sexta-feira, fevereiro 15


Gente que chora dá outro valor ao riso.

Não embarco em euforias fáceis, nem me deslumbro facilmente. Já vi e vivi o suficiente para não me espantar por “dá cá aquela palha”.
Tento ser firme nos meus valores, e flexível nos meus juízos, permita-me a cabeça e os olhos ajuizarem.
Claro que acho que sonhar é bom, e não é uma perda de tempo.

Um homem é antes de mais as suas atitudes, a sua postura, a sua coragem em lutar pelos seus valores e por aquilo em que acredita.
E há momentos em que o sonho de uns é o pesadelo dos outros.
Há para ai tanta gente estúpida, que eu, alma caridosa, tenho o cuidado de os avisar de que o são.

Numa altura em que só se ouve falar de rigor, ordem, disciplina, sacrifício, é difícil ter vontade de rir. Mas é necessário. Deve-se lutar contra um estado repressivo, que devia ser protector. Aliás ele é protector, dos ricos e poderosos.
Esta resignação dá-me medo.
E o populismo corrói o sistema e as mentalidades, cria desconfiança e desinteresse.
E este estado não tem sentido de humor, por isso rir é resistir, é uma arma.

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