quinta-feira, dezembro 22


Não sei o que me leva a amar mais uns locais do que outros. No entanto já tive muitos casos de amor á primeira vista.
Lisboa, claro, foi o meu primeiro amor. Cidade onde nasci e me fiz homem.
A sua luz, este rio que a banha e lhe refresca os pés, o castelo que vigia a cidade, os velhos bairros pequenas aldeias no interior da cidade, as colinas tal qual seios que fazem de Lisboa uma mulher bonita, a gente hospitaleira e liberal, os eléctricos amarelos como o sol, os monumentos cheios de história e pergaminhos, as noites frenéticas, as tascas e restaurantes com os seus petiscos deliciosos, a noite de Santo António em que a cidade não dorme, tudo convida a amar a capital.

Continuo a desconfiar destas “boas almas” cuja maior preocupação é informar-me (já sei, estou a repetir-me, mas eles não desistem...)
Há gente tão minúscula, que são mais pequenas que formigas. E não se vê meio de crescerem...
As conclusões são apenas brevidades, a discussão, a pesquisa, o adquirir de conhecimento, é que torna o processo interessante.
Tive uma vida inteira para chegar aqui, mas cá estou. O destino, ou o que chamamos de destino, não conhece linhas rectas.
Ai, as virtudes do silêncio e das palavras bem empregues...
Há tanto homem idiota que me faz ter vergonha de ser homem. Gosto de pessoas simples e afectuosas. Se pensam que me levam só com palavras bonitas, estão enganados.

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