quarta-feira, agosto 17


O que é que foi que não fiz bem? Que coisas me foram prometidas e negadas? Ou dadas e perdidas?

Achei que sou e no mundo em que vivo.
Por vezes deixo-me olhar para o céu, mas no fim não sei o que cá faço, mas espero que seja importante, mas o mais importante é eu ser.

Não tenho emenda. Começo a pensar e uma coisa puxa a outra, e começo a escrever que nem um doido.
As palavras podem ser boa e más, podem ofender, podem pedir desculpa, pode, servir de conforto, insinuar, afirmarem-se, contra dizerem-se. Separam o trigo do joio, mas só o trigo dá pão.
E há o silêncio…

Eu sei que por vezes é preciso ser-se de pedra, mas o silêncio incomoda-me. As palavras que não são ditas provocam-me desconforto. Nunca fui de deixar de dizer o que penso e o que sinto, para isso já me chega a vida profissional…
Não sou arrogante, por isso a minha frontalidade é genuína e pura. Não sou frontal para provocar ou magoar os outros, embora sei que o possa fazer, e é uma qualidade que me atraia nos outros. Por isso quando não a usam comigo, fico desorientado, magoado e triste. Perco a confiança nessa pessoa. Não compreendo os discursos distantes dos actos.
Isso é a morte do idealismo.

E eu quero continuar a acreditar que existem pessoas autênticas como eu, que não tem medo de mostrar os seus sentimentos aos outros, principalmente aos amigos, sem que isso os perturbe.
Já disse que não sou amigo de nem 8 nem 80. Sou amigo a 100%. Só assim concebo a amizade.
E tudo o que fortaleça os laços da amizade, são para mim experiencias únicas na minha vida, que só me enriquecem como ser humano. Aquilo que vivencio e aprendo com os meus amigos, são dádivas que recebo e retribuo com carinho, pois mais nada posso dar a não ser o meu total afecto para com as pessoas que me dão afectos, sem pedir nada em troca, apenas que goste delas, como eu gosto.

Por isso este fim-de-semana em casa de amigos foi especial, porque fortaleceu esses laços. Fiquei a conhecer um pouco mais deles, me fez compreender melhor o que eles são, e aquilo que representam para mim.
Sinto-me bem com pessoas em que as ideias e o dialogo é fortuito e frutuoso, em que se pode falar de parvoeiras ou de coisas sérias e/ou interessantes. Partilhar isso com amigos é o melhor que se pode ter. São momentos que, se a memória não nos atraiçoar, ninguém já não nos vai tirar.

E no fim, o amor é tudo aquilo que realmente importa, é o que vale a pena.

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