sexta-feira, julho 22

Hoje todos fazem discursos em excesso.

Como tanta gente vê com arrogância o mundo. Ninguém tem a chave da sabedoria.
Quando penso o que escrevi ignorando tanto!
Hoje, que sei um pouco mais, ainda me falta tanto, e continuo escrevendo e sabendo que me falta tanto para saber.
Mas o que interessa é que fui capaz de pensar, e de fazer escolhas.
Eu apenas preciso que gostem de mim, um pouco de inteligência, frontalidade e ternura, fico conquistado.

O que me une aos meus amigos é a cumplicidade imensa.
É amor sem sexo.
Adoro estar com eles, abraçá-los, tocar-lhes, saber da visa deles, trocar confidências. Ser como um gato e deixar-me acariciar por eles, sentir aquele conforto e paz que só se sente quando não temos medo de sermos nós próprios.
O conhecimento não vem em catadupas, vem em pequenas doses de sabedoria, pequenas peças que vão encaixando, e que nos vai libertando.
Nunca tento obrigar ninguém a acreditar numa coisa, prefiro que a compreenda.

Hoje em dia cultiva-se a magreza, como se fosse uma coisa saudável, os que não se encaixam nesse padrão sentem-se rejeitados e humilhados por esta carga negativa que se lhes atribui.
Depois tudo o que sai dos padrões impostos é mal visto. O que é sexualmente transgressivo?
Como quebrar o vidro e falar sem medo?
Envelhecer é crime?

O amor é frágil, indeciso e no entanto único. Ergue-se, sustenta-se, escorrega, tomba, fere-se. No entanto continua a ser maravilhoso, e essencial a ti e a mim.

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