terça-feira, fevereiro 26


Há muita falta de cinzeiros.
As beatas são uma praga, tanto na igreja como no chão.

Temeroso e submisso nunca fui, apesar das mandíbulas de muitos. E é bom que se habituem á ideia.
Quanto estiver no reino dos mortos podem vilipendiar-me, e mesmo assim eu se fosse a vocês deixava a luz acesa á noite!
Podem ranger os dentes, e rugir-me, que esta alma não corrompem.
Não tenho culpa dos vossos cérebros obesos.
Bem podem ladrar para mim, serem violentos, autoritários, imprudentes, que vos vou dar a atenção que merecem, que é nenhuma.

Os vossos cérebros estão entalados entre estreitíssimos buracos nas vossas cabecinhas, e comprimidos, o que vos faz ter vistas curtas. São uma massa informe e pálida, como muitas das vossas caras. Não me perturbam, não me confundem.
Conheço-vos as manhas, posso cair uma vez por desatenção, ou por bondade em acreditar que as pessoas podem ser boas, mas nunca por falta de inteligência.

Sou um pobre pecador entre biliões, mas sei que valho mais que a maioria dos que cá andam a poluir o mundo.

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