Falaste-me de amor, abraçaste-me, aqueçestes os meus braços.
O sofrimento passa, mas a lembrança de ter sofrido, quem é que ma pode tirar?
Quem põe certezas na vida facilmente se embaraça.
Será que escrevo porque ninguém me ouve?
Desde pequeno que o meu sonho era ser feliz, hoje vejo que a vida não deve ser vivida com sonhos, e que tudo foge ao nosso olhar.
Em nada ou ninguém se deve acreditar. Nem no amor, nem na vida. São ilusões, e o pior é que vem disfarçadas.
Não quero chorar por ninguém, bastava-me chorar por mim. Não tenho nada, só cansaço, e o meu eu em conflito.
Ai esta minha teimosia, de querer que a minha vida deixe andar á merçê. Não há nada a fazer quando a mentira derruba um sentimento ou mata uma ilusão. E quem me roubou do mundo o encanto, a ilusão?
O mal que me fizeram não foi o cinismo, foram as mentiras desonestas.
Mas eu ainda sou o mesmo.
É dificl na vida achar alguém que seja na verdade um grande amigo. É assim que sinto, e com tristeza o digo, Porque o sei…
A amaizade é um bem, sem preço, um conforto, são afectos, sacrificios, lealdade, amor.
Não interessa saber donde vêm. Desde que venham e fiquem. E nos deixem marcas no coração.
Tenho-os e bons. Mas tenho medo sempre de os perder.
A culpa tenho-a eu, porque sou um triste, porque sou esta coisa inutil e complicada.
Tudo o que possuo não me foi dado. Tudo o que perdi, e eu próprio andei perdido, foi-me negado.
Moral? O que é isso que se dá sem se pedir?
Homens dizei a verdade, bem alto, para se fazer ouvir.
É tanto maior a ofensa quando é despropositada e sem pretexto.
É tanto o meu medo de perder o que amo, que penso que perco a cada acto.
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