quinta-feira, outubro 2
terça-feira, setembro 30
Existe demasiada gente boa, honesta e cheia de bons valores,
a quem as pessoas mostram os dentes e por vezes mordem a sério.
É cruel as pessoas habituarem-se ás lágrimas e á
infelicidade.
Exista tanta gente invisível, e outras a quem adulteram a
dignidade e a honra.
Anda tudo entorpecido pela televisão e pelas redes sociais,
só conhecendo as culturas dos outros podemos construir pontes entre nós e eles.
Vende-se hoje uma ideia de normalidade e realidade, como se
fossemos todos iguais, em toda a parte do mundo.
Agora somos likes, vivemos a vida em função do nosso sucesso
nas redes sociais, e somos usados pelas companhias para vender tudo. Atenção
aos estúpidos, fazem pouco e teem sucesso.
Corremos desenfreados para uma ideia de progresso, que
parece que só leva ao empobrecimento da maioria da população mundial. Esta
ideia de que votar e manifestar é cada vez mais inútil, é falacioso, leva-nos
perigosamente a caminho de uma ditadura.
Esta arrogância contra os instrumentos democráticos como as
eleições e a constituição, é uma indisfarçável tentativa de aniquilação da
democracia.
O quadro é negro, e o povo parece quase todo adormecido, de papo
para o ar a ver ou a ir ao futebol, ou aos festivais de Verão, pão e musica
enganam os tolos.
Muitos de nós que nasceram na segunda metade do século
passado, sabe o que era viver numa ditadura, onde o ensino era como o papel
cavalinho, rijo e difícil de apagar, as viagens para a “província” levavam um
dia inteiro, éramos obrigados a ser católicos. A ditadura trazia ao de cima o
pior de alguns seres, que ou pertenciam á PIDE ou eram bufos, chamados mansamente
de informadores. Muitos ainda ai andam, alguns em altos cargos.
Hoje a Universidade reduz-se a uma tentativa de ascensão
politica e económica. E todos falam por chavões. Os Ricos e poderosos vivem
afastados das pessoas, e quando se misturam é porque querem tirar algo aos
pobres. São eles que impõem as políticas e as ideologias, e detestam o que
chamam a moralidadezinha da classe trabalhadora.
Aliás ser honesto é visto como um defeito grave.
Eles vivem em gulags de luxo, e ai produzem as monstruosidades
de cadáveres atrás dos pobres.
segunda-feira, setembro 29
A escrita.
Quatro mil anos antes de Cristo na Suméria.
Foi assim que começou a história, e muitas histórias.
Não sou escritor, apenas escrevo, memórias, retratos do que
vejo, desabafos, alegrias e tristezas.
Na altura tinha mais de 2000 pictogramas, em 3000 AC já eram só 800, os
mercadores fenícios simplificaram-no e criaram o alfabeto, os gregos
acrescentaram-lhe as vogais e chegou até hoje. A primeira escola foi na Suméria,
os sumérios descobriram a maior maravilha da história da humanidade.
Nascemos a cada momento em que estamos num local novo, e
conhecemos outro ser, seja humano ou não. São pontes entre nós e o
conhecimento, assim é a escrita, é o nosso pensamento em tinta, que fica como
uma fotografia, capta um instante.
As palavras são como bombas, deixam estilhaços por todo o
lado, mas também podem ser sementes, que germinam com o tempo certo.
Hoje em dia castra-se o pensamento individual, A televisão é
o grande veículo para ataviar o pensamento. Para muitos o que se vê na TV é a
realidade. E só ela existe.
Uma mente individual assusta, a liberdade de pensar por nós
próprios assusta, e não só aos poderes (estado, ricos, igrejas), mas também aos
pobres e aos incultos.
Pobres dos que acreditam na palavra de Deus, e não acreditam
na bondade do coração dos homens, e nos bons livros.
Hoje está-se mais informado por alguns resistentes cidadãos,
que vão utilizando a internet para dar uma isenta visão, (e por vezes
verdadeira) do mundo, do que pelos meios de comunicação, propriedade de grupos económicos
ou de estados.
Cada vez mais são os estados que controlam a Net, e por
vezes a boicotam ou mesmo a proíbem ou eliminam.
Grande é o mar, maior que a terra, menor que a ignorância.
E a ignorância só ajuda quem nos quer controlar.
Queixam-se agora?
E o pior é que confundem a casa com o mundo. Como é que
pessoas que matam podem acreditar na eternidade ao lado de Deus?
A liberdade individual tem cada vez sido mais castrada. Hoje
em dia dão-se brilhos e lantejoulas em troca de liberdade, iludidos vão
sorrindo sem quererem pensar no abismo a que nos conduzem. Eles tiram e dão num
jogo em que somos ratos de laboratório.
sexta-feira, setembro 26
quarta-feira, setembro 17
Não foi o destino que me deu os amigos, foram encontros em
que lhes ofereci o que de melhor eu tinha no coração, e que foi aceite e retribuído
por eles.
Foram escolhas minhas e deles.
Se abraço os meus amigos é porque eles são-me muitos
queridos para mim, e é a minha forma de lhes demonstrar o quanto o são.
São meus amigos e eu sou deles por escolha, minha e deles,
porque vimos em nós afinidades e houve empatia.
Já disse e repito, não vejo a amizade como um part-time ou é
a sério ou então não vale a pena.
A amizade é a forma mais pura de amor, porque não existem
laços de sangue, atracção física ou sexual, ou outro interesse que não seja que
aquela pessoa nos faz sentir bem, que com ela podemos ser nós, sem medos, sem
culpas, sem barreiras.
Pois requer sacrifícios e abnegação. E o grande erro é que
as pessoas não estão disposta ao sacrifício.
A vida não é um longo caminho de facilidades, mas infelizmente
existem pessoas para quem a vida é mesmo isso…
terça-feira, setembro 16
Hoje em dia a comunicação social viva há base de muito ruído,
para baralhar. Perdeu-se a vergonha e o pudor, vale tudo!
O mais chocante disto tudo é as pessoas aceitarem este tipo
de situação.
O contraste em se ter tudo e não se ter nada é cada vez mais
aberrante. Enquanto o homem não tiver consciência de que o sofrimento é
universal, não será humanamente capaz.
Num mundo cheio de mentiras dizer a verdade é um acto de
coragem, um acto revolucionário, já dizia George Orwell.
Sou um inconformado, enoja-me a falta de solidariedade. Gente
que só se preocupa com o seu quintalzinho não me interessa.
Se calhar sou ingénuo, mas ainda acredito que existem boas
pessoas. Mas há gente que parece que nasce para sofrer, e alguns parecem que
gostam.
Ainda hoje me enojam as ratazanas de sacristia, é gente
doente que vê tudo como errado, imoral, para elas tudo é pecado.
Realmente só nos salvamos nos actos de amor.
O Português por pior que o tratem, vai sempre tentando
sobreviver sem nunca se vingar. Por isso somos o povo do “o que não mata,
engorda”.
As pessoas não percebem que quantas mais arreigadas são as
suas convicções, mais têm os olhos fechados?
Aquilo que se faz por amor vai para além do bem e do mal.
Os ricos e poderosos não querem saber das dificuldades do
povo, a austeridade para eles é uma necessidade que o pobre deve aguentar o
tempo que for preciso, mesmo que tenha que passar fome ou mesmo morrer, porque
eles não sofrem na pele o mesmo.
Esta gente não tem consciência, pelo menos consciência
humanista. É triste ver a qualidade destes governantes, mas infelizmente são o
reflexo do povo. Eles julgam-se superiores e por isso qualquer vilania que
façam tem justificação.
Eles querem acabar com a democracia, e estão a fazê-lo fazendo
as pessoas acreditar que não é um bom sistema, e que o resultado desta situação
é culpa dela. Como se no Estado Novo não houvesse uma pobreza enorme, um
analfabetismo e uma mortalidade infantil gritantes. E como se não houvesse
corrupção, falta de liberdade, censura, tortura e morte de presos políticos. E
não havia famílias ricas e poderosas que chulavam o povo.
Os ricos fizeram a “crise” para extorquir mais os pobres,
que já andavam a sonhar demasiado alto para o gosto deles.
domingo, setembro 14
Miguel Relvas voltou como empresário, e tem uma empresa de
consultadoria onde ganha milhões em comissões, cujos valores são secretos, e
mais do que certo, sem pagar impostos.
Entretanto já se sabe a fórmula do governo para acabar “as
gorduras do estado”, criar um imposto sobre as gorduras dos alimentos que
comemos.
Um politico que diz que o país está bem, mas os seus cidadãos
é que estão mal, faz pensar o que realmente defende um estado que acho que isto
é um caminho válido. Defende a economia e não defende os seus cidadãos.
Como chegámos a este estado de coisas?
Querem que vos dê a minha versão da coisa?
Aqui vai:
Primeiro porque os cidadãos, o povo que é a maioria, não
agiu em prol do bem comum, de todos. Na sua egoísta visão tacanha de defender o
seu pedaço, cagou-se no bem colectivo, da sociedade.
Estamos a assistir á maior transferência de bens da historia
da humanidade.
A democracia foi vendida ás corporações, o maior assalto
alguma vez feito a nível mundial, desregulou-se a banca e a finança, o que deu
asas para a especulação. Isto provocou uma febre de aumentar lucros.
As grandes empresas compram governos.
Os principais mentores desta politica forma Tactcher e
Reagan, seguidos em Portugal por Cavaco Silva e Durão Barroso (percebem agora
porque foi para a União Europeia). Foram criados grupos de pressão para
manobrar os governos e políticos da oposição, bem como sindicatos, associações
profissionais e até ong’s, ao ponto de se infiltrarem nelas.
Controlando o governo baixaram-se impostos sobre o capital
(as mais-valias, rendimentos, lucros e propriedades), enfraqueceram-se os
sindicatos, e gastaram-se milhões de euros a fazer passar leis e noticias na
comunicação social, para viciar o jogo e enfraquecer qualquer resistência. O número
de trabalhadores sindicalizados diminuiu drasticamente, o ser sindicalizado é
mal visto pelas empresas, e pesa no CV.
Segue-se a imprensa, comprou-se jornais, formaram-se canais
de TV, e temos uma “imprensa livre e isenta”.
Os anos 80 foram o gatilho.
As empresas financiam os partidos, e cobram esses actos de
bondade para com a democracia, os ricos deixaram de precisar dos governos e
passaram a ser eles a governar.
O mercado livre foi vendido em doses maciças como o bem para
a humanidade.
Pura mentira e engano. Isto só permitiu ás empresas ir
explorar os trabalhadores mais fracos em qualquer parte do mundo.
Entretanto criaram cada vez mais impostos para a classe
média e aliviou-se os das classes ricas. Chegou-se ao ponto da percentagem de
impostos pagos pelos ricos ser muitas vezes mais inferior aos dos pobres.
A lei está cheia de lacunas que permitem a fuga aos impostos,
actualmente as empresas apenas pagam 13% dos impostos que deviam pagar, o resto
pagamos nós…
Aliás eles até recebem “incentivos empresariais” pagos pelos
nossos impostos.
Hoje a comunicação social é controlada ora pelo estado, ora
pelos grupos económicos. As notícias são vítimas de censura, o que se lê e vê é
quase totalmente manipulado, e especialmente pela direita conservadora. A
comunicação social está nas mãos de poucos e o objectivo é claro, manipular o
povinho, a opinião pública ou distrair do que é essencial e necessário. São
inundados de lixo e futebol.
O jornalismo de investigação quase que desapareceu (o
honesto e isento), não existe debate sério, nem perguntas incómodas, veja-se as
entrevistas a políticos.
Somos peões que só servimos para ser explorados. As empresas
“deslocam-se” para onde podem ter mão-de-obra mais barata e manipulável, e
usa-se isso contra a população dos países. Os salários mantêm-se baixos nos países
de origem, as receitas dos impostos e da segurança social descem, e a produção
e a rentabilidade dos trabalhadores sobe, tornando os patrões mais ricos e os
trabalhadores e o estado mais pobre. Isto chegou ao ponto do primeiro-ministro
dizer que os salários altos são o que provoca o desemprego.
O patriotismo da classe financeira e dos ricos desapareceu,
agora é o “comércio livre” ou seja não ter de proteger os interesses da nação.
Bill Gates e quejandos inventarem e desenvolveram os
computadores para explorar mais as pessoas, tornando o trabalho nas empresas
mais barato, permitindo-o ser feito por Web e em qualquer parte do mundo.
A falta de qualificações é outra mentira pegada. Mais uma
forma de importar mão-de-obra barata, por isso hoje as pessoas com bons CV não
conseguem arranjar emprego.
Agora os alvos são os reformados, a terceira idade e os
doentes.
Nos anos 50 os bancos davam juros a quem investisse em
poupanças, que era incentivada, e quem investia sabia que era seguro. Hoje
paga-se para ter dinheiro nos bancos, que o gere em fundos tóxicos sem nosso
conhecimento ou autorização, a segurança social absorve as nossas contribuições
sem nos dar troco, os impostos servem para salvar bancos e outras instituições
financeiras.
As bolsas são casinos do nosso dinheiro, mas não somos nós
que jogamos, a especulação cresce com a desregulamentação do mercado
financeiro. E pagam-se fortunas a pessoas para fazerem isto. Quando a coisa
corre mal começa-se por salvar os bancos responsáveis, e não os que morrem de
fome.
Agora querem-nos fazer crer que a segurança social, a assistência
médica, a justiça e tudo o que são conquistas sociais, estão a prejudicar a
economia e a empobrecer o país. Outra grande e escandalosa mentira.
O dinheiro da segurança social vem das contribuições que os
trabalhadores fazem para o fundo, obrigatoriamente, não vem da economia e muito
menos dos impostos, nem sequer é propriedade do estado, embora seja ele o seu
gestor.
Ninguém é verdadeiramente penalizado, e por isso eles são
como carros desgovernados, que passam sinais vermelhos, entram em sentidos
contrários, estacionam em lugares proibidos, andam sempre em excesso de
velocidade, alcoolizados e drogados, e fazem tudo isto porque não têm medo. Nunca
são responsabilizados, podem destruir tudo e mesmo tirara vidas que não são
chamados nem sequer a tribunal.
E isto também se deve ao bipartidarismo existente que
facilita tudo isto. As pessoas nas mesas de voto só vêm os mesmos dois partidos.
Os salários dos agora chamados CEOs é 185 vezes mais alto
que o do trabalhador comum.
Estamos a ser vítimas de uma conspiração global feita a lume
brando, o jogo está viciado pois quem joga dentro das regras e da lei está
condenado á pobreza. Obrigam as pessoas a recorrer ao crédito para enriquecerem
mais.
Esta é a terceira guerra mundial, já está a acontecer, o
nosso maior medo não é a Rússia de Putin, nem o Irão, nem a Coreia do Norte,
nem os talibãs, são os grandes grupos económicos. Eles dizem-nos “estás a
afogar-te, então nada ou então afoga-te mas longe, estás por tua conta”.
Existem dois tipos de poder, o do dinheiro e o do povo, e é
tudo uma questão de números.
Mas o poder do dinheiro está a vencer, e se queremos lutar
temos de saber que não vai ser fácil, eles estão a ripostar.
Não fomos nós os que trabalham, que fizemos a crise, foram
eles com a ajuda dos nossos governos, especialmente os de direita. A democracia
está a morrer aos bocados, já ninguém sabe o que foi o 25 de Abril, o Primeiro
de Maio, O Primeiro de Dezembro, o Cinco de Outubro. Dois destes feriados até já
forma abolidos, para que se perca a memória.
Eles não vão cuidar de nós, eles estão a cuidar deles, se não
nos unir-mos vamos falecer como diz o outro…
sábado, setembro 13
sexta-feira, setembro 12
Estou triste, muito triste.
Triste porque cheguei a esta idade e comecei a ter nojo da
maioria das pessoas.
Mesmo nojo, asco, o que ia contra todas as minhas crenças. Claro
que sempre soube que as pessoas não são boas por natureza, que a bondade é uma
coisa que se ensina e se ensina praticando-a com os outros.
Nunca me julguei mais do que os outros, e tive tantas, mas
tantas pessoas que me disseram ao longo da vida o contrário, mas eu não
acreditava, pois a começar pela minha própria mãe, toda a minha família, e até
o meu ex com quem tive uma relação de 17 anos, me faziam a “bondade” de me o
lembrar constantemente.
Sou sempre estúpido e responsável pelo mal que me fazem….
Mas eu detesto a aldrabice e o oportunismo, e nunca gostei
de ser manobrado, por isso sempre fui preterido e olhado com desconfiança pelos
que não entendem.
Nunca fui de virar a cara, sempre fui mais de bater-me pelos
meus ideais, nunca me habituei a ver o sofrimento e a miséria dos outros, e também
nunca esperei que se preocupassem com o meu sofrimento, pois poucos o sabem
fazer. Por isso sou visto como um desequilibrado.
Aceitar tudo, sem questionar, atavia-nos, limita-nos.
Os poderosos não gostam do humor, nem da cultura popular,
alias nem de cultura, pois elas educam o povo, e o povo deve manter-se estúpido
para não pensar, manter-se dócil e submisso.
Hoje crê-se que a liberdade e a democracia é poder dizer-se
o que “se quer”, é comprar e escolher férias, casas, carros, roupas e telemóveis,
ir ás compras nas grandes superfícies, ver lixo nas televisões e nas revistas,
convidar artistas estrangeiros, ver filmes enlatados, e o diabo a quatro.
Falta educação e responsabilidade, carácter e humanidade.
É verdade que tive a sorte e a coragem de ter aceite, na
minha vida, pessoas que me ensinaram a amar, a gostar de ser português, pois a
humildade já a tinha.
Claro que sou crítico, mas critico sem ser destrutivo, a
critica pode e deve servir para ajudar a melhorar.
Se calhar por isso abomino tudo o que é medíocre. Não gosto
de pessoas que tratam mal os outros, ou os desrespeitem e humilhem sem razão. Aprendi
que devemos sempre lutar pela justiça e pela igualdade, defender os fracos e
oprimidos, que a liberdade é um bem maior, e a vida sagrada, seja a humana, a
animal ou a da natureza.
Sou uma pessoa muito acessível, mas sou selectivo nas
pessoas que escolho para habitar o meu coração
Às vezes parece que o sofrimento a que me tem sujeitado ao
longo da minha vida, me estava reservado, e que o tenho de aceitar, para me dar
armas para ajudar os outros. Mas sei que isso é mentira, e pode parecer ridículo
que assim pense, mas eu tenho que me defender da loucura.
Não quero acreditar nisso, pois não há qualquer justiça no
sofrimento.
quarta-feira, setembro 10
“ Rússia homofóbica, habituem-se a isso”
Palavras da associação de Pais da Rússia que protege os
valores tradicionais da família russa, lutam contra a corrupção das crianças, e
pela pureza do mundo.
Alguns homens deslocam-se a um festival de cinema LGBT em Moscovo. Entregam
saquinhos com sabonetes e um cartão dizendo “matem-se e limpem a terra das
vossas fraquezas”. Comentam entre eles: “eles adoram sadomasoquismo, é isso que
vamos dar-lhes”, “vamos pô-los fora da Rússia para que eles vivam as suas vidas
desgraçadas por eles próprios”, “os gays acabam todos por se atirar dos
prédios, ou a ser mortos pelos seus amantes”, “eles tem uma grande taxa de suicídios
por serem mentalmente instáveis”.
Duas raparigas não aceitam, desconfiadas, e os homens
começam a gritar-lhes que lhe oferecem uma terapia heterossexual, para as
curar.
“Deviam todos ser queimados, os homossexuais são insectos
indignos de viver com pessoas morais”.
A polícia recebe uma denúncia anónima de bomba no edifício,
e o festival é interrompido e cancelado.
“ Eles são oficialmente doentes, eles devem ser perseguidos
por leis criminais, é menos um problema para a Rússia”.
São organizados “safaris”, caças em grupo, que levam a
espancamentos e mortes, os gays são expostos em vídeos na net, ninguém é
apanhado, julgado ou condenado.
A igreja ortodoxa considera o casamento gay como o princípio
do apocalipse.
O líder da igreja diz: “algo não está bem na cabeça deles,
as paradas gays, os clubes, as publicações deles servem para plantar na cabeça
dos jovens que isto é normal. Os assassinos, os violadores, os pedófilos, os
ladrões são diferentes, então não lhes devemos dar a liberdade para eles
fazerem isso”.
“Quando os gays forem permitidos haverá um aumento de
pedofilia, permitir o aumento do mal traz mais pedófilos, gays e pessoas como
eles estão basicamente a servir o diabo”.
Tudo isto com uma mulher ao lado calada e submissa.
São difundidas imagens de gays a serem obrigados a
violarem-se com garrafas.
Usam a internet como armadilha.
Uma mulher diz que já apanhou 30 pedófilos e que 25 eram
gays: “os gays não tem nada a ver com isto, mas os gays põem-se a jeito”.
Outra jóia da mulher: “tentamos ser calmos nestas situações
(caçar gays), mas no fim a gente quer é matá-los”.
Apanhado um gay é espancado e ameaçado enquanto são
proibidas as câmaras de filmar a cena. A criatura dita mulher pergunta-lhe “Quando
decidistes tomar no cu” e “vocês gostam de farejar como os cães”.
Todas as manifestações na Rússia são proibidas, excepto as
que defendem as politicas do Kremlin e da igreja ortodoxa, inclusive pessoas são
filmadas a dar tiros a gays.
50% dos russos não vêem mal nisto…
O estado russo fomenta este tipo de atitudes para desviar a
atenção da precária situação económica e politica.
Comentário final de um caça-gays: “ eles estão sempre a
sorrir nas manifestações, isto não é normal”.
segunda-feira, setembro 8
Entendo este medo que o poder actual tem, em que os jovens
saibam o que foi a ditadura de Salazar/Caetano, e o papel dos estudantes na
luta contra o Estado Novo.
Eles querem voltar ao tempo da ditadura…
Não lhes interessa que os jovens se interessem por politica,
mais vale eles andarem entretidos com festivais de verão e meets, com o futebol
e a droga e o álcool.
Não querem que eles tenham ideias novas e sangue na guelra.
Não lhes interessa que saibam que estão a ser controlados,
como no tempo da PIDE, que prendia, matava e torturava todos os que se atreviam
a pensar livremente e fora das suas ideias, que lutavam pela liberdade e
igualdade.
Não lhes interessa que saibam que existia censura, um só
canal de televisão que só emitia o “que ao povo deva interessar”, e que hoje é
inundado de futebol, reality shows, concursos de talentos e novelas.
Não lhes interessa acabar com o mito de Salazar, o honesto e
simples homem que deixou os cofres cheios de ouro, mas que esse ouro era nazi
com a suástica, roubado aos países que invadiram, aos judeus e outros que
mataram, torturaram e enviaram para campos de concentração ou de extermínio. E
que Salazar era amigo e admirador de Franco, Mussolini e Hitler. E que esse
ouro foi torrado nas guerras coloniais, com mortos, estropiados e com stress traumático
para toda a vida (meu pai foi uma dessas vitimas).
Não lhes interessa que saibam que a ditadura durou 48 anos porque
havia bufos, delatores, colaboradores, gente satisfeita com o regime, na sua
esmagadora maioria de direita e a igreja católica, e que estão agora no poder,
a manipular.
Não lhes interessa que saibam que era tudo pacóvio e ridículo,
podre e corrupto, como agora, que a educação era só para os ricos (como agora),
a saúde era para os ricos (como agora), a justiça ou injustiça era sempre a
favor dos ricos (como agora), que os pobres só viviam para trabalhar (malvados
nós que quisemos um estado social e arruinámos a economia mundial), que não
havia segurança social (que querem privatizar), nem serviço nacional de saúde
(que estão a destruir para os privados), nem subsídios (que já tiraram aos funcionários
públicos e pensionistas), nem feriados ou fins-de-semana (que andam a cortar),
sem sindicatos (que eles continuam a menosprezar e a denegrir com o intuito de
acabar com eles), nem protecção no trabalho (que eles querem acabar para seguir
o maravilhoso modelo que é a China), nem salário mínimo (que eles dizem que tem
de diminuir pois ganhamos demasiado, e assim Portugal não é competitivo).
Não lhes interessa que era preciso ter licença de isqueiro
(que só se podia utilizar debaixo de telha!), que a coca-cola era proibida, que
não podia haver “ajuntamentos” de mais de 3 pessoas na rua, que as mulheres não
podiam chorar ao ver os seus entes queridos partir para as guerras em África,
etc, etc.
Para que tudo continue na mesma: Futebol, Fado e Fátima.
O futebol continua a ser o ópio do povo, o fado continua a
ser trabalha, sê pobre e triste, abusa do fraco e do pobre, aguenta, e Fátima
continua a enriquecer com a esmola do pobre, e a ajudar os poderosos a
enriquecer e a controlar os pobrezinhos.
Viva Portugal!
sexta-feira, setembro 5
Acho piada aquelas pessoas que dizem conhecer os outros,
como se as pessoas não mudassem com o tempo, ou não fossem dissimuladas e imprevisíveis.
Ás vezes a solidão faz mais companhia que um bando de
pessoas.
E saber mentir ajuda muito, pena que eu não o saiba fazer…
As mentes pequeninas assustam-me porque são limitadas, e
geralmente são acompanhadas pela arrogância dos que não são humildes.
Que diria do Banco do Vaticano Jesus Cristo se viesse agora
á terra?
Não é justo nem humano pisarmos os outros para nosso
proveito, nem cometer injustiças para nosso conforto. Nem todos podem ser
ricos, bem sucedidos e famosos, mas todos podemos ser bons e justos.
O homem bom e honesto exige tudo de si, o mau exige tudo dos
outros.
E há criaturas que acham que podem praticar todo o tipo de violências
sobre os outros, que apelidam de fracos e inferiores, seja a perda da
liberdade, condená-los á fome, mandá-los matar ou morrer.
A maioria das pessoas não aprende a crescer com as dores.
Eu por mim aprendi que a única pessoa que fica conosco a
vida toda somos nós próprios, por isso temos de ser indulgentes conosco.
Posso perdoar aos outros, mas não sou obrigado a estar com
quem me incomoda, mas comigo tenho de estar sempre.
Hoje vive-se superficialmente, tudo o que é gratificação
imediata e que não dê trabalho vende.
Há gente que só critica e nada faz para mudar algo, a
maioria anda desesperadamente a tentar sobreviver.
Um povo que não trata bem da sua cultura, do seu património,
que não tem orgulho de si, é um povo á deriva, que não gosta de si próprio, e
isto leva gerações a reparar…
Eu por mim adoro o meu Portugal, a minha cultura, o meu povo
com defeitos incluídos, a beleza natural dos portugueses e do património natural
e construído. Não me via nascer noutro local a não ser não ser na minha linda
Lisboa, que tem o Tejo como seu eterno noivo.
Mas se não se ensina a nossa cultura, única no mundo, a
nossa história rica de 9 séculos como nação, como podem elas ter orgulho nela?
quinta-feira, setembro 4
Não me sinto grande porque penso que não sou melhor do que
os outros.
E também não preciso de aplausos, só os da minha consciência.
E viver com dignidade.
Todas as pessoas que passam na nossa vida deixam algo, bom
ou mau. Todo o homem morre um bocadinho quando lhe tiram os sonhos.
As riquezas da minha vida não foram o acumular de bens, mas
o acumular do bem, o que interessa os bens que adquiri ou que poderia adquirir,
comparados com o que ajudei a crescer?
A riqueza está em tudo o que dás, no que aprendestes e
depois ensinastes. Está na integridade moral, na capacidade moral, na
capacidade de amar, na coragem contra o medo e o mal.
Não importa conhecer muita gente, mas quem se lembrará de nós
quando morrer-mos?
Para mim ser feliz é tocar humanamente nos outros, ajudá-los
a serem melhores.
Acho que tenho sobrevivido devido á minha grande capacidade
de sacrifício, compreensão, amor e sobretudo coragem.
Se somos todos iguais porque há tanta gente a seguir
caminhos errados? Se há tanta coisa que pode unir os homens, porque insistem em
se guerrearem?
Bem aventurados os que se dedicam a amar os outros sem
esperar nada em troca. Deus
nunca esteve tão longe dos homens, se é que alguma vez perto.
Estes governantes não sabem o que é um pobre. Como podem os
ricos comer e rir á custa da pobreza alheia? E esta pobreza generalizada é vil,
porque é pensada e premeditada.
No dia em que o povo, os pobres, tiverem a certeza de que os
ricos e poderosos não querem saber deles para nada, a não ser explorar o sangue
e o suor do seu rosto, talvez tomem verdadeiramente o poder nas suas mãos.
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