segunda-feira, outubro 21

É o amor uma escravidão consentida? E o sexo?
Pode ser…
Tanto no amor como no sexo ficamos mais expostos, mais fragilizados, porque é de sentimentos que se trata, as emoções ficam á flor da pele.
Somos dependentes do amor, o ser humano nasceu para ser amado.
Mas até que ponto se torna uma adição?

Ter medo de estar só não é um defeito, somos animais sociais, por isso adoramos os cães e eles nos adoram, mas estar com alguém só para não estar só, será viável a médio prazo?
Eu próprio necessito de amar, mas sei que há limites no meu amor, como no dos outros.
Quero ser amado sem reservas, e por isso me apresento cru e sem barreiras.

Já a dependência do sexo não me parece tão natural.
Gosto de sexo, alias gosto MUITO de sexo, não é segredo, nem faço de conta que não.
Mas o sexo não é um fim, nem sinónimo de felicidade, é um meio de amarmos os outros e a nós próprios.
O sexo é um prazer, tal como o amor, mas tudo o que nos “aprisiona” não é bom, torna-se uma droga, um vício, tolda-nos a razão, e se há uma coisa que gosto é de ser dono da minha.
Aviso desde já que não trocava uma amizade por uma boa queca, ou um amor idílico.
Amo mais os meus amigos que outra coisa na vida, incluindo eu próprio. Nunca fumei, nunca me embebedo, nem nunca experimentei drogas, exactamente porque gosto de estar em controlo das minhas faculdades. Gosto de saber o que faço e lembrar-me das coisas boas que fiz e que me fizeram.
Para quem já perdeu lembranças por causa de uma doença dá mais valor a elas, aliás mais valor á vida.

Sei que é preciso coragem para resistir a tantas tentações. Já resisti a tanto.

Não é um corpinho danone e uma carinha laroca que me fazem ficar tonto, quanto mais fazer tolices. Tenho consciência das minhas limitações, tanto físicas como intelectuais, e por isso sei lidar, mais ou menos, com elas.

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