Parente as religiões, desde a católica á islâmica, passando
pela judaica e testemunhas de Jeová, a minha orientação e comportamento sexual é
pecado, e dos grandes.
A hipocrisia das igrejas rebenta várias escalas, segue o que
prego não o que faço.
Esta nova postura de “aceitação” dos homossexuais na igreja
católica, é então do mais ignóbil que existe. Podes ser gay desde que não
tenhas sexo, ou seja sê gay mas casto, que é a mesma moral retrógrada que
exigem ás mulheres e aos padres.
Lembra-me bem de ser obrigado pela minha mãe a ir
confessar-me ao padre João, padre que também me baptizou, na Igreja dos Anjos.
Não sei se já sabia que eu era gay, nunca fui “efeminado”,
mas se tinha como propósito uma tentativa de cura enganaram-se, nunca disse ao
padre que sentia atracão sexual por homens (pois nunca me interessaram os
meninos). Além disso o padre era um homem desinteressante, e nunca me
interessou o que tinha debaixo da batina.
Também eu condeno algumas práticas sexuais, perafilias como
a pedofilia, mas porque são contra-natura, ou seja agridem e aproveitam-se da
fragilidade e atentam contra a integridade física e mental de outras pessoas.
Também já me tentaram violar em miúdo, mas como nunca fui
pequeno (com 14 anos já tinha 1,70m), sempre me defendi dos que queriam
forçar-me a fazer algo que não estava disposto a fazer.
Como nunca tive defesa por parte da minha família, bem pelo contrario,
quando assumi a minha homossexualidade fui logo expulso de casa, e trataram
logo de comunicar ao resto da família que tinham extirpado o cancro, cedo
aprendi a defender-me, bem ou mal, sempre fui dono do meu corpo, e não tenho
receio nenhum em parar algo que não me agrade.
E não me agradava ir á igreja e ouvir que os homossexuais, como
eu, era o diabo em pessoa e que não pertencia ao “rebanho do senhor”. Nunca fui
ovelha, nem fui muito de seguir as manadas.
E libertei-me.
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