quarta-feira, setembro 21


São os meus amigos que dão sentido ao meu mundo.
Gosto deles honestos, objectivos, capazes de consumirem a vida, desenterrarem as verdades, inteligentes, com sentido de humor.
Mas também neuróticos como eu, com defeitos como eu, com os seus problemas iguais ou diferentes dos meus, que chorem no meu ombro, que sintam a necessidade de mim, que sejam dependentes da minha presença.
Como eu sou da deles.
Por isso baixo os meus muros, abro-lhes a porta, porque que quero que eles se deitem e ponham a cabeça no meu colo, para que eu lhes possa afagar a cabeça e enxugar-lhe as lágrimas. E lhes dê um beijo de conforto.

Não se brinca com coisa sérias
Quem disse tal coisa? Eu adoro brincar com coisas sérias, são as quem tem mais piada.
Nesta vida não há garantias. Eu sei disso, desde muito cedo.
Mas serei eu má pessoa por não acreditar em Deus?
Acho que há cada vez menos gente a querer pensar, e ainda por cima com os seus próprios miolos.

Vou-vos dar um conselho (não é um concelho que esses são para os “tachos” dos partidos), eu que até não gosto de os dar sem que mos peçam.
Mas acho que vocês precisam deste, e muito.
Sentem-se num local qualquer da rua e vejam o mundo passar. A vida é feita de pequenas e minúsculas coisas, que entrelaçadas se chama VIDA.
E nós portugueses temos um enorme defeito. Delegamos tudo.

Já fui tímido.
Ser tímido é não gostar de ser objecto de atenção, e da curiosidade activa dos outros.
Continuo a ser sensível ao amor. Não me peçam para ser frio, indiferente.
Admiro toda a gente que se atreva mais do que eu.

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