quinta-feira, novembro 15


Toda a gente diz para sermos nós próprios. Mas estará o mundo preparado para eu ser quem sou?
Não sou nada egoísta, mas como conciliar o sermos sempre verdadeiros com as exigências que a vida e os outros nos colocam?
Não é fácil e implica um empenho por vezes sobre-humano do que há de melhor em nós, e é uma aposta no bem que podemos fazer a nós e aos outros. Mas essencial ao nosso desenvolvimento como seres humanos.

Ter a noção dos valores que devemos seguir, provocam por vezes conflitos. Se tivermos a consciência disso e aceitar-mos que a nossa realidade pode ser única e não coincidente com outras, pode ser uma forma de encontrarmos o equilíbrio (precário sempre).  
Defendermos o nosso espaço não é mau, bem pelo contrário. É uma forma natural de defesa, e ajuda-nos a ter a noção do que é essencial na nossa vida.
Dizer não, não é uma forma de egoísmo, é sinal de maturidade e de liberdade, pode ajudar o outro e nós próprios.

Sermos nós próprios é não viver na mentira, consoante a nossa consciência. Sermos diferentes não nos afasta automaticamente dos outros, a diferença é boa.
Ter sucesso sempre não é uma forma de crescimento, as derrotas ensinam-nos muito ou tanto como as vitórias, preparam-nos para elas.
Ser homem é ser digno tanto nas vitórias como nas derrotas, e por as expectativas demasiado altas só nos trazem frustração, e isso só nos torna vulneráveis.
Ter ambição é saudável e natural, mas temos de ser realistas, e não existem sucessos permanentes. O sucesso é ter noção disso.


A solidão não traz sucesso. E a sociedade de hoje na sua ânsia de sucesso fácil e rápido cria só solidão.
Aprender a abdicar daqueles e do que não nos convém, é uma forma de sucesso, talvez a única.
Exercer fascínio sobre os outros nunca foi o meu objectivo, para mim o sucesso é manter-me fiel ao que acredito, não ceder a tudo que vai contra os meus princípios, e apostar no que me faz feliz.

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