sexta-feira, outubro 4

Detesto o puritanismo.
Nunca fui moralista, e muito menos puritano.
Acho que uma vida sexual plena torna um homem mais feliz e realizado.

Quando descobri a minha sexualidade, há uns bons 35 anos, a igreja católica tinha muito mais poder que hoje, e como sabemos a posição da igreja em relação á homossexualidade, era considerado impuro, nojento, perverso, adorador do diabo e coisas semelhantes.
Muitos já sabiam dos padres pedófilos, mas todos calavam a bem da Santa Madre Igreja.
Sendo a minha família ultra-católica (excepto o meu pai que era comunista), fui educado com a cartilha, e vivi a hipocrisia de uma igreja que dizia para amar e perdoar os outros como irmãos, e que me desejava queimar na fogueira por amar outros homens.
Claro que isso fez-me afastar, para grande histerismo da minha família (especialmente a minha mãe, pois os abusos que ela fazia aos filhos não eram pecado…).

Depois como sempre fui muito observador, devido á minha timidez e ao castramento a que era sujeito, cedo percebi os “podres” das famílias e a teia de moralismo hipócrita.
No fim o medo de arriscar, de explorar, de se aventurarem, o de se sentirem fragilizados, é o que impede esta gente de viver uma sexualidade plena.

Os medos atrasam-nos, agrilhotinam-nos, e viver é por vezes arriscar.

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