terça-feira, novembro 13


Não tive uma vida banal, e foi uma escolha minha.
Nunca fui passivo (não falo de sexo LOL), e sempre tive o discernimento de saber quando e como aceitar aquilo que me acontece (o que nem sempre é fácil). Confesso que há coisas que não entendo e outras que não percebo nada.

Aceitar que as coisas não são sempre como nós queremos, e que a felicidade não é eterna, evita tanto sofrimento.
Aceitar injustiças nunca me foi fácil, e com a idade penso que vai piorar…
Orientar-me em tempos de sofrimento, é-me difícil, mas tem de ser. Tem mesmo, o sol não pára por mim, nem por ninguém.

Sei o que é perder alguém, perdi meu pai quando estava a começar a perceber quem ele era. É uma sensação de que o mundo é injusto. A única coisa que não lhe perdoou é a de não ter amado os filhos, de os ter protegido da tresloucada da mãe. Acredito que não os desejou, mas fê-los, não tive a culpa de nascer, não o pedi…
Sucumbirmos á dor, numa turbulência de sentimentos é comum, demasiado comum. Podia ter sido esse o meu caminho, mas não foi, eu não quis.
Aceitei viver, e sempre aceitei que o bom e o mau há-de vir, em fases e doses, e que depende de mim dosear a ração.
Aceito o melhor e o pior, sendo que não sou indiferente, nem passivo, tenha eu o meu coração no sitio certo, e nos meus olhos o alcance para ver, e a tranquilidade para aceitar.  

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