terça-feira, fevereiro 1

Chanel Nº.5

Nasceu a 19 de Agosto de 1883, filha de Jeanne Devolle e Albert Chanel, segunda filha do casal, mais tarde alargada com outra menina.
Em 1895 quando Gabrielle tinha 12 anos, a mãe morre e o pai abandona as 3 filhas á porta de um orfanato. Chanel nunca mais viu o pai.

Aos 20 anos a instituição coloca-a a trabalhar numa retrosaria.
Torna-se a coqueluche do Regimento de Cavalaria de Moulins.
Muda-se depois para Vichy com a sua tia Adrienne, da mesma idade, mas volta aos 25 anos para Moulins.

Tornou-se amante aos 25 anos de um oficial que a amava, Etienne Balsan, criador de cavalos.
Vingou-se da situação de amante, começando a “roubar” peças de vestuário aos amigos e introduzindo-as no seu.
Em 1910 inventou o pequeno chapéu de palha que se tornou famoso.

Encontrou num amigo, Arthur Capel, o estímulo que lhe faltava. O amante gozava com a sua vontade de trabalhar e ter uma loja, que se recusou a comprar por tornar o affair publico.
Acaba por lhe emprestar um r/chão em Paris, o n.º 160 da Boulevard Malesherbes. Foi um erro, o êxito de Chanel foi imediato, e Arthur Capel morava mesmo ao lado. A paixão entre os dois acendeu-se.

Em 1910 Chanel vai viver com Arthur e começa a criar os seus chapéus, no n.º 21 da Rua Cambon, a Chanel Modes.
Os seus modelos, as raparigas dos sportmen de Royallieu, tornaram-se actrizes de 1º plano em 1912, sendo fotografadas por revistas de moda. E Gabrielle Chanel torna-se conhecida.

Em 1913 cria o estilo desportivo para as mulheres. Usou o tricot até então considerado indigno, apenas usado para as roupas interiores.
Abre a sua primeira loja em Deauville.
Continua a buscar inspiração nos arma´rios dos múltiplos amantes, mas nunca foi pedida em casamento. Vinga-se e não desenha vestidos de noiva, ausentes nos seus desfiles, desafiando a tradição.

Com a guerra o jet-set refugia-se em Deuville, entretanto abre outra loja em Biarritz, com uma fabulosa colecção de vestidos.
Em 1916 já tem 300 trabalhadoras. Reembolsa Arthur totalmente.
Em 1919, a 24 de Dezembro, Arthur morre num acidente de automóvel numa corrida.
Fica sem o seu grande amor.

Em 1920 tem um breve romance com Dimitri Pavlovitch, um belo grão-duque da família Romanov, refugiado em Biarritz.
Este romance traz os bordados eslavos para as suas colecções, o que lhe traz o aplauso da prestigiada Vogue.

Em 1924 contrata o conde Etienne de Beaunont como desenhador da sua colecção de jóias. E cria o seu lendário N.º 5, sábia mistura de Ernest Beaux.
Faz o guarda-roupa das peças de Cocteau, e dos ballets russos de Diaghilev, com cenários de Picasso.

Nos anos 30 está no seu auge.
Em 1931 é considerada o maior cérebro que a moda conheceu.
A morte de Paulo Iribe, em 1935, na altura seu amante, coincide com o início dos seus problemas. Sofre uma greve geral por não dar os direitos mínimos ás empregadas.
Em 1939 mal a guerra começou, fechou a sua casa, partilhando a sua vida com um oficial nazi. Quando acabou a guerra exilou-se na Suíça.

Regressa com 71 anos determinada a vencer os homens da moda, foi um fiasco.
Mas em menos de um ano volta á ribalta.
Morreu com 84 anos.

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