Os políticos empregam estilos diferentes quando estão no
poder ou na oposição.
Quando estão na oposição são altos, elevados, superiores. Quando
estão no poder tornam-se medíocres, mais graves.
O riso e o humor não são mais do que uma manifestação de inteligência.
Pode ser de desdém, de gozo, de troça…
Já dizem os gregos “a tragédia não é mais do que a miséria heróica”
Enquanto uns discutem se Maria era virgem ou não, outros
deixam de ir á missa. E eles mantêm-se nos lugares onde a crise nunca chega.
Eles não têm remorsos, consciência, desesperos. E riem-se do
nosso desespero, da nossa vida de trabalho e dividas, e duvidas.
Esta gente é mais foleira que um disco de Nel Monteiro,
Liliane Marise e Bernardina juntos.
O mal deste povo é que adora reality-shows, mas quando é
para ficar na fotografia da responsabilidade das suas vidas, foge da objectiva,
esperando sempre que sejam os outros a fazer o que lhes compete, que eles não
querem queimar os dedos, são cobardes. Como as avestruzes enterram a cabeça na
areia, e fingem que não estão lá, até baterem-lhe á porta os problemas, ai
gritam “ai Jesus que ninguém fez nada”, e esquecem-se que eles são também esse “alguém”.
Mas mandam bitaites sempre que podem…
O Tuga só quer ir para a praia no verão em intermináveis
filas, em areias cheias de corpos cheios de gordura, bolas pelo ar e musica aos
berros.
Nem percebem que o mal de hoje dos outros, será o seu mal
amanhã!
Enquanto os deputados, ministros, banqueiros, empresários,
se pavoneiam nas televisões a dizerem como devemos emagrecer e morrer de fome,
com fatos que custam um ou vários salários mínimos, nós estatelamo-nos no chão
para pagarmos as dividas e a ganância de lucros que eles fizeram, e eles
riem-se dos palhaços, que é o que nós somos, os palhaços pobres. Aproveitam-se
desses especialistas em coisa nenhum.
E eles divertem-se com a nossa tragédia e obrigam-nos a
emigrar.
Sem comentários:
Enviar um comentário