quinta-feira, setembro 1


Arrependo-me muitas vezes de ter falado, nunca de me ter calado.
Quem decide praticar o mal encontra sempre um pretexto.

As pessoas perguntam sempre por aquilo que tem direito, ou reclamam aquilo que lhes foi negado.
E o que fazem elas pelos outros?
Sempre pensei em fazer voluntariado, mas nunca me senti com inclinação para algo em especial.
Por isso encontrei na ILGA o meu lugar no voluntariado, por poder estar com pessoas que também partilham os meus valores, e poder ajudar a comunidade LGBT.
Aqui encontrei pessoas já de si especiais e extraordinárias, por darem do seu tempo livre em prol dos outros, e fiz amizades que me completam como ser humano.

Também venci preconceitos que tinha em relação a algumas maneiras de viver a homossexualidade, provocadas pelo não contacto com elas. Até ai cresci como pessoa.
Agradeço a todos os que me acolherem, e a todos que me estimam.
É com agrado que partilho com eles as dificuldades e as alegrias do que é a nossa missão, algumas vezes ingrata, muitas vezes incompreendida, mas muito recompensadora.
Com os meus colegas de voluntariado tenho apreendido muito, e apesar das diferenças de opiniões, a maioria respeita-se, pois só assim é possível conseguirmos fazer esta luta vencer.

Vai fazer um ano que comecei a frequentar a ILGA regularmente, e não me arrependo de o ter feito.
Obrigado meu amigo Zé, que me trouxestes de novo a esta família, obrigado Manel por me teres recebido da forma que me recebestes, e me destes vontade de voltar, semana após semana, e pelo apoio e amizade que tens por mim.
Obrigado a todos aqueles com quem partilho os meus momentos, ao meu amigão Jorginho especialmente, meu companheiro de luta no bar (o que tu me aturas rapaz!)
Adoro-vos.

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