Aos amigos que nunca mais terei.
Não sou perfeito, tento ser o melhor que posso e sei que
tenho algumas insuficiências.
Mas o facto de não concordar sempre, não quer dizer que não
respeite o outro. Mas não confundam bondade com ignorância.
Se há coisa que preze é a minha liberdade de pensamento, e
teimo em julgar as coisas pela minha cabeça, que parece muito boa quando vos convêm,
e muito estúpida quando é o contrário.
Todos os meus amigos me marcaram, os que estão e os que
partiram, e as perdas, as injustiças, as traições, deixam feridas.
Sou dedicado aos meus amigos e íntegro, por isso não aceito
outro tipo de comportamento da parte deles. Posso até ser flexível em muitos
outros aspectos, mas nestes sou muito exigente, porque exijo o mesmo de mim.
Sei que tenho uma forma algo intensa de amar os meus amigos,
mas quem não têm família, vê neles aquela que lhe falta.
E depois não vejo a amizade como uma actividade em
part-time.
Quando se quebra o encanto de uma amizade dificilmente se
recompõe, fica ferida de morte e murcha. Para mim perder a confiança é quase
como uma morte anunciada.
É sempre dramático quando uma relação termina, e no amor,
tal como na guerra, ficam sempre vitimas.
A verdade é que por vezes o amor acaba, simplesmente. As
afinidades acabam, ou então percebemos que o que víamos na outra pessoa, não
era aquilo que queríamos ver. Deixa de fazer sentido.
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