Se há duas cidades que adoro são Viseu e Guarda.
Em Junho de 2005 estive pela segunda vez na cidade mais alta
de Portugal.
O centro histórico é rico em pontos de interesse. Nessa
altura a Praça Velha já tinha sido fechada ao trânsito, estando em obras de
renovação.
A sé domina a cidade pela imponência, mas não é o único digno
monumento digno de visita. Só o exterior da catedral é um festim para os olhos.
Em volta o Solar Telles de Vasconcelos, actual Biblioteca
Municipal, o antigo Convento de Santa Clara, hoje colégio, o Posto de Turismo,
e antigos solares beirões.
A Igreja de São Vicente fica já na velha urbe. Na Rua D.
Sancho I onde está a Casa de Chaves Bandarra, pensa-se que terá sido a
Sinagoga, e no número 13 está a casa onde D. João III se encontrava com a filha
do Barbadão.
Existem várias portas na cidade, vestígios do velho castelo.
Na Rua Direita está uma das mais belas janelas de Portugal. A porta D’El-Rei
fica na antiga Judiaria. Na Torre dos Ferreiros nova porta com pequeno nicho de
devoções. Esta torre fica em frente á Igreja da Misericórdia com uma bela
fachada mas interior pobre, excepto o altar-mor.
O Pelourinho fica em frente ao Museu Municipal. O Convento
de São Francisco é actualmente quartel da GNR.
No Domingo aproveitei o dia de primeira comunhão de alguns miúdos,
para puder filmar o retábulo de João de Ruão em pedra de Ançã.
No dia de Santo António fomos a Trancoso, uma das mais belas
terras portuguesas. Entrando pela Porta da Vila encontra-se no mesmo largo as
igrejas da Misericórdia, de São Pedro e o Pelourinho.
Embora se estivesse a meio de Junho estava frio. Dei um
salto ao castelo, de grande porte mas vazio no interior.
A Igreja de Santa Maria de Guimarães estava fechada, a única
que visitamos foi a da Misericórdia.
Fora das muralhas a Capela de Santa Luzia e o Cruzeiro do
Senhor da Boa Morte.
Voltando ao interior ainda tive sorte de encontrar a Igreja
de São Pedro aberta, e ver a casa judaica, além de provar as Sardinhas Doces de
Trancoso.
No dia seguinte um salto á Capela Românica da Póvoa de
Mileu, que fica fora do centro histórico, e que já foi “engolida” pela cidade. Merece
visita pela riqueza do monumento do século X.
Também fora do centro fica o Chafariz de Santo André na
entrada para o Parque Municipal.
Depois foi a vez de ir ver Belmonte, terra de raiz judaica e
de Pedro Alvares Cabral. Uma das aldeias históricas tem inúmeros pontos de
interesse, a começar pelo castelo semi-arruinado e com uma bela janela. Daqui têm-se
uma vista magnífica sobre a Serra da Estrela, e sobre a cidade da Covilhã. O
castelo está rodeado de pequenas capelas, uma igreja, uma torre sineira, e um
grande crucifixo de pedra.
As capelas são as de Santo António e a do Calvário, fechadas
ao público. A Igreja de São Tiago pode ser visitada e tem o panteão dos Cabrais.
Belmonte é vila pequena mas tinha na altura já 3 museus: o
eco-museu do rio Zêzere, o museu judaico e o museu do azeite.
Visitei os dois primeiros.
Para terminar as férias, e porque os transportes não nos
levam a muitos mais lugares, fui a Viseu, que também visitei pela segunda vez.
Começámos pela Igreja dos Terceiros, de fachada única e
interior muito rico em azulejo e altares.
No Rossio está o edifício do banco de Portugal, e por ai se
entra para o burgo velho, com inúmeras casas de muito interesse, e muito comércio.
Percorrendo toda a Rua Direita chega-se á Igreja de São Bento.
Subindo para a Sé passa-se pela Casa da Calçada, belo
exemplar de solar beirão. No Largo da Sé temos de um lado a catedral e do outro
a Igreja da Misericórdia, que não podemos visitar por estar a decorrer um velório.
A separar as duas, o pelourinho.
A Sé Catedral com o seu Paço Episcopal e o Museu Grão Vasco
são de visita obrigatória. Se há monumento em que a beleza esmaga, a catedral
de Viseu é um deles. Os azulejos do claustro servem de aperitivo para a igreja
que é muito rica desde a arquitectura, os azulejos, as imagens, a talha dos
altares, o mobiliário.
O museu é dos mais ricos e interessantes de Portugal.
Sai-se depois pela Porta do Solar de Cima que tem uma
pequena capela muito bonita, e que nos leva de novo ao centro.
A Igreja do Carmo tem fachada imponente e interior a
condizer, as paredes são um hino ao azulejo e os altares de rica talha dourada.
No mesmo largo o Convento dos Nerys.
E depois é perder-se nas ruas e admirar a arquitectura da
cidade. Foi acabar as férias em beleza.
Se um dia puder gostaria de voltar de novo a todos estes
lugares.
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