domingo, maio 4

Algo terá de mudar para que tudo fique na mesma. Isto é dito no filme “O Leopardo” de Luchino Visconti com Burt lancaster.
Hitler, Estaline, Mussolini, Franco e Salazar pensavam desta forma. Mas também os actuais regimes “democráticos”.
Sempre que os governantes, os poderosos ou as igrejas fazem reformas, é caso de ficarmos de sobreaviso. Quando mudam algo, ou é porque lhes convém ou porque têm medo e fazem uma manobra para que tudo fique na mesma, sem parecer que fica.

Miguel de Unamono, escritor e professor catedrático da Universidade de Salamanca, e que teve uma grande ligação afectiva e intelectual com Portugal, ao ponto de Miguel Torga ter tomado o seu nome como escritor, chamou Portugal um país de suicidas. E somos.
Vemos os nossos governantes a levar o país para o abismo, e comportamo-nos como carneiros a ir para uma arriba.
Sou ateu graças a Deus disse Luís Buñuel.
A Igreja sempre esteve do lado das ditaduras, e da direita, da ordem e dos bons costumes. A esquerda e os intelectuais sempre forma vistos como perigosos, O pensamento livre assusta-os. Já D. João III escolheu colocar definitivamente a Universidade em Coimbra, para a afastar das ideias novas que vinham com os mareantes e os seus livros perigosos, e para junto da igreja e da mentalidade conservadora de um interior sem acesso ao mar.

A Igreja Católica apoiou o regime de Salazar, como o de Franco, Mussolini e até o de Hitler até certa altura.
Não sou propriamente ateu, mas olho com desconfiança e precaução para as religiões, mas especialmente a católica onde fui educado, e mesmo para esta “revolução franciscana”.

Esta pratanha que através do sofrimento se ganha o céu, ou que serve para nos tornar mais fortes, e melhores, não me convence. 

Sem comentários: