlar os pobrezinhos.


Viva Portugal!

sexta-feira, setembro 5

Acho piada aquelas pessoas que dizem conhecer os outros, como se as pessoas não mudassem com o tempo, ou não fossem dissimuladas e imprevisíveis.
Ás vezes a solidão faz mais companhia que um bando de pessoas.
E saber mentir ajuda muito, pena que eu não o saiba fazer…
As mentes pequeninas assustam-me porque são limitadas, e geralmente são acompanhadas pela arrogância dos que não são humildes.

Que diria do Banco do Vaticano Jesus Cristo se viesse agora á terra?
Não é justo nem humano pisarmos os outros para nosso proveito, nem cometer injustiças para nosso conforto. Nem todos podem ser ricos, bem sucedidos e famosos, mas todos podemos ser bons e justos.
O homem bom e honesto exige tudo de si, o mau exige tudo dos outros.
E há criaturas que acham que podem praticar todo o tipo de violências sobre os outros, que apelidam de fracos e inferiores, seja a perda da liberdade, condená-los á fome, mandá-los matar ou morrer.

A maioria das pessoas não aprende a crescer com as dores.
Eu por mim aprendi que a única pessoa que fica conosco a vida toda somos nós próprios, por isso temos de ser indulgentes conosco.
Posso perdoar aos outros, mas não sou obrigado a estar com quem me incomoda, mas comigo tenho de estar sempre.
Hoje vive-se superficialmente, tudo o que é gratificação imediata e que não dê trabalho vende.
Há gente que só critica e nada faz para mudar algo, a maioria anda desesperadamente a tentar sobreviver.
Um povo que não trata bem da sua cultura, do seu património, que não tem orgulho de si, é um povo á deriva, que não gosta de si próprio, e isto leva gerações a reparar…
Eu por mim adoro o meu Portugal, a minha cultura, o meu povo com defeitos incluídos, a beleza natural dos portugueses e do património natural e construído. Não me via nascer noutro local a não ser não ser na minha linda Lisboa, que tem o Tejo como seu eterno noivo.

Mas se não se ensina a nossa cultura, única no mundo, a nossa história rica de 9 séculos como nação, como podem elas ter orgulho nela?

quinta-feira, setembro 4

Não me sinto grande porque penso que não sou melhor do que os outros.
E também não preciso de aplausos, só os da minha consciência. E viver com dignidade.

Todas as pessoas que passam na nossa vida deixam algo, bom ou mau. Todo o homem morre um bocadinho quando lhe tiram os sonhos.
As riquezas da minha vida não foram o acumular de bens, mas o acumular do bem, o que interessa os bens que adquiri ou que poderia adquirir, comparados com o que ajudei a crescer?
A riqueza está em tudo o que dás, no que aprendestes e depois ensinastes. Está na integridade moral, na capacidade moral, na capacidade de amar, na coragem contra o medo e o mal.
Não importa conhecer muita gente, mas quem se lembrará de nós quando morrer-mos?
Para mim ser feliz é tocar humanamente nos outros, ajudá-los a serem melhores.

Acho que tenho sobrevivido devido á minha grande capacidade de sacrifício, compreensão, amor e sobretudo coragem.
Se somos todos iguais porque há tanta gente a seguir caminhos errados? Se há tanta coisa que pode unir os homens, porque insistem em se guerrearem?
Bem aventurados os que se dedicam a amar os outros sem esperar nada em troca. Deus nunca esteve tão longe dos homens, se é que alguma vez perto.

Estes governantes não sabem o que é um pobre. Como podem os ricos comer e rir á custa da pobreza alheia? E esta pobreza generalizada é vil, porque é pensada e premeditada.

No dia em que o povo, os pobres, tiverem a certeza de que os ricos e poderosos não querem saber deles para nada, a não ser explorar o sangue e o suor do seu rosto, talvez tomem verdadeiramente o poder nas suas mãos.

terça-feira, setembro 2

A natureza deu-me uma alma cheia e um corpo imperfeito, e é com isto que eu tento fazer o melhor que sei.
No fim sou um corpo de espinhos a quem alguns fizeram o favor de amar.
Eu no fim só tento ser digno daqueles que me amam, dos que me amaram, e especialmente dos que confiaram em mim.

Quem não sonha ou sonha pouco, não tem grandes amores. Sinceramente não sei sonhar e talvez por isso não esteja destinado a viver um grande amor.
Sei que estive 17 anos com o meu ex, mas não acabei feliz.
Mas devemos sempre esforçarmo-nos pelas pessoas que amamos, e não devemos fazê-lo por nós, mas por eles.
Um amor só é nosso quando o merecemos…

O homem é o pior inimigo da espécie humana, o seu maior carrasco, e é ele que vai ser o seu coveiro.
Uma guerra mundial já começou, mas sem armas bélicas, esta guerra não é entre países mas entre corporações, entre poucos que tem uma sede de poder ilimitado, sem escrúpulos e que não olham a meios para obter aquilo que pretendem, e até vendem as mães e os filhos a fim de obter os seus intuitos.

Eu por mim quando os caminhos do amor me chamarem eu vou, mesmo que isso me traga desilusões e amargura, mas o amor vale sempre a pena, mesmo que por instantes, e desistir dele é morrer.
E eu tenho ganas de viver nestes tempos bárbaros, estes em que não se tem misericórdia dos que morrem de frio e fome, em que se torna a escravatura numa prática aceitável, em que o feudalismo voltou disfarçado de liberalismo.
Os ricos divertem-se com a pobreza dos outros.

Já fintei a morte por algumas vezes, até a de morrer á fome, mas cá me vou aguentando nesta dureza com que a vida me castiga! 

segunda-feira, setembro 1

Muitos pensarão porque amo tanto os meus amigos, e porque o expresso de forma despudorada.
Qualquer amizade vive de altos e baixos, de alegrias e decepções, mas uma amizade vive-se sempre com amor. E ao viver muitos anos com as pessoas que amamos, sabemos que elas nos retribuem esse amor com iguais doses. Conhece-se o lado bom e o menos bom, e estamos com eles nos bons e nos maus momentos, e isso é uma riqueza que não tem comparação, e enriquece quem a partilha.
E isto é uma coisa que faz confusão a muito boa cabeça, e depois admiram-se que não são felizes, e que os outros não prestam, e que ninguém lhes liga nem os ajuda quando precisam, ou seja que não tem amigos.

Se não se derem por inteiro, como podem esperar o mesmo dos outros? E o mal é esquecerem-se valores que deviam estar sempre presentes na nossa vida.
E o nosso valor é definido pelo que fazes, não só o que pensas.
Uma das coisas que aprendi na vida foi a de não ter medo de ser diferente, também devido á minha orientação sexual, mas especialmente por a minha família sempre mo lembrar desde que me lembro de raciocinar.
Se me arrependo de algumas escolhas? Sim, claro, não tenho poderes de adivinhação, mas não me arrependo de ter tentado, pois os meus amigos são o motivo da minha alegria e da minha vaidade.

Não sei o que o futuro me vai trazer, mas parece-me que não vai ser muito brilhante.
Mas sei que o capital que construi e que são os meus amigos, diz aquilo que sou.
O legado que quero deixar é que os meus amigos se recordem de mim quando morrer, de uma forma agradável.
Tenho os melhores amigos do mundo porque são eles que me fazem sentir bem comigo próprio, renovam sempre o milagre, a minha fé no ser humano, são eles os meus cúmplices e que fazem a minha vida ter sentido.
Agradeço-lhes por serem como são, pela sua coragem, a sua força moral, pelo valor positivo na minha e na vida dos outros.

E tudo o que fiz na minha vida foi com amor!