quinta-feira, janeiro 16

Os políticos empregam estilos diferentes quando estão no poder ou na oposição.
Quando estão na oposição são altos, elevados, superiores. Quando estão no poder tornam-se medíocres, mais graves.

O riso e o humor não são mais do que uma manifestação de inteligência. Pode ser de desdém, de gozo, de troça…
Já dizem os gregos “a tragédia não é mais do que a miséria heróica”
Enquanto uns discutem se Maria era virgem ou não, outros deixam de ir á missa. E eles mantêm-se nos lugares onde a crise nunca chega.
Eles não têm remorsos, consciência, desesperos. E riem-se do nosso desespero, da nossa vida de trabalho e dividas, e duvidas.
Esta gente é mais foleira que um disco de Nel Monteiro, Liliane Marise e Bernardina juntos.

O mal deste povo é que adora reality-shows, mas quando é para ficar na fotografia da responsabilidade das suas vidas, foge da objectiva, esperando sempre que sejam os outros a fazer o que lhes compete, que eles não querem queimar os dedos, são cobardes. Como as avestruzes enterram a cabeça na areia, e fingem que não estão lá, até baterem-lhe á porta os problemas, ai gritam “ai Jesus que ninguém fez nada”, e esquecem-se que eles são também esse “alguém”. Mas mandam bitaites sempre que podem…
O Tuga só quer ir para a praia no verão em intermináveis filas, em areias cheias de corpos cheios de gordura, bolas pelo ar e musica aos berros.
Nem percebem que o mal de hoje dos outros, será o seu mal amanhã!

Enquanto os deputados, ministros, banqueiros, empresários, se pavoneiam nas televisões a dizerem como devemos emagrecer e morrer de fome, com fatos que custam um ou vários salários mínimos, nós estatelamo-nos no chão para pagarmos as dividas e a ganância de lucros que eles fizeram, e eles riem-se dos palhaços, que é o que nós somos, os palhaços pobres. Aproveitam-se desses especialistas em coisa nenhum.
E eles divertem-se com a nossa tragédia e obrigam-nos a emigrar.


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