quinta-feira, julho 21

Não acredito que Deus goste de tantos milhões de pobres no mundo.

Fui educado a acreditar em Deus, que ele destina a cada homem uma missão na vida, um destino traçado. Mas será que esse destino tem de ser sempre sofrer?
Em nome de Deus, os poderosos e os fanáticos fazem os maiores horrores aos seus semelhantes.

Hoje muitos jovens pensam-se imortais, acham que nunca vão envelhecer. Como eles se enganam. A juventude é uma pequena parte da nossa vida, e acaba depressa.

Quando me dizem que devo detestar o poder, eu penso qual poder? O poder do amor? O poder da amizade? O da felicidade?
Penso muito nas razões que me levaram a separar-me e a juntar-me ás pessoas que conheci na vida. O que significa gostar ou não gostar entre amigos?
Sou sensível, como o não seria?
A minha infância foi infeliz, mas a minha doutrina é apostar na natureza “boa” do homem.
Eu sei que as pessoas tocam-se pelas palavras, por isso tenho a consciência de que o que escrevo pode ser uma arma, para mim é catarse.
Vivemos numa sociedade em que se privilegia e se anseia pela futilidade. Nunca me revi nas coisas materiais, não me satisfazem. Sempre busquei as emoções, os afectos, são eles que me satisfazem, os abraços apertados, os beijos, as carícias, a troca de prazer.
O que me atrai no outro?
Um sorriso
A inteligência
A sinceridade
A bondade
A ternura
Amizade, amor. Sou todo afectos.
Apetece-me sempre conhecer as pessoas por dentro.
Para mim existem encontros inadiáveis. E estes são com os meus amigos. 

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