sexta-feira, maio 16

Se há duas cidades que adoro são Viseu e Guarda.
Em Junho de 2005 estive pela segunda vez na cidade mais alta de Portugal.
O centro histórico é rico em pontos de interesse. Nessa altura a Praça Velha já tinha sido fechada ao trânsito, estando em obras de renovação.
A sé domina a cidade pela imponência, mas não é o único digno monumento digno de visita. Só o exterior da catedral é um festim para os olhos.
Em volta o Solar Telles de Vasconcelos, actual Biblioteca Municipal, o antigo Convento de Santa Clara, hoje colégio, o Posto de Turismo, e antigos solares beirões.
A Igreja de São Vicente fica já na velha urbe. Na Rua D. Sancho I onde está a Casa de Chaves Bandarra, pensa-se que terá sido a Sinagoga, e no número 13 está a casa onde D. João III se encontrava com a filha do Barbadão.
Existem várias portas na cidade, vestígios do velho castelo. Na Rua Direita está uma das mais belas janelas de Portugal. A porta D’El-Rei fica na antiga Judiaria. Na Torre dos Ferreiros nova porta com pequeno nicho de devoções. Esta torre fica em frente á Igreja da Misericórdia com uma bela fachada mas interior pobre, excepto o altar-mor.
O Pelourinho fica em frente ao Museu Municipal. O Convento de São Francisco é actualmente quartel da GNR.
No Domingo aproveitei o dia de primeira comunhão de alguns miúdos, para puder filmar o retábulo de João de Ruão em pedra de Ançã.

No dia de Santo António fomos a Trancoso, uma das mais belas terras portuguesas. Entrando pela Porta da Vila encontra-se no mesmo largo as igrejas da Misericórdia, de São Pedro e o Pelourinho.
Embora se estivesse a meio de Junho estava frio. Dei um salto ao castelo, de grande porte mas vazio no interior.
A Igreja de Santa Maria de Guimarães estava fechada, a única que visitamos foi a da Misericórdia.
Fora das muralhas a Capela de Santa Luzia e o Cruzeiro do Senhor da Boa Morte.
Voltando ao interior ainda tive sorte de encontrar a Igreja de São Pedro aberta, e ver a casa judaica, além de provar as Sardinhas Doces de Trancoso.

No dia seguinte um salto á Capela Românica da Póvoa de Mileu, que fica fora do centro histórico, e que já foi “engolida” pela cidade. Merece visita pela riqueza do monumento do século X.
Também fora do centro fica o Chafariz de Santo André na entrada para o Parque Municipal.

Depois foi a vez de ir ver Belmonte, terra de raiz judaica e de Pedro Alvares Cabral. Uma das aldeias históricas tem inúmeros pontos de interesse, a começar pelo castelo semi-arruinado e com uma bela janela. Daqui têm-se uma vista magnífica sobre a Serra da Estrela, e sobre a cidade da Covilhã. O castelo está rodeado de pequenas capelas, uma igreja, uma torre sineira, e um grande crucifixo de pedra.
As capelas são as de Santo António e a do Calvário, fechadas ao público. A Igreja de São Tiago pode ser visitada e tem o panteão dos Cabrais.
Belmonte é vila pequena mas tinha na altura já 3 museus: o eco-museu do rio Zêzere, o museu judaico e o museu do azeite.
Visitei os dois primeiros.

Para terminar as férias, e porque os transportes não nos levam a muitos mais lugares, fui a Viseu, que também visitei pela segunda vez.
Começámos pela Igreja dos Terceiros, de fachada única e interior muito rico em azulejo e altares.
No Rossio está o edifício do banco de Portugal, e por ai se entra para o burgo velho, com inúmeras casas de muito interesse, e muito comércio. Percorrendo toda a Rua Direita chega-se á Igreja de São Bento.
Subindo para a Sé passa-se pela Casa da Calçada, belo exemplar de solar beirão. No Largo da Sé temos de um lado a catedral e do outro a Igreja da Misericórdia, que não podemos visitar por estar a decorrer um velório. A separar as duas, o pelourinho.
A Sé Catedral com o seu Paço Episcopal e o Museu Grão Vasco são de visita obrigatória. Se há monumento em que a beleza esmaga, a catedral de Viseu é um deles. Os azulejos do claustro servem de aperitivo para a igreja que é muito rica desde a arquitectura, os azulejos, as imagens, a talha dos altares, o mobiliário.
O museu é dos mais ricos e interessantes de Portugal.
Sai-se depois pela Porta do Solar de Cima que tem uma pequena capela muito bonita, e que nos leva de novo ao centro.
A Igreja do Carmo tem fachada imponente e interior a condizer, as paredes são um hino ao azulejo e os altares de rica talha dourada. No mesmo largo o Convento dos Nerys.
E depois é perder-se nas ruas e admirar a arquitectura da cidade. Foi acabar as férias em beleza.

Se um dia puder gostaria de voltar de novo a todos estes lugares.

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