terça-feira, julho 26

De onde me vem a decepção?
Do outro ser humano.
Aprendi a dar muito de mim e a esperar pouco dos outros, e choca-me ver pessoas que dizem que me conhecem bem, e muitas até tentam levar-me a fazer isto ou aquilo, porque pensam que lá por eu gostar delas, e as achar inteligentes e mostrar que gosto delas, depois terem atitudes como se soubessem o que me vai na cabeça.
Quem me conhece sabe que eu sou incapaz de ser rude ou desagradável com alguém, e muito mais com as pessoas que amo, os meus amigos, julgam-me como se soubessem o que se passa na minha cabeça, e isso magoa-me. Se soubessem o que se passa na minha cabeça, veriam que eu, sendo franco, não faço criticas no meu cérebro, nem me julgo superior a eles, não os critico mentalmente, e não tenho maldade em mim, já nem raiva daqueles que me maltrataram e desconsideraram.
E não me obriguem a fazer nada, pressionado sigo o caminho oposto.
Não percebem que me magoam quando me falam “grosso”, ou quando me ignoram? Nunca eu teria um acto desses para com uma pessoa que amo. Porque me querem mudar se eu vos conquistei como era e como sou?

Porque tenho esta fraqueza de vontade?
Porque sou um ser permeável.
Porque de vez em quando comovo-me. Comove-me  a bondade que os meus amigos tem por exemplo comigo, a ternura que eles me dão, o saber, a inteligência, a beleza.


Porque será que as pessoas fogem do óbvio, das evidências?
Estará a nossa vontade acima da razão?
As pessoas perdem demasiado tempo a provarem o quer que seja aos outros, como se necessitassem de ter as suas ideias validadas. Isto demonstra ou um total narcisismo ou uma total falta de estima pessoal.
Detesto gente “demasiado inteligente”, aqueles que tem sempre opinião formada e certa sobre tudo, “isto é assim” ou “isto é assado”.
Interessante é o que nos é dado para pensar. E a nossa mente é como um braço á vela, precisa do vento para seguir viagem.
E depois persistem nas ideias, mesmo que tenhas provado que não estão bem certos na sua opinião, são como aqueles bonecos dos desenhos animados que continuam a correr, mesmo quando já lhes fugiu o chão debaixo dos pés.
Pobres imbecis que não pensam, ou não pensam com cuidado.
E depois são obsessivamente “engraçados”
É para disfarçar a ignorância?
A superficialidade?
A estupidez?

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