Não sei se sou bom conselheiro.
Acho que sei pouco, perdoem-me a ignorância. Tento sempre
ser imparcial (embora ainda não consiga saber como se é imparcial com os
amigos), e justo.
Tento sempre ser leal, sereno e lúcido (o que por vezes é difícil,
pois vocês dificultam-me a vida).
Sei que tenho fraquezas, algumas incongruências, fragilidades
e sou por vezes polémico.
Mas não sou desconfiado (quer dizer sou q.b.), não sinto
desprezo (só pelos que desprezam), inveja ou rancor.
Vaidoso também não sou (mas devia ser).
Por isso choca-me que tantos tenham o privilégio da beleza,
e da inteligência, e o desbaratem em coisas mundanas e banais, em egos
insuflados e personalidades execráveis. E depois digam-me que Deus existe…
Há duas coisas que me assustam, a miséria e a insanidade. Sei
que um dia vai chegar em que a vida ou a sanidade me vão abandonar, numa luta
desigual acompanhada pelo medo.
E sei que por mais insuportável que possa ser a ideia, tenho
de a suportar.
Posso sujeitar-me a tudo, mas recuso a que me tirem a honra.
Hei-de morrer como sempre vivi, com honra.
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