terça-feira, fevereiro 12


Não sei se sou bom conselheiro.
Acho que sei pouco, perdoem-me a ignorância. Tento sempre ser imparcial (embora ainda não consiga saber como se é imparcial com os amigos), e justo.
Tento sempre ser leal, sereno e lúcido (o que por vezes é difícil, pois vocês dificultam-me a vida).

Sei que tenho fraquezas, algumas incongruências, fragilidades e sou por vezes polémico.
Mas não sou desconfiado (quer dizer sou q.b.), não sinto desprezo (só pelos que desprezam), inveja ou rancor.
Vaidoso também não sou (mas devia ser).
Por isso choca-me que tantos tenham o privilégio da beleza, e da inteligência, e o desbaratem em coisas mundanas e banais, em egos insuflados e personalidades execráveis. E depois digam-me que Deus existe…

Há duas coisas que me assustam, a miséria e a insanidade. Sei que um dia vai chegar em que a vida ou a sanidade me vão abandonar, numa luta desigual acompanhada pelo medo.
E sei que por mais insuportável que possa ser a ideia, tenho de a suportar.
Posso sujeitar-me a tudo, mas recuso a que me tirem a honra.
Hei-de morrer como sempre vivi, com honra.

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