quinta-feira, julho 22

A minha revolta é contra os anos que perdi, pelo meu quinhão perdido de sol e vento. 
Por aquilo que não vi, por aquilo que não senti, pelos passeios que não dei, por aqueles que não amei.
Transformei-me numa pessoa desconhecida, até de mim próprio.


E tenho a sensação de não pertencer aqui, nem á minha vida.
Parece que sou a única pessoa que devo alguma coisa a alguém.
As coisas que faço são consideradas erradas ou são pecado, por isso, o que querem que faça?
A vida corre melhor ao sol...


A minha vida é como ter sexo com alguém que se odeia.
Esvaziamos o espírito, fingimos que estamos noutro sitio, tentamos esquecer o nosso corpo, detestamos-nos. Estamos sempre a fingir que estamos noutro sitio, ou sonhamos com isso.


Nenhum de nós pode evitar ser contaminado com os males do mundo, mas tudo depende da atitude que temos parente eles.
A maioria das relações pessoais não é igual nas coisas boas e nas más.
Uma palavra, tal como uma oportunidade perdida, não pode ser retirada depois de dita.


Não pode existir uma verdadeira democracia sem a liberdade de imaginar, e o meu mundo será para mim sempre um mundo portátil.
A luta contra a tirania não é uma luta politica, mas existencial. 

1 comentário:

Anónimo disse...

Ninguém pode, nem deve, carregar às costas todos os males e sofrimentos do mundo.

Sobreviver a uma vida no mundo real, cheio de violência e injustiça, exige separação e distanciação de muitos desses aspectos, mesmo para se poder dar uma contribuição positiva para alguns deles.

E sobre o passado, não vale a pena chorar o perdido, mais vale recordar (sem saudade) o que houve de bom.

O que vale a pena é construir o futuro.